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Assim que saímos da mansão, o Jack Will caminhou comigo até o fundo da mesma.
Embora eu ainda não soubesse para onde o mesmo queria me levar, eu só pensava no quão enorme era aquele lugar. Porque na minha cabeça não fazia sentido que todo aquele gigante local era apenas para uma família de quatro pessoas morarem.
Mesmo de noite, eu pude ver o quão lindo e bem cuidado é o jardim da mansão. Eu vi também o estacionamento, a estufa e até uma quadra de esportes.
Mas nada se comparou a piscina e uma pequena casa linda com frente a ela.
Eu fiquei paralisada com aquela vista incrível enquanto o Jack Will soltou a minha mão atraindo a minha atenção.
— Você prefere ficar aqui fora ou quer entrar? — ele me perguntou.
— Por mim podemos ficar aqui mesmo. — respondi e ele sorriu.
— Tudo bem. Eu vou apenas pegar uma garrafa de vinho e duas taças para nós. — Jack Will falou seguindo para dentro da casa enquanto eu tomei a liberdade de me aconchegar em uma das cadeiras da beira da piscina.
Ela era inclinada, o que me fazia olhar para o céu estrelado. Era a minha visão permitida pela cadeira confortável.
Eu dormiria tranquila aqui, pensei enquanto mantinha os meus olhos fechados e aproveitava da tranquilidade e paz daquele ambiente.
Fui surpreendida com o Jack Will que sem querer tiniu as taças causando um grave ruído, eu abrir os olhos e o vi se acomodando na cadeira ao meu lado.
Ele sorriu instantaneamente assim que me viu sorrir enquanto eu me mantinha deitada.
— É surreal a paz desse lugar. — disse ele olhando ao redor enquanto abria a garrafa. — nem parece que faz parte daquela mansão de gente tóxica! — Jack Will continuou desenroscando a garrafa.
— É realmente maravilhoso! — falei me sentando na cadeira para ficar de frente ao mesmo e ele assentiu com um sorriso enquanto me entregava uma taça e me servia primeiramente para que se servisse em seguida.
— Desculpa por hoje. — Jack Will falou atraindo a minha atenção enquanto eu bebia um gole do vinho. — não deveria ter sido desse jeito. — ele continuou triste com um tom de decepção em sua voz ao abaixar o seu olhar.
— Ei, não precisa ficar desse jeito! — falei atraindo a atenção do mesmo. — você não tem culpa se a sua mãe é o que é. — continuei enquanto ele cerrava a maxilar e bebia todo o vinho ao virar a taça.
— É, eu sei. Mas ainda me sinto culpado. — ele falou voltando o seu olhar para a piscina a nossa frente. — ela sempre fez eu me sentir assim. — Jack Will confessou e então eu respirei fundo.
Ele virou a taça em sua boca, mas havia esquecido que não tinha mais vinho dentro. Então eu peguei a garrafa e servir o mesmo para que em seguida eu me servisse também.
Jack Will sorriu com a minha ação e então voltou a me encarar.
— Engraçado, lembro quando você não bebia nem uma gota de álcool. — ele brincou e eu rir.
— Verdade. — concordei. — acho que eu levei a sério demais o que o Holden disse sobre eu ser careta. — continuei fazendo o Jack Will rir.
— Ele falou isso de você? — meu namorado perguntou e eu assenti com um sorriso.
— Ele adorava pegar em meu pé. — respondi. — ou melhor, adora. — continuei enquanto o Jack Will sorria, mas em uma fração de segundos ele mudou a sua expressão. Se tornando levemente sombrio como se tivesse lembrado de algo ruim.
— Acho que está na hora de eu te contar sobre mim. — ele falou atraindo a minha atenção surpresa.
Naquele momento eu lembrei do que o Jack Will havia me prometido, que era exatamente contar o que havia acontecido entre ele e a Margot. Mas ele me garantiu que contaria toda a sua história, e embora eu tivesse passado a semana inteira com essa ideia na minha cabeça. Com certeza a Sara havia feito eu esquecer completamente.
— Pode contar. — falei enquanto bebia mais um gole de vinho tentando evitar uma careta por eu não ser acostumada a beber.
O ruim do álcool é o que acontece nas primeiras doses e no dia seguinte.
— Acho que vou pegar mais um pouco de vinho. — Jack Will falou ao ver a garrafa quase vazia. — é uma longa história e eu preciso de um incentivo. — o mesmo continuou e eu apenas assenti.
No mesmo instante o mesmo se colocou de pé e esvaziou a garrafa com o pouco líquido que continha na mesma em minha taça e então se dirigiu até a casa da piscina e em questões de alguns minutos ele voltou com um baldinho de gelo com umas cinco garrafas e salgadinhos em suas mãos.
Eu sorrir quando o mesmo se aconchegou na cadeira ao meu lado e posicionou o balde com as garrafas de vinho e os salgadinhos na mesa a nossa frente.
— Você queria um incentivo ou uma desculpa para esvaziar a coleção de vinho que você porta? — perguntei em um tom de brincadeira fazendo o mesmo sorrir.
— Acho que os dois serve. — ele respondeu e eu sorrir.
Quando nos servimos de novo após o Jack Will abrir a garrafa, ele respirou fundo e relaxou os ombros como se preparasse para uma briga.
E provavelmente, era uma luta mesmo.
— Bom, tudo começou já no meu nascimento. Eu sempre fui uma criança feliz e possuía tudo o que eu queria por ter nascido "em berço de ouro", como dizem. — ele falou enquanto eu prestava atenção no mesmo. — mas como tudo tem o seu preço, eu paguei o meu. — continuou o mesmo bebendo mais um gole do vinho.
Jack Will contou que sempre teve uma boa vida devido o fato do seu pai ser um empresário de muito sucesso e dono de uma empresa bastante conhecida e renomada aqui em São Francisco. Empresa cujo o mesmo ainda sonha em dirigir futuramente.
O fato do mesmo possuir uma boa vida, pesou desde criança embora ele tivesse tudo o que queria, se tratando de bens materiais, é claro.
Ele afirmou que a sua mãe sempre possuiu a "síndrome do poder excessivo" e do perfeccionismo doentio, pois sempre pressionava o garoto em várias atividades e âmbitos de sua vida.
Na escola, ele era obrigado a ser o melhor de todos.
Nas brincadeiras — quando lhe era permitido brincar, ele deveria ser o líder.
Nos concursos, tinha que ser o vencedor.
Nas competições, o campeão.
Ou seja, cobranças vinte e quatro horas por dia!
O Jack Will conta que nunca recebeu carinho dentro da sua própria casa, pois seu pai vivia preso no trabalho e a sua mãe apenas se preocupava com a aparência, perfil e status. O amor era perda de tempo segundo a mesma.
— A minha sorte sempre foi a Agnes. Ela sempre foi como uma mãe que eu nunca tive. — Jack Will falou. — para mim e para a Lia também. — ele explicou bebendo mais um gole de vinho, tanto que secou a sua taça e foi obrigado e se servir novamente.
— A Agnes a sua empregada? — perguntei e ele assentiu com um sorriso como se recordasse de memórias únicas com a mesma.
— Ela é e sempre foi um anjo na minha vida. — Jack Will respondeu. — depois eu te apresentarei a ela! — ele continuou com uma empolgação que em deixou feliz, mas logo foi passando a medida que o meu namorado continuava com a sua história.
Chegando no início da adolescência, o Jack Will foi obrigado a namorar uma de suas primas chamada Rachel King, vulgo sobrinha de sua mãe. Pois segundo a mesma, ele deveria se relacionar com alguém que tivesse a mesma vida e condição financeira que ele. E pelo visto, os pais de sua prima concordaram com tudo. E no início dos seus doze anos de idade, o Jack Will assumiu um namoro com a sua prima Rachel de catorze anos.
Tecnicamente, duas crianças sendo obrigadas a namorarem por pressão familiar. Cenário um tanto conturbado, pensei.
Mas o Jack Will disse que nem ele e tampouco ela concordaram com isso e namoraram apenas por status e por pressão da família. Ele disse que o seu primeiro beijo foi com ela, aos doze anos de idade e sem nenhum sentimento a mais do que apenas um carinho de amigos.
