024

295 36 3
                                    

Sexta-Feira || 08:46 PM || 12/06/1978 


SOPHIE YAMADA


Aquele momento foi... Mágico... 

Eu nunca tinha vivido nada parecido com o meu ex-namorado, Alex. Nem com os outros ficantes de eu já tive (Não chega nem perto do número de garotas que o Robin tinha no pé dele, mas já tive alguns...). 

Robin era um garoto especial, ele tinha um brilho lindo dentro de si que eu não podia nem descrever. Esse brilho era tão forte que ofuscava todos os outros garotos. 

Eu sempre, no fundo, sempre gostei do Arellano. Mas eu ignorava aquele sentimento por ele "supostamente ser um tremendo babaca". 

- Desde quando você gosta de mim, Arellano? - Pergunto. 

- Desde muito tempo, Sophie. Muito mesmo. Só que eu tinha medo de você me dar um fora, ou não sentir o mesmo. - Ele me responde, olhando fixamente nos meus olhos.

- Sério? Como assim? - Eu pergunto, desacreditada, enquanto ele acariciava gentilmente a parte externa das minhas coxas, comigo ainda em seu colo.  

- Eu te achava uma completa hermosa, Yamada. Sempre achei. Desde o dia que a gente se conheceu na cozinha da sua casa. - Ele sorri, ainda olhando fixamente nos meus olhos, com a mãos geladas na minhas coxas. 

- 'Cê' tá falando sério, Robin? - Pergunto para confirmar. 

- Nunca falei tão sério na minha vida, Sophie. Você é a garota que eu sempre desejei. O seu sorriso incrível, o seu cabelo com ondas lindas... E esses olhos puxados que eu sempre desejei que olhassem para mim da forma que estão olhando agora... - Ele fala com sinceridade. 

-  O que tinha naquela bebida do Hopper para você falar tudo isso para mim? - Pergunto, rindo, sendo irônica (na teoria). 

- Sei lá, Yamada. - Ele responde, rindo. 

- Pelo visto, o que tinha lá ajudou você a se soltar, e me deixar nesse estado. - Falo, retribuindo os olhares dele. 

- "Nesse estado"? - Ele pergunta, confuso. 

- Sentada no seu colo, completamente apaixonada por você. - Confesso.

Ok. A última frase foi involuntária. Talvez eu não esteja muito diferente dele não...

- Repete a última frase. - Ele diz, com um sorriso enorme no rosto. 

- Cala a boca vai. - Reviro os olhos, não deixando de sorrir. 

- Só se você calar para mim. - Ele me olha, com um sorrisinho malicioso no rosto. 

- Já não acha que a gente se pegou demais hoje não? - Falo, só para deixar ele na vontade, ameaçando sair do colo dele. 

- Não. Não acho. - Ele me segura, firmemente, pela cintura. Me imobilizando. 

- Robin! A gente precisa voltar! Vão desconfiar a nossa demora. - Tento me mover, mas sem sucesso. 

- Foda-se o que eles pensam. Você está sendo só minha agora. Entendeu? - Ele diz, com autoridade. 

- Parece que o que estava falando coisas super fofas, virou um marrentinho do nada. - Falo, rindo, olhando para os olhos dele. 

- Marrentinho? - Ele questiona o apelido. 

- É. Seu novo apelido. - Acabo de inventar um apelidinho novo. 

- Tá bom. Seu marrentinho. - Ele fala. 

- MEU marrentinho. - Enfatizo o "meu", enquanto ele me puxa para um selinho. - Agora eu acho bom a gente voltar mesmo. Vão desconfiar a nossa demora. 

- Você não tem graça... - Ele fala, me soltando e fazendo drama. 

- Anda logo, Robin! - Falo, rindo e saindo do colo dele. 

- Já estou indo! - Ele se levanta tão rapidamente, que sua pressão cai e ele coloca a mão na cabeça, de dor. - Puta merda... 

- 'Cê' tá bem? - Pergunto, me sentando do lado dele. 

- Estou ótimo. Mas, meio tonto... E com uma puta dor de cabeça. - Ele descreve o que estava sentindo. 

- O que você quer para melhorar? Um remédio? Quer ir para casa? - Pergunto, mesmo estando só um pouquinho menos pior. 

- Eu quero você. - Ele é bem direto.

- Robin! Vamos voltar logo! Depois a gente se pega de novo. - Falo, puxando ele pela mão e colocando seu braço pelo meu ombro, em uma tentativa de me fazer de apoio. 

- Tá bom! Sua chatinha! - Ela vem comigo, relutantemente. 

Nós voltamos para o salão. Mas, em vez de ficarmos no meio de uma multidão de gente, nós ficamos nas arquibancadas. 

- Resolveram se entender? - Moose exclama de longe, olhando para nós. 

- Pelo menos eu pego alguém! - Robin exclama de volta, mandando o dedo do meio para o outro.

- Pega alguém, é? - Pergunto sarcástica, depois que o Moose sai de perto de nós. 

- Já disse. Você é minha agora. Entendeu? - Ele diz, em um tom de autoridade. 

- Sim, senhor. - Respondo, rindo logo depois. 


ROBIN ARELLANO


 Ela é minha nesse momento. Eu faria de tudo para proteger essa garota. Até enfrentar a onda de sequestros que estava ocorrendo na nossa região. 

Eu não estava pensando nisso aquele momento. Na verdade, não estava prestando atenção em nada que eu falava. Acho que tinha alguma coisa que não fazia bem naquela bebida do Hopper. 

Mas, basicamente, estava acontecendo alguns sequestros desde 2 anos atrás. 

Beatrice Hopper foi a primeira. Ela era a irmã mais velha de Vance. Foi esse o motivo de Vance começar a beber e brigar com  frequência. Seu coração esfriou depois que a irmã sumiu e nunca mais voltou... 

Depois, Dylan Steves. Um dos garotos do terceirão. A escola inteira parou quando souberam do seu desaparecimento. Ele era arrogante, mas famoso de certa forma. Faz um ano e alguns meses que ele desapareceu.

O mais conhecido caso foi o da Isabella Evergreen. Ela era uma modelo teen relativamente famosa na nossa região. Quando ela sumiu, as buscas foram incansáveis. Ainda procuram, mesmo sendo quase 1 ano que a garota sumiu. 

Tiveram mais 2 casos. Mas eles são mais recentes, então eu não tenho ideia quem foi sequestrado. 

Mas, nesse momento, eu não quero saber de mais nada. Só quero ficar com a minha garota. 


~~~

Olhos Puxados || Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora