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Segunda-Feira || 05:38 PM || 15/06/1978


SOPHIE YAMADA


Depois de fazer tudo o que tínhamos que fazer lá na delegacia, fomos encaminhados direto para o hospital, só para checar se estava tudo certo.

Descobri que tive uma luxação no pulso, por motivo desconhecido, mas tive que enfaixar meu pulso do mesmo jeito.

Tive a notícia maravilhosa que o Grabber tinha sido preso, sem direito a julgamento e fiança.

Eu estava muito grata por estar viva. Robin não saiu do meu lado, o dia todo, por nem um minuto sequer.

Já estava quase escurecendo lá fora, e eu não dormia fazia muito tempo. Robin muito menos.

- Quer ficar lá em casa essa noite? Você falou que o seu tio estava viajando. - Ofereço, com carinho.

- Claro. Se não for incômodo. - Ele aceita, envergonhado.

- Claro que não! Você tá comigo o dia inteiro! Me ajudou para caramba! - Falo.

- Então tá! Se você diz... - Ele fala, ainda meio envergonhado.

E então, finalmente, somos liberados para ir para casa.

Robin havia tirado carteira de jovem aprendiz de motorista, então, ele podia usar o carro do tio sem problemas.

Nós entramos no carro do tio dele, indo até a sua casa, só para ele buscar algumas coisas que ele precisaria lá na minha casa.

Nós descemos do carro, entrando na casa dele.

Era relativamente grande, mas muito aconchegante.

- Vem comigo, quer conhecer meu quarto? - Ele pergunta.

- Quero! - Aceito.

Nós saímos em direção ao quarto dele. Era bem grande, tinha um poster enorme do Tears For Fears na parede, tinha uma luz de led, agora deligada, uma cama tamanho King Size.

- Senta aí. Eu só vou arrumar uma mochila e a gente já vai. - Ele fala.

Obedeço o garoto, me sentando em sua cama, meio sem jeito, olhando tudo ao redor.

- Seu quarto é... - Falo, sendo interrompida.

- Uma bagunça? Já sei. - Robin coloca palavras na minha boca.

Sim. O quarto era bem bagunçado. Mas não era isso que eu queria falar.

- A sua cara. Eu amei. - O corrijo.

O garoto sorri para mim.

- Obrigada... Eu acho. - Ele fala, meio sem jeito. - Olha... Eu sei que aquele beijo na festa não foi muito consciente... Eu não sabia o que estava fazendo... desculp...

- Eu quis. Eu te quero, Robin Arellano. Eu odeio dizer isso, mas eu realmente gosto de você. Desde que a gente se conheceu e você falou aquelas merdas bem faladas da Miller. - Confesso.

- UOU. Por essa, eu não esperava. - Ele comenta, chocado, ainda arrumando a sua mochila.

- Vai se foder e cala a boca. - Reviro os olhos, cruzando os braços.

Ele não pôde deixar de rir, fechando a mochila.

- Acho que já ficou claro demais que eu gosto de você né? - Ele diz, se aproximando de mim.

- Você é sempre idiota assim ou só se faz? - Me levanto, ficando cara a cara com ele.

- O idiota que você ama né? - Ele sorri, colocando as mãos na minha cintura, colando nossos corpos um no outro.

Olhos Puxados || Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora