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Sexta-Feira || 12:08 PM || 05/03/1978


SOPHIE YAMADA


Eu estava no meu cantinho da biblioteca, lendo. 

O professor Johnson, entra na biblioteca, se aproximando de mim. 

- Yamada, tem um minuto? - Ele me pergunta, se aproximando de mim. 

- Claro! O que precisa? - Me levanto, colocando  meu livro no sofá. 

- Então... Um aluno na sua sala precisa de ajuda na minha matéria, matemática. E eu preciso de um tutor para ensiná-lo. - Ele se senta em uma cadeira em minha frente. - Como você tem as melhores notas na turma, pensei em você ser a tutora dele. O que acha?

- Lógico! Quem seria? - Pergunto, curiosa. 

- Robin Arellano! - O professor anuncia. - As aulas podem começar na sexta que vem! Aqui na biblioteca, das 2 PM até as 3 PM! 

- Ok... Combinado! - Falei, mesmo sem ter certeza. 

O professor sorri gentilmente e segue seu rumo para fora da biblioteca. 

Eu fico ali algum tempo  raciocinando que eu iria dar aulas de reforço para o ROBIN ARELLANO. Como assim?! 

O sinal do fim do intervalo toca e todos voltam para as suas salas. 


ROBIN ARELLANO


Aquele professor de biologia poderia muito bem ir para o inferno né? Que aulinha chata! 

- Bom... Para o começo do 4 bimestre, vocês iram formar duplas. Que permaneceram até o final do ano. - O professor exclama, enquanto todos se levantam e vão até as suas novas duplas. 

A sala inteira se movia, cadeiras se mexiam e se juntavam. Pessoas conversavam,  muito barulho na sala. 

De repente, ficamos eu e Sophie sem duplas. Finn me traiu ficando com a Donna. 

- Sophie e Robin fiquem juntos. Já que vocês ficaram sozinhos... - Antes que o professor terminar a frase, eu e Yamada já estávamos discutindo. 

- Prefiro ficar sozinha. - Sophie afirma, de braços cruzados. 

- Concordo. - Afirmo. 

- Bom... Isso não é uma escolha. Movam-se. - O professor diz, seriamente. 

Relutantemente, eu e ela juntamos as nossas carteiras e evitamos nos olhar muito.

O professor continuou a sua explicação da matéria, enquanto Sophie prestava atenção. 

Eu me peguei algumas vezes olhando para ela durante a aula. Ela era linda focada... CHEGA ROBIN! 

A aula estava entediante demais, decido matar aula. Não queria ir sozinho, mas o Finn estava dormindo do lado da Donna. A Gwen estava conversando com a sua dupla, Angelina. Então sobrou... 

"Vem comigo??" - Era isso que dizia no bilhete que eu entreguei para Sophie. 

"Você ficou maluco? Eu tenho reputação!" - Ela responde no bilhetinho. 

"Quer mesmo ficar estudando a anatomia das plantas? Se não quiser, vou estar esperando atrás da escola daqui 5 minutos" - Escrevo, coloco em sua frente e sorrateiramente peço para "ir ao banheiro" 

- Rápido! - O professor responde, enquanto eu saio da sala. 


SOPHIE YAMADA


Penso por alguns minutos antes de sair da sala para "tomar água" e encontrar com o Arellano no local combinado. 

- Por alguns minutos eu pensei que você não vinha. -  Ele diz, enquanto me sento no banco que havia ali, bem do seu lado. 

- Por que diabos me chamou para vir para cá? - Pergunto. 

- Bom, eu imaginei que você não estava com a mínima vontade de aprender a anatomia de uma samambaia. - Ele comenta, seguida de uma risada nasal. 

- Por que está sendo tão legal comigo? - Pergunto com curiosidade. 

- Eu estou normal com você. - Ele diz, distraído.

- Fala sério, Arellano. O que deu para você mudar assim? Ontem mesmo estava me xingando de  todos os palavrões que você conhece. - Afirmo. 

- Eu quero que você enxergue que esse seu namorado é um merdinha! - Robin me olha com um sentimento que não consigo identificar enquanto fala comigo. 

- Você não sabe de nada! Cala a boca! -  Digo, sem querer acreditar nas palavras dele. 

- Por que todo mundo vê e você não, Sophie? - Ele olha, decepcionado. 

- Por que ele é bom para mim! Eu o amo! - Afirmo, mesmo não tendo tanta certeza nas minhas palavras. 

- Ele te bateu! - Robin me lembra. 

- Foi a primeira vez! E ele não queria me machucar! - Digo. 

- Você é muito inteligente para isso, Yamada! Ele não faz bem para você! -Ele tenta me alertar. 

De repente, eu e ele escutava alguns cochichos, vindos da porta de acesso a área onde estávamos.  

- Relaxa... Ninguém vem aqui! A gente tá sozinhos! - Escuto uma voz masculina, muito familiar vindo do outro lado da parede. 

- Tem certeza? - Uma voz feminina, não conhecida, diz com preocupação. 

- Cala a boca antes que alguém venha. - A voz masculina fala, antes de serem escutados barulhos de beijos... QUE NOJO.


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Olhos Puxados || Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora