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Sábado || 04:03 AM || 13/06/1978 


SOPHIE YAMADA


São 4 da manhã. Robin acabou apagando na arquibancada mesmo e nem uma buzina em seu ouvido adiantou para acordá-lo. Ele vai ficar de ressaca, tenho certeza. 

Eu estou tentando ir para casa. Mesmo um pouco tonta... Sei lá o que tinha naquela bebida. 

Finn vai ir embora só mais tarde, e eu só quero ir para casa. 

Até que uma van preta, com um adesivo na sua lateral escrito "ABRACADABRA", estaciona na rua, na minha frente. 

Eu estava sentada no chão, pensando em uma forma de ir para casa o mais rápido possível. 

Um homem, alto, em tão alto nem tão baixo, pálido, que usava uma cartola e uma roupa que era toda preta, em exceção a camisa vermelha, sai da van e se aproxima de mim. 

- Ei, garota! - Ele exclama, se agachando para ficar da mesma altura que eu. - Tá afim de uma carona? Parece perdida. 

Olho direito para o rosto do cara. Ele estava sorridente. Não parecia uma má pessoa... Mas alguma coisa estava dizendo que algo iria acontecer. 

- Não precisa não! Já estava seguindo meu caminho! - Para me esquivar da situação, levanto e tento sair dali, sendo impedida por ele segurando em meu braço. 

- Vamos! Eu sou Albert! Sou um mágico de meio período! Posso te levar em casa. - Ele diz, logo que viro meu rosto para ele. 

- Já disse não! - Me irrito, soltando meu braço de sua mão com agressividade. 

Como estava de costas, ele coloca as duas mãos na minha cintura, colando minhas costas em seu abdômen, apontando um canivete em meu pescoço. 

- Se você falar alguma palavra sequer, eu mato você igual a um porco aqui mesmo na rua,  depois te estrangulando com seu próprio intestino. - Ele fala sussurrando no meu ouvido, com um tom de agressividade e autoridade ao mesmo tempo. 

Ele me vira de frente para ele, me fazendo olhar para o seu rosto, que estava com uma expressão nada agradável. 

- Bons sonhos, princesinha. - Sinto uma pressão muito forte em meu olho. Um soco. Que me fez ficar inconsciente de imediato.


ROBIN ARELLANO


Acordo com a luz do sol em meu rosto. Eram por volta de 7 da manhã. Eu dormi na arquibancada... 

A dor de cabeça era péssima. Só piorou quando decidi me sentar. 

- Puta merda! - Exclamo para mim mesmo. 

Tinha algumas pessoas lá também. Uma delas era Bruce. Me pergunto se não era para ele já estar em casa, já que, a Sophie não estava do meu lado. Ela deve ter arranjado uma carona... 

- Tá tudo bem, Arellano? - O Yamada pergunta. 

- Não... Estou com uma puta dor de cabeça. - Digo, colocando a mão na cabeça. 

- Quer carona para casa? Eu estou levando a Johnson também. - Ele oferece. 

- Aí, quero. Obrigada, cara. - Digo, levantando.

E assim foi. Eu entrei no carro do Yamada, e ele seguiu rumo até a minha casa. Na qual estava vazia. 

Agradeço meu amigo e entro na minha casa. 

Meu tio não estava em casa... Que estranho! Ele tinha ido ao baile ontem por um motivo que eu desconhecia. 

Eu estava tão cansado que só me deito em minha cama e apago. Não tiro o terno, nem nada.

Só apago no sono, pensando no que eu faria ou falaria para a Sophie quando ela me ligasse...


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Olhos Puxados || Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora