Eu acordei mais tarde do que de costume, devido a sessão de filmes que eu tive com o meu melhor amigo na noite passada.
Já eram dez horas quando eu me levantei. Achei até estranho a minha mãe não ter me acordado antes, mas o fato de ser o seu aniversário deve ter feito ela pensar melhor ao me acordar cedo justo no dia que eu completo meus dezesseis anos.
Eu também não podia me esquecer que as férias estavam terminando e como hoje é sexta-feira, na segunda-feira terei que enfrentar um novo semestre.
Eu comemoraria o meu aniversário mais feliz se as aulas não estivessem tão próximas de começarem.
Na véspera do meu dia de comemoração, o Holden sugeriu que passássemos a noite assistindo filmes em sequência. E assim fizemos.
Ele foi embora para a sua casa às três e meia da madrugada. Eu estranhei o fato dele não ter pedido para dormir comigo, mas não costumamos a dormir juntos desde que nos mudamos para São Francisco. Ou melhor, só fizemos isso uma vez desde que nos mudamos para essa nova cidade. O que antes era comum, hoje com certeza nos deixaria desconfortáveis.
Eu estava me arrumando para descer e tomar o meu café da manhã, antes que eu perdesse mais o horário ao ponto de virar hora do almoço.
Eu desci as escadas tranquilamente enquanto bocejava, e quando cheguei nos últimos degraus eu avistei a minha mãe ouvindo música em seus fones na cozinha. O que impediu que a mesma percebesse a minha aproximação.
Mas magicamente quando eu finalmente havia colocado os meus dois pés na cozinha, ela virou-se e se deparou comigo, tomando um susto. Porém ela logo se recompôs enquanto tirava os fones e me abraçou energicamente.
— Layce, minha filha. Feliz aniversário! — minha mãe falou contente enquanto me abraçava forte. — que seu dia hoje seja tão especial quando você, meu anjinho. Você merece. — ela disse ainda me abraçando.
— Obrigada, mãe. Eu te amo. — falei e a minha mãe sorriu.
— Eu te amo, filha. — ela falou se separando de mim. — olha, eu tenho uma surpresa para você! — minha mãe continuou enquanto corria para a geladeira, me deixando feliz.
Era uma surpresa comestível.
— Hum... alguma coisa que você preparou? — perguntei animada.
— Não, bem que eu gostaria. Mas eu não tive tempo de fazer. — ela respondeu. — estou trabalhando muito esses dias, só tive tempo para comprá-lo. — explicou a mesma enquanto eu sorria.
— Não se preocupe, mãe. Você sabe que eu não me importo com essas coisas. — falei. — mesmo que você não tivesse comprado nada, ainda sim estaria tudo bem. — concluir enquanto a minha mãe caminhou em minha direção para me dar um beijo na testa.
— E por isso e por outras que eu te amo, Layce. — ela falou e então eu sorrir.
A minha mãe voltou para a geladeira e assim que a mesma abriu a porta, ela tirou um bolo de baunilha com recheio de morango enquanto havia cobertura de chocolate e morangos com chantilly por cima. Era o meu bolo preferido.
Com os olhos cheios, eu corri até e a minha e peguei o bolo da mesma enquanto eu provia mais de quinze palavras de agradecimentos e elogios. A minha mãe achou um exagero todas aquelas palavras enquanto eu achei necessário.
— Mãe, o que está esperando? Vamos comer! — sugeri enquanto ela me encarava com um sorriso.
— Vamos sim. — ela disse enquanto pegava pratos, garfos e uma faca. — eu iria deixar para comer na sobremesa após o almoço, mas infelizmente terei que ir para o hospital. — minha mãe explicou me deixando confusa.
— Ué, mas você não ia apenas de noite? — perguntei enquanto eu me servia de uma fatia do bolo.
— Sim, mas recebi uma ligação hoje cedo dizendo que estão quase sem enfermeiros por lá e que eu preciso ir para ajudar. — ela respondeu e então eu assenti.
Normalmente eu ficaria triste pela minha mãe não poder ficar em casa nem do dia do meu aniversário, mas eu entendo a importância do trabalho dela e me orgulho muito da minha mãe.
Ela sempre foi uma mulher trabalhadora, especialmente depois da separação do meu pai que ela teve que dobrar as horas trabalhadas, enquanto eu, tinha que lidar alguns momentos sem a minha mãe.
Eu permaneci calada enquanto comia, então a minha mãe me lançou um olhar preocupado que me fez encara-lá de volta.
— Você ficou triste com essa notícia, filha? — ela me perguntou com preocupação.
Eu não queria mentir para a minha mãe, mas também eu não queria deixá-la triste por ter que trabalhar. Eu não queria que ela se sentisse culpada por ter que cumprir obrigações cuja a mesma não tem escolha.
Eu abrir um sorriso forçado enquanto tentava fazer do mesmo, o mais sincero que pudesse ser.
— Eu fiquei um pouco sentida sim, mas eu entendo completamente as suas obrigações, mãe. Não precisa se preocupar comigo. — respondi enquanto ela abria um sorriso para mim.
— As vezes eu fico impressionada com o tanto que você cresceu, sabia? — minha mãe perguntou com um tom orgulhoso em sua voz enquanto eu sorria.
Assim que eu e a minha mãe terminamos de comer, eu seguir para o banheiro afim de escovar os meus dentes enquanto a minha mãe terminava de arrumar a sua bolsa para ir trabalhar. Eu estava lavando o meu rosto quando a minha mãe me surpreendeu da sala.
— Layce, quando eu sair vá para a casa da Hanna, está bem?! — minha mãe gritou me deixando confusa, então eu sair do banheiro e fui para a sala onde a mesma estava sentada no sofá mexendo em seu celular.
— Ué, por que eu tenho que ir para a casa da Hanna? — perguntei atraindo a atenção da mesma.
— Porque logo será a hora do almoço e eu não deixei nada pronto para você. — minha mãe respondeu.
— Mas eu não estou com fome agora, mãe. E eu posso me virar muito bem, sabia? — perguntei a minha mãe que me encarava estranhamente pensativa.
— É que eu não quero que você fique sozinha justo hoje no seu aniversário. — minha mãe explicou. — eu chamei o Holden para ficar aqui com você mas ele disse que hoje estaria ocupado ajudando a mãe com a faxina. — ela continuou me deixando surpresa com a revelação sobre o meu amigo, tanto que eu não pude conter uma risada.
— Como é que é? — perguntei. — o Holden está ajudando a Hanna com a faxina? — insistir ainda surpresa e a minha mãe abriu um sorriso.
— Está. — ela respondeu.
— Essa eu preciso ver com os meus próprios olhos. — falei enquanto seguia para a porta. — tchau, mãe. Tenha um bom trabalho. — disse para a ela enquanto estava parada na porta esperando a reposta da mesma.
— Tchau, filha. Obrigada. — minha mãe falou. — tenha um ótimo dia! — ela continuou e então eu sair.
Quando cheguei na porta da casa do Holden, eu toquei a campainha e no mesmo segundo eu fui atendida pela Hanna. Ela abriu um largo sorriso ao me ver e logo me puxou para um abraço.
— Feliz aniversário, minha pequena Layce! — ela falou enquanto ainda me abraçava.
— Obrigada, Hanna. — respondi sorrindo ainda no abraço da mesma.
Em seguida ela me soltou e ainda sorrindo me encarou.
— Pode entrar, o Holden está arrumando o quarto dele. — ela falou enquanto eu abria um sorriso.
— Foi justamente por isso que eu vim, verificar essa história do Holden faxinando. — falei enquanto a Hanna ria.
— É realmente um milagre, não é? — Hanna perguntou enquanto eu concordava. — mas vai lá, Layce. Pode entrar! — ela continuou me convidando para entrar e após pedir licença, eu entrei e seguir para o quarto do meu melhor amigo afim de vê-lo em ação.
Eu mal tinha chegado no quarto dele e pude ouvir o som que tocava. Estava passando Sky full of star do Coldplay, a banda favorita do meu melhor amigo e consequentemente, uma das minhas favoritas também.
Quando eu cheguei na porta do quarto dele que estava entreaberta, eu o flagrei arrumando o quadra roupa enquanto cantava e dançava a música. Foi uma cena e tanto, eu tive que pegar o meu celular para gravar aquela preciosidade enquanto eu ria.
Eu estava o gravando discretamente sem que ele nem percebesse, mas quando ele fechou a porta do seu guarda roupa, ele gritou de susto ao me ver. E automaticamente, fiz o mesmo. Parando de gravar no mesmo momento.
— Layce! — ele me repreendeu com a mão no coração afim de se acalmar enquanto passava a música. — você estava me vigiando?! — o mesmo me perguntou em disparada enquanto eu sorria.
— Claro que não. Eu apenas estava vindo em mandato da sua mãe e acabei presenciando essa cena incrível. — falei rindo enquanto o mesmo revirava os olhos.
— Eu estava arrumando o meu quarto e eu gosto de ouvir coldplay enquanto eu faço as coisas. — Holden me explicou sentando-se na cama então eu fiz o mesmo, ficando ao lado do meu amigo.
Ele me lançou um olhar e repentinamente, um sorriso malicioso surgiu em seu rosto.
— O que foi? — perguntei confusa.
— Parabéns pelo seu aniversário! — ele disparou me abraçando, mesmo que ele já tenha feito isso hoje de madrugada.
— Obrigada, Holden. Mais uma vez. — falei enquanto o meu amigo me soltava e ria.
— Desculpe, Layce. Eu só queria garantir que já tinha te parabenizado. — Holden falou me fazendo rir. — então... dezesseis anos, hein! — ele comentou com um sorriso em seu rosto.
— Pois é. Nem eu acredito. — falei pensativa. — passou muito rápido. — continuei e o Holden assentiu, também pensativo.
— Embora não tenhamos vivido muito, até que passamos por muitas coisas. — meu amigo falou.
— Sim, e estávamos sempre juntos. — falei. — ou melhor, quase sempre juntos. — continuei ao lembrar do período em que passamos brigados.
Holden assentiu e abaixou o olhar por alguns breves segundos, como forma de reflexão. Mas logo voltou a me encarar com um sorriso.
— Mas sobrevivemos a tudo. — Holden falou me fazendo sorrir.
— Com certeza. — falei com orgulho enquanto o meu amigo sorria, mas em questão de milésimos o sorriso do mesmo sumiu dando espaço para um olhar sério do mesmo.
— Layce, eu preciso te contar uma coisa. — ele falou em um misto de alegria e temor, me deixando confusa.
— Pode falar. — disse curiosa enquanto o meu amigo olhava para o nada logo a nossa frente.
Em seguida o Holden respirou fundo e voltou a me encarar com um sorriso contente.
— Sabe aquela noite do encontro de casais que a Lisa disse que iríamos para a casa do Matthew com ela e o Bryan? — ele me perguntou fazendo eu me lembrar daquele momento.
— Sim. — respondi.
— Então, você sabe que eu estava com a Kim e que...
— Sim, Holden. Eu sei! — disparei interrompendo o meu amigo. — quer por favor, me falar logo de uma vez antes que eu tenha um ataque de curiosidade! — exigi enquanto o meu amigo ria.
— Tudo bem, me perdoe. — ele falou. — então, eu fui com a Kim e sabe... nós transamos. — Holden falou me deixando boquiaberta de surpresa.
— Holden... isso é sério?! — perguntei ao meu amigo que me encarava com um sorriso feliz.
— Sim. Eu transei, Layce. — Holden respondeu. — eu finalmente conseguir! — ele comemorou contente enquanto eu sorria para o mesmo.
Sei que transar pela primeira vez não é um evento que exige muitas comemorações na maior parte dos jovens hoje em dia, mas no caso do meu amigo, sim.
Em nome de todo bullying que ele passou por ser virgem, hoje ele comemora por não ser mais um de nós.
Fiquei feliz por ele porque eu sabia que o que significava para o Holden, embora eu achasse uma besteira e o mesmo sabe disso. Em seguida eu fui obrigada a exigir os detalhes.
— Quero detalhes, por favor. — falei enquanto o Holden abria um sorriso satisfeito.
Porque eu pedi exatamente o que ele queria.
— Tudo bem, vamos lá. — ele falou. — de início, eu não planejava e tampouco esperava que isso fosse acontecer. Eu estava nervoso desde a saída do boliche até a chegada na casa do Matthew e óbvio, a Kimberly percebeu mas que até o momento não fiz muita questão. — Holden falou enquanto eu prestava a minha total atenção.
Em seguida ele falou que saíram do carro e foram até a casa, que inclusive ele amou. Logo mais meu amigo contou que os quarto estavam sentados no sofá da sala simplesmente conversando enquanto o Bryan pegava algumas cervejas para beberem.
O Holden disse que já estava muito mais confortável e relaxado, especialmente depois das cervejas que o Bryan ofereceu. Ele disse que estava tudo bem até que a Lisa e o Bryan disseram que iriam subir para o quarto, e foi naquele momento onde o meu amigo ficou nervoso novamente.
Qualquer menção que remetesse a sexo era um gatilho para ele naquele momento, segundo o meu amigo.
Como a Kimberly já havia percebido o desconforto e nervosismo do mesmo, ela se encaminhou para a cozinha e trouxe consigo uma dose de vodca. A princípio, eu o meu amigo não entendeu o porquê daquilo mas logo a garota explicou que era para o mesmo relaxar. Um pouco hesitante por já estar tonto, o Holden contou que bebeu tudo em um único gole e jurou que aquela bebida lhe trouxe um calor inexplicável.
— Eu não sei se foi o meu nervosismo ou se foi o teor alcoólico contido no meu corpo, mas eu fiquei com muito calor. — meu amigo falou e eu abrir um sorriso.
— Será se ela não batizou a sua bebida? — brinquei enquanto ria, mas o meu amigo não. Ele parou pensativo como se não tivesse pensado nessa possibilidade.
— Será? — ele me perguntou assustado.
— Aí, eu acredito que não. — respondi. — por que ela faria isso se no fundo a intenção dela já era transar com você? — perguntei e então ele concordou.
— Enfim, continuando... — Holden falou dando continuidade a sua história.
Em seguida ele disse que estava com tanto calor que esqueceu totalmente do seu nervoso sobre transar e então a Kimberly sugeriu que fossem para a sacada, pois além de uma vista maravilhosa também era um ambiente mais fresco. O Holden disse que aceitou no mesmo instante seguiu a mesma até a sacada, chegando lá, eles se sentaram na cadeiras ajustáveis e ficaram admirando o céu estralado.
O meu amigo disse que aquele momento foi incrível, a junção da brisa alcoólica, da fresca noturna de uma noite de verão e o céu estrelado foi uma junção perfeita. Em seguida, eles conversaram sobre várias coisas aleatórias e segundo o meu amigo que não sabe como aconteceu, mas só lembra de ver a Kimberly encima do mesmo o beijando ferozmente.
Ele disse que foi um dos melhores beijos que ele já deu na vida, mas o Holden não beijou tantas garotas assim. Ou melhor, ele nunca beijou alguém com mais experiência.
Meu amigo disse que estava apenas se deixando levar pela sensação e emoção, só parando quando ela pegou em seu membro. Ele afirmou que ela não ficou surpresa, que pelo contrário foi super compreensiva e paciente.
Claro! Pensei ao me lembrar que a primeira vez do Jack Will também foi com a Kimberly.
No entendo ele disse que se sentiu confortável em dizer que nunca tinha transado, mas o Holden contou que ela disse já sabia.
"Digamos que eu tenha experiências o suficiente para saber." Foi o que ela disse segundo o meu amigo.
Não pude evitar de ficar pensativa ao lembrar do que o Jack Will me falou sobre ter transando pela primeira vez com ela também, e como eu não estava prestando atenção no meu amigo o mesmo percebeu.
— Layce, o que foi? — ele me perguntou curioso enquanto me analisava.
Eu o encarei com um sorriso forçado, afim de eliminar qualquer suspeita ou preocupação do meus amigo.
— Nada! — disparei ainda com o meu sorriso forçado. — eu estava apenas pensando em umas coisas. — continuei sem saber dar uma desculpa melhor.
Não sei se foi o fato do meu amigo estar muito empolgado em me contar a história da sua primeira vez ou se realmente ele não estava muito curioso a respeito dos meus pensamentos, mas o Holden simplesmente aceitou a minha resposta e prosseguiu com a sua narrativa.
— Muito bem, continuando... — Holden falou enquanto fazia uma pausa reflexiva. — eu fiquei super aliviado por ter contado a ela e a mesma ter reagido muito bem, sem contar que ela disse ter experiência. Deve ter ficado com outros caras virgem antes. — ele concluiu.
— Ah, eu não tenho dúvidas disso! — disparei enquanto o meu amigo me encarava confuso.
— Você por acaso sabe de algo que eu não sei, Layce? — Holden me perguntou me deixando surpresa.
Eu poderia contar para o meu amigo que o Jack Will também tinha a Kimberly como "a garota com quem eu transei pela primeira vez" eu não queria estragar a felicidade do meu amigo, então eu fui obrigada a esconder esse fato.
Se o Holden tiver que saber disso, que esse dia não seja hoje.
— Claro que não. — respondi rapidamente. — é porque é algo óbvio. A Kimberly é uma garota mais velha, está no último ano... com certeza já viveu algumas coisas a mais do que nós. — falei e o meu amigo passou alguns breves segundos em um estado de transe reflexivo antes de voltar a me encarar com um sorriso.
— Verdade. — ele disse. — você tem razão. — meu amigo concordou comigo e entramos em um breve silêncio até que eu decidir questionar mais o meu amigo.
— Mas e então... foi com esse beijo que vocês finalmente transaram? — perguntei com a intenção de continuar o assunto e o meu amigo me encarou com um sorriso satisfeito.
— Foi sim! — ele respondeu empolgado.
— Pois então, continue os detalhes! — falei e o Holden sorriu.
Meu amigo falou que após a confissão do mesmo a respeito de ser virgem, ele disse que a Kimberly o agradeceu pela sinceridade. Ele contou que a mesma relatou que os garotos mentiam para ela afim de não revelar a virgindade, mas a Kimberly garantiu que sempre sabia quem realmente era ou não.
Em seguida, o Holden contou que a mesma lançou vários elogios para o mesmo, tanto que o deixou sem jeito. A Kimberly disse que o meu amigo é um garoto muito único e especial, o que é a verdade. E ainda envergonhado, ele afirmou que também elogiou a mesma devidamente.
Holden disse que voltaram aos beijos de forma natural. Ele contou que não estava mais nervoso por ter tirado um peso de suas costas com a revelação, o meu amigo apenas deixou ser guiado pela Kimberly.
— Quando ela me beijou e novamente pegou é... você sabe bem, eu não recuei. O que nos fez seguir para a parte seguinte. — Holden explicou.
— E qual é? — perguntei com um sorriso no rosto ao perceber o meu amigo corado.
— Bom, nós nos despimos lentamente e sem pressa enquanto beijava excitantemente o meu pescoço a Kim sentou no meu...
— Tudo bem! — disparei interrompendo o meu amigo que havia se soltado mais do que deveria. — detalhes demais! — continuei enquanto ele ria.
— Ué, você quem pediu. — Holden falou ainda rindo enquanto eu ria também.
— Você gostou? — perguntei curiosa ao meu amigo que sorriu com alguma lembrança que apenas ele e a Kimberly dividiam.
— Se gostei? — ele perguntou. — eu não poderia ter pedido um momento melhor! — Holden continuou enquanto eu refletia brevemente.
— Mas... você não se arrependeu tipo, por não ter sido com uma garota que você ama? — perguntei e então o sorriso largo do Holden diminuiu.
— Sabe, Layce. Pensei na minha primeira vez com alguém que eu amasse durante a minha vida quase toda, mas você cresce e percebe que as coisas não são sempre como queremos. — meu amigo respondeu. — claro que é sobre com quem transamos, mas também é sobre ocasião, situação ou local. — ele explicou me fazendo entender o seu ponto de vista.
— Eu entendo, é sobre momento. — falei.
— Sim, sobre momento. — ele afirmou. — mas a pessoa com quem você estar no momento também é muito importante. Não adianta ser qualquer um ou qualquer uma, você tem que se sentir confortável e pronta. — Holden continuou me aconselhando.
Em questão de poucos segundos, eu refletir bastante sobre o conselho do Holden e entendi o que o mesmo quis dizer.
As vezes você pode gostar de alguém e ainda não se sentir confortável ou pronta, como também pode ter conhecido uma pessoa e ela ser alguém que te proporcione confiança.
Nem sempre é apenas sobre a outra pessoa, é tudo sobre você.
— Eu fico feliz que você não tenha se arrependido e tenha gostado, é isso o que importa. — falei fazendo o Holden sorrir.
— Que bom que você entendeu, Layce. — ele falou. — inclusive, a Kim é muito legal, é experiente, mais velha e... muito gostosa. — meu amigo comentou.
— Holden! — repreendi o mesmo que gargalhava de mim.
— Desculpa, Layce. Mas é a verdade. — Holden comentou rindo enquanto eu reviva os olhos.
— Espero que você não se torne um garoto babaca só por ter transado. — falei. — olha que eu paro de falar com você, hein! — comentei indignada enquanto ele ria.
— Prometo que não serei assim. — Holden falou e então eu assenti.
— Mas e a Kimberly, vocês ainda irão sair juntos? — perguntei. — ou estão saindo? — insistir.
— Se vamos sair juntos mais uma vez, eu não sei. Não falamos sobre. — Holden respondeu. — mas pode ser que aconteça. — ele explicou tirando a minha dúvida sobre o mesmo querer algo sério com ela e então eu assenti.
— Crianças, a comida está pronta. Venham almoçar! — a Hanna gritou da cozinha nos surpreendendo.
— Já estamos indo, mãe! — Holden gritou de volta em resposta a sua mãe e então olhou para mim. — vamos? — ele perguntou e então eu assenti com um sorriso.
— Vamos. — respondi e logo em seguida, eu e o Holden seguidos em direção a cozinha.
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ILEGAL - vício da paixão
Romance"Eu nunca pensei que um ser humano podia despertar tanto desejo e vontade ao ponto de me fazer bem, mas ao mesmo tempo ser a minha perdição, a minha morte lenta." Uma simples garota de quinze anos recém chegada a cidade se aventura na sua nova vida...