Olhos Puxados || Robin Arellano

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Domingo || 02:08 AM || 07/03/1978

ROBIN ARELLANO

Depois que eu cheguei em casa, não fiz nada além de tomar banho, colocar o pijama e jogar vídeo game. 

Meu tio estava em uma festa quando eu cheguei. Então  fui direto para o quarto e fiquei lá, trancado, jogando. 

Alguma coisa dentro de mim estava me perturbando. Falando que eu precisava fazer alguma coisa. Mas... eu não sabia o que. 

Depois, a Sophie veio em minha cabeça... Será que era ela que estava perturbando meus pensamentos? Será que eu deveria tirar essa história a limpo com ela? O que eu devo fazer?! 

Então... Desligo a tv na qual eu jogava, e pego meu celular, me deitando na minha cama. 

Abro o Instagram, e, quase que involuntariamente, pesquiso o perfil da Sophie e abro. 

Começo a ver o seu Feed. Todas as suas fotos. O quão ela era bonita. 

Será?? Mando mensagem? Vou parecer muito maluco?? QUE COMPLICADO! 

SOPHIE YAMADA

Estava chorando horrores pelo filme que tinha acabado há pouco tempo. Meus olhos ainda estavam inchados de tanto chorar. 

Vou até o banheiro, me levantando da cama e colocando a minha gatinha, que estava até agora em cima de mim, do lado do meu cachorro. 

Quando chego lá, vejo a minha situação deplorável. O cabelo INTEIRO bagunçado, olhos inchados de tanto chorar, e minha roupa havia pelos da minha gata por toda parte. 

Eu não ia NEM PENSAR me arrumar agora. Já era DE MADRUGADA, não ia ter que ver ninguém, além do meu irmão que já me viu de todas as formas possíveis. 

Só prendo meu cabelo em um coque alto e passo minhas mãos no meu pijama, para ver se os pelos saiam. Sem sucesso. 

- Puta merda... - Analiso mais um pouco meus olhos. 

Já estava me dando agonia. Aqueles olhos inchados. Já eram puxados, imagina inchados. 

Decido descer e pegar uma compressa gelada na cozinha. Só para diminuir o inchaço. 

Pego meu celular, coloco no bolso do meu pijama e abro a porta do meu quarto devagar, com cuidado para o meu irmão não acordar. 

Desço as escadas, bem silenciosamente, passando pelo quarto do Bruce em silêncio máximo. 

Chegando na cozinha, acendo as luzes e vou em direção ao freezer, onde já encontro a compressa gelada de gel. 

Já ia subir as escadas quando sinto meu celular vibrando. 

Era uma notificação do Instagram... Uma solicitação de mensagem? 

Decido abrir a mensagem ali mesmo, já segurando a bolsa de gel fria no meu olho. 

~Mensagens~

 Robin Arellano - Oi Sophie, podemos conversar?

 - Robin? O que você quer comigo? - Sophie Yamada

Robin Arellano - Por que você ficou tão brava aquele dia?  

- Você foi um babaca com a Miller, Arellano. - Sophie Yamada

Robin Arellano - Eu sei! Já pedi desculpas para ela! Muitas vezes! 

- Você ficou esses 3 anos brincando de "rival" comigo, então? - Sophie Yamada

Robin Arellano - Eu nunca fui o seu "rival", Yamada. Só "retribuía" o jeito que você me tratava. 

- Você foi um merdinha! Eu só te tratava assim por causa disso! - Sophie Yamada 

Robin Arellano - Beleza então! Podemos tentar acabar com essa "rivalidade" toda? 

- Tá bom, Robin! Nos vemos segunda-feira? - Sophie Yamada

Robin Arellano - Ok! Tchau!

- Tchau! - Sophie Yamada

Robin reagiu "❤️"

~Mensagens off~

SOPHIE YAMADA

CA-RA-LHO. Isso que eu chamo de surpresa. Meus olhos até estavam mais desinchados. 

Levo a bolsa de gel e o celular para o andar de cima comigo. Aproveito também e pego uma garrafa de água gelada. 

Quando chego no meu quarto, estavam lá, meu cachorro e minha gata, dormindo juntinhos. 

Sorrio com aquela cena, tiro meu celular do bolso devagar e tiro uma foto dos dois. 

Logo depois, deixo minha garrafa de água em cima do meu criado mudo, e me deito na cama, do lado dos meus pets. 

Estava um pouco cansada, então desligo as luzes, puxo as cobertas na altura do meu peito e adormeço. 

ROBIN ARELLANO

Eu senti um alívio tão grande em "resolver" aquela história com a Sophie. Parece que eu tirei 10 quilos extras das costas. 

Posso até não virar MELHOR amigo dela, mas já não ser inimigo dela já é um grande alívio. 

Tomo um pouco de água que tinha lá no meu quarto, que já não estava mais gelada. 

Sem vontade nenhuma de fazer mais nada, já feliz e leve de ter falado o que sentia, desligo as luzes, deixando só as luzes coloridas acesas, me cubro de baixo das cobertas e adormeço profundamente.

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