03 - Possível Suspeito?

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Kinmyuu e sua rainha encaravam Mewthazar intrigados. Já Heimewdall sabia muito bem a quem o amigo se referia, e não se mostrava nem um pouco surpreso com o que ele disse.

- Tio, por acaso você está falando do...

Nesse exato momento, o C-Tech - aparelhos tecnológicos de que também funcionavam como telefones portáteis - de Mewghand tocou. Ele atendeu por ser sua mãe Myurgana, que acompanhava o pai dele no hospital.

- ... Ele o quê?! Estou indo pra aí! - Rapidamente, o rei mágico desligou.

As notícias não eram das melhores.

- O que houve, Handie? É algo com o seu pai?! - Mewthazar lhe perguntou.

- Sim. Ele ainda está em coma, e acabou de ter um tipo de colapso de debilitação de magia. Os médicos conseguiram estabilizar por hora, mas corre o risco dele sofrer outro a qualquer momento... Eu tenho que ir vê-lo! - Ele se levantou com pressa e olhou para Kin. - Kinmyuu, eu sinto muito por sair desse jeito, mas eu realmente preciso ir!

- É claro, Mewghand, não se preocupe com isso. Assim que terminar aqui, irei até o hospital para vê-lo também - respondeu Kinmyuu, com um olhar preocupado e sentido.

- Kin, acho que vou com ele. Talvez meus poderes curativos possam ajudar Mewelderm de alguma forma, ou pelo menos estabilizá-lo melhor.

Sugeriu a rainha.

Os poderes divinais da Luz também passaram a fazer parte de seu sangue ao se casar com Kinmyuu e, como par dele, Anmyuu foi presenteada com grandes dons de cura.

- Excelente ideia, querida. Vão indo na frente que logo os encontrarei lá.

Anmyuu assentiu e se levantou atrás do rei mágico, que agradeceu imensamente por ela se dispor a tentar ajudar.

Mewthazar estava prestes a segui-los quando Kinmyuu o chamou.

- Espere um minuto, Lorde Mewthazar. - O vice-rei parou e olhou para ele - Eu sei que também deve estar muito preocupado, mas peço que fique mais um pouco. Precisamos recuperar o Grimório o mais rápido possível e, para que eu possa ajudar nisso, tem algo que preciso que me explique melhor.

Mewthazar olhou para o sobrinho antes de responder ao Grande Rei.

- Ele tem razão, tio. A segurança de nosso reino está em jogo e a procura do Grimório não pode parar de forma alguma. É melhor você ficar - disse Mewghand, já próximo à porta.

- Sim, tem razão. Mas se algo grave acontecer, por favor, me ligue, Handie.

Mewghand e Anmyuu deixaram a sala rumo ao hospital do reino mágico. Mewthazar aguardou até que ambos saíssem para retomar o assunto. Enfeitiçando brevemente a jarra com leite sobre a mesa, fez com que essa sozinha lhe servisse um copo.

- Imagino que deseja saber a quem eu me referia quando disse que meu pai tinha o péssimo hábito de compartilhar os segredos mágicos de minha família com esse certo alguém. Correto, Rei Supremo? - Ele sugeriu logo após um pequeno gole.

- Precisamente. Uma informação dessa pode ser crucial para investigação - respondeu Kin, coçando o queixo.

- Quando eu estava no primeiro ano do Colégio Real, o meu pai Mewrilin teve a excentricidade de tomar um reverso como aprendiz. - O desprezo e a raiva faziam até sua garganta arranhar ao proferir a palavra "reverso". - Ele queria ensiná-lo a converter seu poder maquiavélico em magia benigna, já que aquele garoto reverso era um núcleo de magia negra ambulante, hmpf!

Via-se pelas expressões faciais de Mewthazar que ele tinha uma aversão em especial pelo reverso de quem falava.

- E qual era o nome desse garoto, Lorde Mewthazar? - perguntou o Grande Rei, mais intrigado a cada segundo.

Reinos de Mysticat - Elos Entre Mundos Onde histórias criam vida. Descubra agora