Embora tivesse sido o primeiro e único beijo deles, o Jack Will não se arrependeu pois foi conforme a vontade de ambos.
Ele contou que passou um ano inteiro namorando forçadamente com ela, embora a sua prima confessou que ela era apaixonada por um garoto do seu colégio que não podia ficar pois além de possuir um namorado falso os seus pais não permitiam devido as condições do mesmo serem baixas.
Perante aquela situação sufocante e devido o estado crítico e depressivo de sua prima, o mesmo se rebelou e brigou com a sua mãe pela primeira vez na vida, aos treze anos de idade. Justamente no período de candidatura do seu pai e embora não fosse nas frentes de repórteres, ainda saiu nos noticiários da cidade. Ele fez um grande escândalo que colocou um fim no seu relacionamento de mentira com a sua prima, onde segundo o mesmo, ela é grata ao mesmo até hoje!
Depois da explosão do mesmo, ele contou que a sua vida decaiu ao contrário do que ele imaginou o que seria. E embora as notícias sobre o término do namoro do Jack Will com a prima não tenham afetado em nada a candidatura do pai, tanto que ele venceu. O relacionamento do mesmo com a sua mãe decaiu, pois o garoto não seguia mais o que a sua mãe tóxica mandava. E o bom relacionamento com o seu pai finalizou devido ao fato da própria mãe o colocar um contra o outro.
Ainda aos treze anos, o Jack Will começou a frenquentar lugares que não deveria e fazer coisas que não podia. Como beber e fumar com seus amigos Liam e Roy em festas de adultos.
Aos catorze anos de idade ele transou bêbado pela primeira vez em uma festa de formatura com uma garrota mais velha, a Kimberly. E na mesma noite, sofreu uma overdose que o levou ainda sem vida para o hospital.
O mesmo contou que passou duas semanas em coma e quando acordou, sua família estavam no quarto de hospital e ao invés de receber carinho e atenção ele disse que apenas ouviu reclamações e repreensões da sua mãe devido ao fato daquela notícia ter saído em todos os jornais do Estado.
Ele disse que no momento aquilo não lhe atingiu já que ainda estava se recuperando, mas hoje em dia o mesmo ainda sente aquilo lhe machucar.
— Quando eu voltei para a casa, apenas três pessoas se preocupavam e se importavam comigo. — ele falou. — a Agnes, a Lia minha irmã e o Carl. — Jack Will continuou com dor em seu tom.
— Bom, isso é muito triste. Mas pelo menos você tinha alguém. — falei para que ele visse o lado bom e não que se sentisse contrariado, e pelo sorriso dele eu percebi que ele encarou a segunda opção.
— Sim. — Jack Will concordou. — tipo, o que é que tem se a sua mãe é uma egoísta exibicionista e o seu pai só pensa no trabalho, o que importa é que eu tive alguém e fui bem cuidado. — ele falou e eu concordei enquanto bebia mais vinho.
Depois desse dia, Jack Will me falou que a sua mãe o obrigou a ir para uma clínica de reabilitação. Nesse dia ele achou que ela estava realmente preocupada com mesmo e então ele foi, até porque ele afirmou que queria mudar de vida. Mas ao descobrir que a sua mãe apenas fez isso para "limpar" a má fama da família, ele saiu mas sem discutir com a sua mãe.
Jack Will falou que realmente iria mudar e foi quando conheceu uma garota no colégio que se apaixonou, a Serena Payne.
Ele tentou se relacionar com mesma e estava tudo certo, até que ele descobriu que a mesma somente o queria por conta do dinheiro e do seu pai ser o prefeito. Aquilo quebrou o coração do mesmo, mas não o fez desistir de tudo pois ele contou que estava saindo com a mesma somente a um mês.
Mas logo em seguida, aos quinze anos — no ano passado. Ele estava saindo com uma garota que dessa vez, parecia ser a certa. Stela Cooper, era o nome da mesma.
Jack Will contou que passou quase três meses saindo com a mesma e estava quase a pedindo em namoro, mas então ele descobriu uma traição da mesma com o ex da própria.
Um tal de Luke Swan.
Ele disse confessou que ela foi a que terminou de matá-lo. Inclusive o meu namorado contou que escreveu uma carta e foi para uma ponte afim de terminar todo aquele sofrimento em vida, mas ele não teve coragem e voltou para casa.
Depois da sua fase de luto, ele se revoltou e se rebelou!
Ele voltou a frenquentar as festas para maiores, a beber, a fumar e até a transar com garotas apenas para se distrair ou tapar os buracos de sua vida conturbada enquanto em sua casa as coisas desmoronavam.
Foi aí que ele conheceu a Margot Harris.
Eles saiam juntos até a formatura no ano passado, onde eles transaram pela primeira vez. Inclusive, a primeira vez da mesma.
Mas ele deixou claro que não queria nada, era apenas uma diversão e a garota concordou. Porém a Margot se apaixonou e fazia de tudo por ele, a mesma até bebia e fumava só para fazer parte da vida dele cada vez mais.
Naquele momento, a mãe do Jack Will descobriu a proximidade dos dois quando uma vez a viu chegando em sua casa na madrugada. Ela gostou da ideia pela Margot ser rica e foi quando as coisas melhoraram com a sua mãe.
Mas o Jack Will não queria a Margot a não ser para transar ou quando estava transtornado e se sentindo sozinho. E ela sabia disso, só não quis aceitar e ainda colocou em sua cabeça que iria conquista-lo.
— Por isso eu decidir cortar os laços de vez com a Margot. — Jack Will explicou. — ela não se tocava! — ele continuou enquanto eu secava mais uma taça de vinho sem pensar.
Não foi tão fácil como parecia ouvir toda aquela história do Jack Will e suas consequentes aventuras sexuais. Mas obviamente eu não podia falar nada e tampouco achar ruim, já que nem nós conhecíamos.
— Mas você nunca sentiu nada por ela? — perguntei curiosa atraindo a atenção do meu namorado.
— Não, eu nunca senti. — ele respondeu. — sei lá, parece que depois de toda aquela situação com as garotas eu criei um bloqueio. — Jack Will continuou e então lançou um sorriso para mim. — até você chegar em minha vida quebrando qualquer barreira. — o mesmo concluiu me deixando sem jeito.
Mas eu sabia que o Jack Will ainda tinha algo para contar, acho que o mais importante talvez.
— Bom, então acho que seja por isso que a sua mãe me detestou. — falei. — porque ela acha que eu fui o motivo de você cortar laços com a Margot. — continuei.
— Talvez seja. Mas não ligue para isso, a minha mãe não gosta de ninguém. — Jack Will falou. — nem mesmo de mim. — ele concluiu com o pulso cerrado e então eu segurei em suas mãos afim de lhe proporcionar apoio, e devido ao sorriso do mesmo eu devo ter passado a mensagem certa.
Estávamos desfrutando de um momento de silêncio enquanto bebíamos o vinho. Com a história do Jack Will, eu não percebi que já estávamos na quarta garrafa.
Eu deveria estranhar já que eu não estava mais me incomodando com o gosto ruim do álcool.
Olhei brevemente ao redor e me dei conta de que eu estava tonta, mas não falei nada com o Jack Will. Provavelmente ele precisava de um apoio e não alguém que se apoiasse no mesmo.
Ao ouvir a história do mesmo, pensei na possibilidade do Jack Will ainda ter problemas com o vício e me preocupei. Mas se ele ainda não tinha demostrado esse lado, provavelmente não tenha.
Mas eu não colocaria a minha mão no fogo afim de pagar para ver.
— Você ainda tem problemas com o vício? — perguntei ao mesmo que me encarou instintivamente.
— Não. Eu não fumei mais desde o ano passado. — ele respondeu. — e beber exageradamente... apenas na fatídica festa da aniversário do Louis, depois da confusão com você e o garoto lá, o mágico. — Jack Will continuou.
— O Jess. — falei atraindo a atenção do mesmo.
— Ah... então você ainda lembra do nome dele. — Jack Will comentou com um tom de ciúmes e então eu sorrir.
— Ah, não vai me dizer que ficou com ciúmes. — comentei com um de brincadeira mas o mesmo não sorriu.
— Por que, eu deveria ter motivos para ter ciúmes?! — ele me perguntou alterado e então eu percebi que o assunto era sério.
— Não, é claro que não. — respondi. — eu nunca mais vi ele, afinal. — continuou e então o Jack Will se acalmou.
— Acho bom! — ele comentou finalizando aquele assunto.
Eu não sei se foi o efeito do álcool ou efeito daquele momento de revelações, mas eu pensei em mostrar as minhas cicatrizes de feridas assim como ele fez. Eu deveria contar a minha história também.
Pois eu sentir que o devia isso.
Então eu respirei fundo e encarei o mesmo que olhava fixamente para a piscina.
— Jack, tem uma coisa que eu gostaria de falar. — falei atraindo a atenção preocupada do mesmo.
— O quê? — meu namorado perguntou me encarando.
— Eu já...
— Filho! — disse o Lincoln me interrompendo ao atrair a nossa atenção. — sabia que você estaria por aqui. — ele completou fazendo o Jack Will bufar de raiva.
— O que é que você quer?! — Jack Will perguntou irritado enquanto se colocava de pé e então eu fiz o mesmo em preocupação.
— Calma, Jackson. Eu só vim conversar. — Lincoln falou afim de tranquilizar o seu filho.
— Conversar, o quê?! — Jack Will perguntou ainda irritado. — o quanto eu sou um filho ingrato e me desculpar com a minha mãe por algo que ela fez? — ele insistiu irônico enquanto o seu pai respirava fundo.
Acho que o senhor Williams foi pego de surpresa pelo próprio filho.
— Não, filho. Eu só não quero que as coisas sejam desse jeito. — ele falou. — ela é a sua mãe! — Lincoln continuou enquanto o Jack Will cerrava o punho enquanto soltava uma gargalhada.
— Tem certeza que ela é a minha mãe? — Jack Will perguntou.
— Mas é claro que sim, meu filho! — Lincoln respondeu. — que pergunta é essa? — ele insistiu.
— Que tipo de mãe não se preocupa com o seu filho e só se preocupa com as aparências? — Jack Will perguntou enquanto lutava para segurar as lágrimas.
— Olha, Jackson. Pense bem nas coisas. — Lincoln falou. — ela só quer o seu melhor! — ele insistiu e então o Jack Will explodiu.
— Pai, vá embora! — ele expulsou. — eu realmente não estou com cabeça para esse assunto hoje. — o mesmo continuou e então o Lincoln respirou fundo.
— Tudo bem, eu irei. Mas pense bem no que eu falei e não esqueça que acima de tudo ela é a sua mãe! — ele falou enquanto o Jack Will o ignorava ao lhe dar as costas. — boa noite, senhorita Clark. — Lincoln se referiu a mim.
— Boa noite, senhor Williams. — respondi educadamente enquanto o Lincoln encarava o seu filho por alguns segundos antes de virar-se e sair.
Quando o mesmo saiu o Jack Will caminhou ferozmente para dentro da casa me deixando alarmada, então eu caminhei normalmente atrás.
Ao encostar na maçaneta que estava fechada, eu fui surpreendida por um grito de raiva enquanto ouvir o ruído de um objeto de vidro sendo lançado com força no chão. Então eu rapidamente adentrei na casa e me deparei com a figura do meu namorado encostado na parede enquanto chorava.
Aquilo realmente me acertou em cheio.
Eu nunca imaginei que pudesse ver um garoto como o Jack Will chorar desesperadamente daquela forma, então eu fui em direção do mesmo e me abaixei para ficar cara a cara com o meu namorado e então o encarei com compaixão.
— Por que, Layce?! — ele perguntou entre soluços ao me encarar. — porque as coisas tem que ser assim? — Jack Will insistiu e então eu o puxei para um abraço.
Naquele momento, a única coisa que eu podia fazer era tentar acalma-ló.

ILEGAL - vício da paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora