0117 - Vogue part. 2

42 4 1
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Já havia dias que não recebia mensagens ou ligações do Tom, acho que foi pelas 30 vezes que recusei as chamadas dele. Durante esses sete dias conversei bastante com Bill e com a Adri, ele vieram aqui em casa e fizemos um brunch, fiz lembrancinhas para eles com a revista da Vogue, macarons de cereja e um pequeno Chandon Passion individual, ficou a coisa mais meiga do mundo,também fiz para aquele imbecil mas ele não veio buscar.

Estive pensando muito, fazendo terapia todos esses dias e acho que me sinto pronta para ir atrás dele. Não estou disposta a esperar mais uma semana para talvez ver um sinal de fumaça vindo da parte dele, por isso decidi que vou até o apartamento de Tom.

Coloquei um vestido colado na tonalidade bege, com um salto transparente minimalista, prendi meus cabelos com um coque frouxo e elegante, finalizando o look com minha amada bolsa da LV em couro napa. Peguei o mimo que havia feito para ele e desci até minha garagem, dessa vez escolhi o Discovery para ir dirigindo até o imóvel do Tom, pois era um carro menos chamativo e assim teria menos chances de me identificarem, pois às vezes algumas desocupadas queridas acampavam na portaria, era um tormento.

Assim que cheguei, me identifiquei pedindo total discrição pois não queria que vazasse algo do tipo na mídia, principalmente agora que era capa da Vogue. Estacionei em um local mais reservado, retirando então o presente do carro, descendo do automóvel e ativando o alarme, andando até o apartamento de Tom.

Quando cheguei em frente a porta principal, virei a maçaneta que estava destrancada, adentrando o ímóvel com passos leves, queria muito fazer uma surpresa para Tom, quanto mais andava pela casa procurando o garoto, acabava ouvindo uns sons estranhos vindo do quarto. Nesse momento meu coração estava disparado, minhas pernas completamente bambas, mas minha curiosidade falava mais alto.

Me aproximei da porta que estava aberta por uma fresta, quando me deparei com a cena de Tom por cima de uma mulher, paralisei, perdi a respiração por fração de segundos. Em uma ação impensada, apenas puxei a porta com força, fechando-a. Estava um pouco desorientada, talvez com o coração partido, apenas saí andando enquanto buscava rapidamente a sala para que eu fosse embora.


POV'S TOM


Caralho, porque minha porta bateu do nada? Interromperam meu sexo, quem foi o maluco?

Sai de cima da mulher, jogando um lençol no corpo dela para que tapasse-a, enrolei minha toalha branca que estava jogada na poltrona em volta dos meus quadris e fui para fora do quarto, procurando explicação para o que havia acontecido.
Vasculhei tudo, mas quando cheguei na sala, Ocean estava sentada no sofá, pálida e com uma respiração pesada, nas mãos dela via a revista em que havia sido capa, junto com alguns biscoitos que eram meus preferidos.

Sem entender nada, apenas me aproximei dela, tentando entender o que estava acontecendo, presumindo que ela havia visto algo.

Tom: Cara, o que você está fazendo aqui sem me avisar?

Ocean: E-eu não achei que precisasse avisar...

Tom: Até parece que você não me conhece, porra.

Joguei longe a primeira coisa que via na minha frente, uma almofada. O que fazer com ela nesse estado? Sou culpado por comer uma mulher dentro da minha própria casa.
Fui rapidamente até o quarto, pedindo para que Bea se vestisse e fosse embora, pois havia ocorrido uma emergência e eu precisaria resolver imediatamente. Quando voltei a sala, Ocean olhava para um ponto fixo, mas sua cor voltava aos poucos, daria o tempo que fosse necessário para se recompor. Peguei um copo de água e dei em suas mãos, tampando sua visão para que Bea passasse e Ocean não a visse.

Tom: Cara, me desculpa.

Ocean: Estou melhorando, só me assustei, nada demais.
Você não precisa me pedir desculpas, nós não somos nada.

Tom: É, Ocean. Mas você não precisava ter visto aquilo.

Ocean: Da próxima vez eu aviso quando estiver vindo.
O erro foi meu, querido.

Era incrível como até em momentos de estresse e tendo o direito de surtar, Ocean mantinha a compostura, mesmo que isso custasse seus olhos completamente marejados. Ela não olhou pra mim um minuto sequer, me entregou a revista e o presente que havia feito, levantando-se para ir embora.

Ocean: Tom, já vou. Melhor deixar meus planos para outra hora, não queria atrapalhar seu encontro.

Tom: Fica um pouco comigo, ela já foi.

Ocean: Não me sinto confortável, outra hora nos vemos.

Senti a menina puxando seu braço das minhas mãos que agarravam-o como um pedido para que permanecesse, mas não podia obrigar, então apenas a deixava ir.
Como explico pra ela que a amo? Mas não sei demonstrar, desaprendi a sentir, mas estou cansado dessa palhaçada entre nós dois, vou fazer ela ser minha de qualquer jeito, não aguento mais essas idas e vindas.
Acabou esse jogo de desinteresse e amizade, eu a quero como mulher e assim terei, nem que eu corra o mundo atrás dela 

Born To Die - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora