028

225 30 6
                                    

Sábado || 04:13 PM || 13/06/1978


GATILHO: ABUSO PSICOLÓGICO E AGRESSÃO!


SOPHIE YAMADA


Eu escuto alguma coisa vibrar em meu bolso... MEU CELULAR?

Tiro o aparelho do bolso, que tinha se formado uma rachadura em sua tela...

Estava com 9% de bateria. O suficiente para ver o que era aquela notificação.

Era uma mensagem do Robin.


Messages On


Robin Arellano - Oi, gatita! Como você tá? Eu acordei agora. Queria conversar com você.

ROBIN? ME AJUDA! EU FUI SEQUESTRADA! - Sophie Yamada

Robin Arellano - O que?! Como assim!?

SÓ ME AJUDA! É DIFÍCIL EXPLICAR! - Sophie Yamada

Robin Arellano - 'Cê' tá aonde? Me manda a sua localização.


Messages Off



Até que escuto a porta do porão sendo aberta. Droga!

Guardo o celular no bolso com rapidez.

- Trouxe comida. - O sequestrador diz, colocando uma bandeja com um prato e uma garrafa de refrigerante no chão.

- O que colocou nisso? - Pergunto, achando que poderia ser drogas ou entorpecentes.

- Sal e pimenta. - Ele afirma.

Eu estava faminta. Mas, não era trouxa de comer qualquer coisa assim.

- Coma... Não coma... Você já está aqui mesmo. Para que eu precisaria drogar você? - O sequestrador analisa meu corpo todo.

Até que eu lembro. O celular fazia um pequeno volume em meu bolso.

- O que você tem no bolso? - Ele começa a se aproximar de mim.

- Hm? - Pergunto, me fazendo de sonsa.

O velho me levanta a força, me deixando em pé na sua frente.

Ele começa a passar a mão em meu corpo todo, e tira meu celular do meu bolso.

- O que é isso, mocinha? - Ele mostra o celular.

- Eu não mexi! - Minto.

- Sabe que é feio mentir. Não sabe..? - Ele diz, tirando o cinto da cintura.

- Por favor... Não me machuque... - Imploro, tentando me afastar do mais velho, que me puxa pela cintura por uma mão, segurando o cinto na outra.

- Você vai aprender a não mentir mais, garota levada. - Ele me joga no chão de barriga para baixo.

E então, eu começo a sentir o cinto nas minhas costas. Era uma dor insuportável.

O velho aparentava ter prazer em me ver sofrer e gritar, implorando para ele parar, mas nada adiantava.

Ele continuava batendo, e batendo, e batendo...

Até que eu perco a consciência.

A última coisa que consigo ouvir é meu celular sendo jogado com força no chão, e a porta do porão sendo fechada, me trancando lá, lacrimejando e o corpo todo latejando de tanto ser espancada.


Olhos Puxados || Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora