Angel Baumer ...
Dois meses...
Dois meses que a minha vida tem sido olhar para as paredes desse quarto de hospital e fazer terapia constante.
Tinha apenas uma coisa divertida nisso tudo, o bonitão do meu fisioterapeuta.
Não que eu tivesse interessada nele, mas eu notava os olhares de interesse da parte dele.
Era um olhar tão intenso quanto a minha vontade de sair daqui.
Eu já estava ficando louca, queria sair daqui a qualquer custo e ir atrás da minha filha.
Algumas memórias não se pode ser apagadas.
E todas elas vieram como um gatilho após a visita da Aggie...
Flashback
- Mattia, nunca mais faça aquilo que você fez ontem!
- Fazer o que? Invadir o seu quarto e fo.der você na varanda, enquanto a lua nos assistia?
- Mattia, eu estou falando sério. Você ja pensou o que aconteceria se alguém pegasse você?
Ele se levantou da sua cadeira, caminhou até onde eu estava e passou os braços pela minha cintura.
- Casaria com você, e teríamos minis anjinhos correndo pela casa!
Fim do flashback
As lembranças de Mattia agora estavam bem vividas na minha memória.
Principalmente o olhar de desprezo que ele me lançava no tribunal no dia do meu julgamento.
Mattia, acreditou que eu fosse capaz de cometer tal ato contra ele, e agora que todas sabem da verdade, jamais poderei perdoá-lo mas irei livrar ele da minha raiva por conta da nossa filha. Afinal, ela não tem culpa do pau que tem, mas irei fazer o possível para tirar Amora, dele...
- Vamos Angel, você! consegue, é só segurar na barra e caminhar
Bruno, o meu fisioterapeuta diz, após me analisar sentada na cadeira de rodas.
Estávamos treinando isso a muito tempo, e hoje eu teria sucesso e iria andar como antes.
Fiz da maneira que Bruno, disse para eu fazer. Segurei nas barras e dei impulso para me levantar. Tive um pouco de dificuldade, mas consegui ficar em pé.
Em passos curtos caminhei até o fim da barra sem precisar da ajuda de ninguém.
Bruno sorria pelo seu trabalho bem feito, ou talvez só estava feliz por mim.
- Parabéns Angel, daqui a pouco você vai está correndo uma maratona!
Sorri minimamente e olhei para a câmera que eu havia descoberto a mais de três semanas.
Eu não tinha certeza, mas eu suspeitava do autor desse crime bárbaro.
- Obrigada Bruno, também estou feliz pelo avanço!_Sorri repassando um tanto de interesse para Bruno, e o mesmo pigarreou nervoso.
- Bom, acho que já posso lhe dar alta, vamos continuar as sessões em casa!
Concordei com a cabeça e vi Bruno, anotar algo na sua prancheta, ele sorriu e se despediu de mim e depois saiu junto com a enfermeira...
[...]
Vovó e tia Lírio, me observavam do sofá que havia no quarto, enquanto eu me vestia para finalmente sair desse hospital.
Ninguém sabia que eu havia recuperado a minha memória.
Elas estavam cientes que seria uma perda de memória traumática, mas o que elas não sabiam que até mesmo os médicos arreavam as vezes...
- Como está se sentindo, querida?_Tia Lírio, pergunta com um sorriso estampado no rosto.
"Com sede de vingança, tia".
- Bem, as sessões de fisioterapia tem me feito bem!
Arrastou a cadeira de rodas para o canto, pego o meu celular e a minha bolsa e me arrasto até as duas...
- Vamos?_Pergunto para as duas que se levantam e pegam na minha cadeira movendo até o lado de fora do quarto.
Agora eu poderia finalmente colocar o meu plano em prática...
Dentro do carro, tia Lírio, dirigia alegre.
Eu mal podia distinguir o porquê do sorriso dela.
- Então tia, o porquê desse sorriso?
Tia Lírio, me olha pelo espelho retrovisor e sorri...
- É a primeira festa em três anos que você vai aparecer, estou contente!
Festa?
Que festa?
Não lembro de ninguém fazendo aniversário.
- Desculpa, mas que festa é essa?
Vovó, me encara e também sorrir...
- É o casamento dela. Da pra imaginar, depois de velha, ela vai casar com o pai da Violetta?
- Mamãe!_Tia Lírio, a repreende envergonhada e isso me deixa ainda mais confusa...
O pai da Violetta, não tinha morrido?
O quanto eu perdi dessa família?
Me sinto uma estranha por não saber desses detalhes.
- Oh querida, você deve não se lembrar, mas todos achavam que o pai da Violetta, tivesse morrido, ele apareceu no dia do seu acidente, é uma longa história!
Uma festa de casamento...
Um momento perfeito para executar o meu plano.
- Tia, posso pedir um favor?
Tia Lírio, sorriu e concordou...
Folhas de Bordo 🍁
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Orgulho e Amor(Folhas de Bordo V4)
ChickLitFolhas de Bordo 4° Angel Baumer, amou um homem loucamente. Mas o que fazer quando esse amor só touxe tristeza e amargura para a sua vida. O orgulho, é um sentimento que destrói na mesma medida que o ódio. Erros do passado foram resolvidos. E agora...