Capítulo 4 - Casamento.

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Mattia Conti...

Casamento de Lírio Baumer.

Que daqui algumas horas seria Lírio Mozart.

É tão estranho como as coisas são.

A vinte e quatro anos, Lírio, acreditava que o pai de sua filhas estava morto, mas nem tudo é como parece ser. E a prova disso era o Casamento deles.

Entrei no enorme salão do hotel de Mael, que foi reservado exclusivamente para o casamento dos sogros e do próprio Mael.

Ele decidiram fazer um casamento duplo, seria um grande dia e eu não poderia faltar o casamento do meu amigo.

Assim que passei pela porta, dei de cara com várias pessoas conhecidas, inclusive clientes meus, mas o que mais me chamou atenção foi ela...

Cassandra Baumer.

A inabalável Cassandra Baumer, que me encarava com o semblante pesado.

- Senhora Baumer!

- Conti!_Diz o meu nome com desprezo e eu sorrio em deboche...

- Obrigado pelo convite senhora Baumer, mas...

- Saiba que só convidei você por causa da minha neta, se não, eu nem olharia para a sua cara!

Abaixei a cabeça, ainda rindo em deboche e Cassandra, continuou me encarando com o olhar assassino.

É claro que ela só me convidaria por conta de Amora, eu não deixa a minha filha com essa família tóxica nem que me pagasse.

A única excessão era Agnes e Malu, e agora Violetta, por ser esposa de Mael.

- Cadê a minha bis neta?

- Está com Agnes, agora me deixe ir, preciso falar com o meu amigo, já que eu vim como convidado dele!_Digo em cinismo e saio de perto da mulher que quase soltou fogo pelas ventas.

Nunca gostei de Cassandra Baumer, não me julguem a mulher era um porre, não sei como o meu tio aguentou entrar nessa família.

Vou na direção de Mael, e vejo o mesmo sorrir para mim.

Tio Andrea, estava ao seu lado já que seria seu padrinho.

Cumprimento os dois e abraço Mael, dando os parabéns pelo casamento.

- Finalmente essa pedra de gelo vai casar!

- Horas não rir, uma hora vai chegar a sua vez!_Mael, brinca e eu mordo os lábios, segurando um sorriso cínico.

- Casar não é pra mim, isso nunca vai acontecer!

Mael, olha para tio Andrea, e os dois sorriem cúmplices um do outro.

- Eu não teria tanta certeza disso!_Mael, diz e eu franzo as sobrancelhas, estranhando o jeito de ele ter dito isso.

- Cadê a Agnes? Ela está com a Amora!_Pergunto olhando para o meu tio e ele sorrir tranquilo.

- Elas estão no terraço, vá lá com elas!

- Terraço? Mas está frio demais para ela levar a Amora, lá!

Sem pensar duas vezes, saio andando com pressa até o elevador e quando entro aperto o andar do terraço.

"Eu realmente não posso confiar em ninguém"...

[...]

A porta do elevador se abriu no terraço e eu sai apressado procurando Agnes, por toda a extensão.

Estava escuro, não dava para ver muito, mas pude ver muito bem a silhueta de uma mulher com um vestido preto brilhantes, que marcava perfeitamente as suas curvas.

A mulher estava de costa e com as mãos pousadas no parapeito.

Como eu disse, estava muito escuro, não dava para ver direito, mas quando me aproximei, dei um suspiro frustrante e esfreguei as minhas têmporas ao identificar que aquela mulher não era Agnes.

- O que você quer, Angel!

Escutei o barulhos do seus sapatos baterem no chão, e aos poucos aqueles olhos azuis gélidos se fixaram nos meus.

Não eram mais aqueles olhos que me arrancava suspiros apaixonados, e sim de uma mulher totalmente desconhecida para mim...

- Nossa, fiquei totalmente comovida por ter me reconhecido!

As luzes do terraço se acenderam, e só agora eu pude entender as palavras de Mael.

"Eu não teria tanta certeza disso".

Filhos da puta.

Os dois sabiam perfeitamente que ela estava aqui.

E agora sei o porquê da senhora Baumer ter se referido a sua neta e não bis neta.

- Quando saiu do hospital, e porquê eu não...

Por que eu não fiquei sabendo disso, as câmeras do hospital me mostravam algo diferente.

Angel, sorriu e retirou algo de dentro de uma bolsa ao seu lado e jogou contra meu peito.

A encarei incrédulo por ela ter descoberto e aínda ter hackeado o meu sistema.

- Você parece lembrar de mim, mas não lembra que fazíamos faculdade juntos!_Ela cruza os braços em baixo dos seios, o que faz levanta-los e me dar uma visão perfeita do seu decote.

O meu corpo inteiro começa a acordar e eu me odeio por ainda reagir a ela depois de tanto tempo...

- O que você quer, Angel?

- Quando se tornou tão chato, em?_Ela se vira e se inclina sobre o parapeito e inclinando o quadril...

Fiquei em silêncio e comecei a limpa o suor das minhas mãos no meu smoking.

- Eu vi a Amora!_A encarei assustado.- Relaxa, ela pensou que eu fosse a Agnes, então me chamou de tia!_Ela sorriu em amargura.- Da pra imaginar? Você passou nove meses carregando uma criança, e essa mesma criança foi arrancada dos seus braços recém nascida, para no final ela te chamar de tia! É ilario, não é?

Senti o peso na voz de Angel, ela queria desabar em lágrimas, mas se manteve forte diante de mim.

- O que você quer que eu faça? Que obrigue a menina a chamar você de mãe?

- EU QUERO...Eu só quero ver a minha filha, eu quero ser a mãe dela, é tão difícil para você entender isso?

- Eu não tive culpa, Angel! Você queria criar a menina dentro daquele presídio imundo que você ficou, eu não tinha escolha!

- VOCÊ TINHA SIM, VOCÊ PODIA ESCOLHER ACREDITAR EM MIM, MAS PREFERIU IR PELO CAMINHO MAIS FÁCIL!_Ela apontou para o meu rosto e limpou um lágrima solitária que escorreu pelo seu rosto.

Mas a mesma ainda estava tentando se fazer de forte e virou o rosto quando viu a minha reação.

Ainda era ela.

Ela ainda era a mesma Angel, pela qual me apaixonei na juventude.

Ela só precisava se encontrar.

- Eu vou tirar a guarda dela de você!_Diz e eu seguro os seus braços com força, fazendo a mesma fixar aqueles olhos azuis nos meus...

- Tenta pra você ver, eu vou fazer da sua vida um inferno, Angel, quero ver se você é tão forte quanto aparenta ser!

Angel, me encarou com ódio e nós dois firmamos um desafio apenas com o olhar.

Estaríamos em guerra a partir de agora.

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Orgulho e Amor(Folhas de Bordo V4)Onde histórias criam vida. Descubra agora