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Com apenas três dias depois do início das nossas férias, eu já estava entediada em casa.
Passei o meu primeiro final de semana de férias com o meu melhor amigo, o Holden. Eu considerei esse final de semana como uma "despedida", já que o mesmo iria viajar na segunda, ou seja, hoje.
Eu e a minha mãe acompanhamos o Holden e a sua mãe Hanna até o aeroporto e ainda o vimos embarcarem, e como eles foram ainda pela manhã, eu e a minha mãe decidimos almoçar em um restaurante hoje. Afinal, não daria tempo de chegar em casa e preparar todo o almoço.
Quando chegamos em casa depois de comer, eu me afundei no sofá e coloquei uma série para rolar.
Eu estava planejando maratonar solitariamente algumas series nas minhas férias.
Quanto aos meus demais amigos, acho que estão muito bem. Entrei nas minhas redes sociais e vi os mesmos se divertindo em passeios.
A Lana estava com o Norman e suas famílias na praia, a Emma estava no parque SM com a Lyn, o Louis estava no parque natural fazendo um piquenique com o Caleb. E eu estava feliz pelos meus amigos, mas não podia negar um pingo de inveja por eles estarem aproveitando as férias enquanto eu estava jogada no sofá sozinha.
Quase pensei na possibilidade de ir viajar com o Holden, e olha que eu não suporto aquela nossa antiga cidade.
A Lisa, em compensação, estava no colégio para entregar o seu trabalho e recuperar a sua nota na matéria. Mas pelo menos, ela irá ficar livre para aproveitar as suas férias em paz.
Enquanto a televisão passava a série que eu coloquei, a minha cabeça viajava em várias pessoas, e uma delas era a Margot Harris. Ela havia viajado para a casa dos avôs logo no sábado, e fiquei sabendo que a mesma não teria acesso à internet.
Um verdadeiro castigo para a patricinha da cidade.
Eu também pensei no Holden e na Hanna, como será que estava a viagem deles?
Eu com certeza estava ansiosa para receber uma ligação do meu amigo assim que ele colocar os pés em terra firme.
O Jack Will também veio a minha mente, afinal, desde a sexta-feira no restaurante boliche eu não o vi pessoalmente. O que me deixou com uma estranha saudade do mesmo enquanto em minha cabeça, uma dúvida a respeito do nosso encontro.
Será que ainda nos veremos antes do início das aulas?
Eu me senti mal por não ter feito nada a respeito da intervenção do Holden quando o Jack Will sugeriu que eu fosse no carro dele, mas eu estava exausta e a última coisa que eu queria era uma confusão. Mas eu me expliquei para o Jack Will e o mesmo me entendeu, e no fundo eu esperava que ele realmente tenha me entendido.
Já eram quase cinco horas da tarde quando a minha mãe se aproximou de mim toda arrumada para ir trabalhar. Eu a encarei surpresa, pois eu não sabia que ela passaria a noite fora de casa.
— Filha, me ligaram do hospital. E eu tenho que ir trabalhar. — a minha mãe falou enquanto arrumava a sua bolsa.
— A noite toda? — perguntei.
— Claro, filha. — a minha mãe respondeu como se fosse óbvio.
— Mas eu vou ficar sozinha? — perguntei novamente fazendo a minha mãe parar e me encarar confusa.
— Você está bem, Layce? — minha mãe me perguntou preocupada enquanto se aproximava de mim.
Para ser sincera, eu não estava bem.
Na verdade eu nem sabia o que eu estava sentindo, era apenas uma sensação estranha e ruim. Uma angústia profunda e inexplicável.
Será que é isso o que chamam de solidão?
— Ah, mãe. Eu não sei. — respondi. — acho que só estou me sentindo sozinha. — falei.
— Awn, minha filha. — minha mãe falou. — você deve estar assim porque o Holden viajou. — ela continuou e então eu respirei fundo.
— Deve ser. — falei triste.
— Você sabe que se eu pudesse deixar o trabalho para ficar com você, eu deixaria, não é? — minha mãe me perguntou preocupada. — mas as contas não param de chegar e eu preciso trabalhar. — ela explicou e eu sorri.
— Tudo bem, mãe. Eu sei disso muito bem. — falei para deixar a mesma mais tranquila. — eu te amo. — falei e ela sorriu.
— Eu te amo, Layce. — a minha mãe falou me abraçando.
Ficar no abraço da minha mãe, era algo terapêutico para mim. Estar dentro do abraço dela me deixava tranquila, leve e segura.
Gostaria de poder sentir essa sensação sempre que eu estivesse triste e me sentisse sozinha.
A minha mãe se separou de mim e pegou em minhas mãos. Ela me olhou com um olhar reconfortante, e eu já sabia que ela falaria alguma coisa para mim.
— Por que você não chama alguns amigos para passar a noite com você? — minha mãe perguntou. — eu sei que você tem bastante amigos. — ela continuou feliz.
Era compreensivo a felicidade da minha mãe, já que eu nunca fui te ter outro amigo além do Holden. Ainda mais depois da minha situação traumática que vivenciei no último ano do meu fundamental.
— Eu irei tentar, mas não garanto nada já que eles estão ocupados se namorando. — respondi.
— Bem, alguém deve estar solteiro entre vocês. — minha mãe falou me fazendo lembrar da Lisa. — mas se não tiver, alguém com certeza viria ficar com você. Nem que fosse em casal. — ela concluiu me deixando pensando e então a minha mãe se colocou de pé.
— Eu vou falar com eles, vai que estejam livres. — falei e a minha mãe sorriu.
— Isso aí. — a minha mãe falou. — agora, minha filha, eu já vou. Mas deixei o jantar pronto. — ela continuou pegando a sua bolsa enquanto se dirigia para a porta.
— Tudo bem, mãe. Tenha um bom trabalho! — falei a minha mãe e então ela agradeceu antes de sair.
Assim que a minha mãe saiu, eu seguir em direção da porta e girei a chave para tranca-lá. Afinal, nunca é bom confiar com portas "abertas".
Voltei para o sofá e peguei o meu celular afim de me comunicar com os meus amigos. Eu realmente pretendia mandar mensagens para os mesmos, mas depois de ver que eles estavam aproveitando o dia e as férias deles, eu desistir. Afinal eles provavelmente estariam cansados de um longo dia de diversão.
Sem contar que não custa nada ficar um tempo sozinha, de vez em quando.
Eu estava decidida em ficar somente com a minha própria companhia quando fui surpreendida por uma notificação que chegou no meu celular. Eu corri para ver, na esperança de ser o Holden que chegou de viagem e estava me informando que estão bem. Mas meu coração acelerou quando eu vi o nome Jack na minha barra de notificação.
Eu logo entrei na conversa e visualizei a mensagem que dizia:
"Laycey, tudo bem? Você tem planos para hoje à noite?"
Respondi no mesmo instante:
"Tudo sim, Jack. E com você? No momento não, mas eu não posso sair. Estou sozinha em casa porque a minha mãe foi trabalhar."
Como o Jack Will estava on-line, não demorou para que ele visualizasse e começasse a digitar:
"Está sozinha, o seu amigo Holden já viajou?"
"Já sim. Ele viajou hoje de manhã."
"E você está bem, não quer companhia?"
Eu sorri com a pergunta e preocupação dele, era como se ele estivesse sentindo que eu precisava de alguém.
Eu sei que havia planejado de passar a noite sozinha depois que eu desistir de chamar os meus amigos, mas eu não conseguir negar o fato de que ter alguém aqui comigo era extremamente essencial para o meu nível de carência e solidão.
"Olha, pensei em chamar os meus amigo em sugestão da minha mãe. Mas desistir depois que lembrei que eles provavelmente estariam ocupados."
"Mas você quer que eu vá? Eu estou disponível."
Eu sorri com a menção dele, mas rapidamente eu o respondi:
"Se não for se incomodar, eu quero sim."
"Não é incômodo algum, eu apenas quero te ver e ficar com você. Não importa onde e nem como."
Mais uma vez o meu coração acelerou e um sorriso instantâneo surgiu em meu rosto. O Jack Will é um fofo, apesar de não parecer.
"Muito obrigada, Jack."
"Não tem de quê. Irei me arrumar e chego aí em vinte minutos."
Ele instantaneamente saiu da conversa, sem ao menos esperar que eu respondesse. Logo eu imaginei o quão ansioso o Jack Will estava para chegar em minha casa.
Com a mesma rapidez que ele se usou para se apressar e se ajeitar, eu também usei para tomar um banho e me vestir. Fiquei com bastante dúvida se eu me arrumava ou se me mantinha simples, afinal, eu não iria sair e sim, receber visitas. Optei por usar um short jeans e uma camiseta simples azul. Deixei os meus cabelos presos em um coque despojado, já que eu não lavei os meus cabelos por falta de tempo. Mas não estavam tão sujos, sei que meus cabelos aguentam até amanhã.
Aproveitei o tempo que me restou para arrumar a casa, e a sala em especial. E enquanto eu organizava algumas coisas no painel da sala, eu pensava se tinha feito certo em permitir que o Jack Will viesse.
Temo a reação da minha mãe se ela soubesse que eu estou sozinha em casa com um garoto que não fosse o Holden, e espero que ela seja compreensiva.
Eu estava distraída em meus pensamentos quando fui surpreendida com a companhia sendo soada, e no mesmo instante, corri para atender.
Destranquei a porta e abrir a mesma, me deparando com o Jack Will sorridente enquanto segurava uma sacola plástica.
— Espero que eu não tenha demorado muito. — ele falou enquanto sorria.
— Nada disso, você foi até rápido demais. — falei um pouco hesitante.
— Bom, eu posso entrar? — Jack Will perguntou enquanto me tirava do transe dos meus pensamentos.
— C-claro, pode sim. — respondi dando espaço para que ele entrasse, e assim o Jack Will o fez.
Quando o mesmo entrou em casa, eu fechei a porta e tranquei. Fazendo o garoto virar rapidamente em minha direção.
— Está com medo? — Jack Will me perguntou.
— Não, mas eu não confio em deixar as portas abertas. — respondi fazendo ele rir.
— E você está certa, nunca se sabe quando algum louco pode invadir. — Jack Will falou e eu assenti. — olha, eu trouxe sorvete para nós. — ele continuou me entregando a sacola plástica que logo eu recebi.
— Nossa, eu devo mesmo estar parecendo muito solitária. — falei fazendo o Jack Will rir com o meu comentário.
— Estava solitária, mas agora eu vim te fazer companhia. — Jack Will falou se aproximando e eu recuei assustada, fazendo o mesmo me encarar confuso. — o que foi, estou fedorento? — perguntou ele preocupado.
— Não! — disparei em resposta. — não é isso. É só que... eu não sei se eu deveria ter concordado com a ideia de você ser a minha companhia. — continuei.
— E por que não? — Jack Will perguntou.
— Não sei se a minha mãe gostaria de saber disso. — respondi fazendo o Jack Will abrir um sorriso malicioso.
— E quem disse que ela precisa saber? — Jack Will me perguntou enquanto eu revirava os olhos.
— É sério. — falei. — acho melhor você ir embora. — continuei temerosa.
O Jack Will me encarou confuso e um pouco decepcionado com o que eu terminei de falar. A expressão dele foi realmente tocante, tanto que me perguntei se eu não estava sendo muito dura ou egoísta por ter feito ele vim até aqui.
— Isso tudo é medo da sua mãe? — Jack Will me perguntou. — porque se for, é só dizer que eu sou um amigo. — continuou o mesmo.
— Não é isso. — respondi. — quer dizer, é isso também. Mas a questão é o que ela pode pensar de ver nós dois aqui sozinhos. — continuei.
— É só explicar a sua mãe que eu sou um cara muito respeitoso. — Jack Will falou.
— Mas eu tenho medo. — falei.
— Medo de quem, dela ou de mim? — Jack Will me perguntou novamente me deixando surpresa. — você sabe que eu não faria nada que você não quisesse, não é? — ele me questionou preocupado e eu assenti.
— Isso pode ser um problema. — falei enquanto fitava o chão sem jeito.
— Mas por que?! — Jack Will disparou preocupado e então eu o encarei firmemente.
— Porque o problema é que talvez eu queira. — respondi enquanto ele abria um sorriso orgulhoso.
Jack Will me encarou com um sorriso contente, até mais alegre do que eu imaginava. Eu estava sendo sincera com ele, eu sempre sentia vontade de me entregar de vez para o mesmo sempre que os lábios dele estavam nos meus. Ou até mesmo quando suas mãos tocavam o meu corpo sem nenhuma intenção.
Ele sempre me deixava em chamas, e eu sentia que o Jack Will era a faísca que me incendiava.
— V-você está falando sério? — Jack Will me perguntou nervoso.
— Sim. — respondi enquanto eu estava sem jeito. — eu sempre te quero, sempre te desejo. — continuei sem pensar.
Já era a segunda vez que eu revelava os meus desejos ao Jack Will, e o mesmo parecia tão surpreso quanto eu. Embora eu sentisse que ele já sabe o que eu sinto por ele.
— Mas sempre que estamos indo longe, você para. — Jack Will falou.
— É porque eu nunca me sinto realmente pronta. — falei. — não me leve a mal, mas eu nem te conheço direito. — expliquei e o Jack Will sorriu.
— Você tem razão. — ele concordou. — por isso eu espero o tempo que for, ainda tenho muito o que contar sobre mim. — Jack Will continuou me fazendo sorrir.
— Idem. — falei e ele sorriu.
— Por isso que eu te admiro, você sabe administrar as suas emoções. — Jack Will me elogiou.
— Eu tento. — falei.
— Bom, não se preocupe porque eu não vou dificultar as coisas para você. — Jack Will falou em fazendo sorrir.
— Eu agradeço muito. — falei ele assentiu.
— Enfim, melhor você levar esse sorvete para o congelador que ele vire uma sopa. — Jack Will falou enquanto eu rapidamente seguia para a geladeira para guardar o sorvete.
Quando eu voltei para a sala, o Jack Will estava sentado no sofá olhando uma foto minha com a minha mãe que estava em uma mesinha no centro da sala. E assim que ele me viu, se endireitou. Como se tivesse sido pego no flagra fazendo algo muito errado, e eu rir.
— Tudo bem, pode olhar a foto sem problemas. — comentei enquanto me sentava ao seu lado.
— Você parece ser muito próxima a sua mãe, não é? — Jack Will perguntou e eu assenti.
— Depois que os meus pais se separaram, tem sido apenas eu e ela, sabe? — perguntei e o Jack Will assentiu.
— Você... Ainda sente falta dele? — ele me perguntou e eu cerrei a mandíbula para segurar as lágrimas de raiva e tristeza que insistiam em cair.
— Não, o que eu sinto é ódio. — respondi e o Jack Will ficou em silêncio, como se soubesse que aquele era um assunto cujo o mesmo não deveria tocar.
— Olha, eu sei que eu não tenho nada haver, mas eu acho que ódio e raiva não são bons sentimentos para serem guardados. — Jack Will falou para tentar amenizar as coisas, mas eu estava muito nervosa no momento.
Raiva e ódio não são bons sentimentos para serem guardados, mas o que você sentiria quando alguém que você cresceu vendo se torna uma outra pessoa por conta de alguém de fora?
Não posso sentir outro sentimento pelo homem que magoou a minha mãe e nos fez sofrer com as suas atitudes. Ele nos fez sofrer bem antes de sair de casa.
Pensei em rebater e responder o Jack Will, mas eu sabia que não valia a pena. Então eu respirei e aceitei em silêncio as suas palavras enquanto eu torcia para que ele não prosseguisse no assunto.
— Eu sei, mas tem coisas que são difíceis de esquecer. — falei.
— Mas você não tem que se esforçar para esquecer, tem que lutar para superar. — Jack Will falou enquanto eu refletia a respeito da sua frase.
Estávamos em um silêncio reflexivo quando fomos surpreendidos por um barulho de notificação que vinha do meu celular. A tela do mesmo acendeu automaticamente quando a notificação chegou, nos mostrando o nome do Holden e a sua mensagem que dizia:
"Oi, Layce. Já chegamos, e viagem foi bem tranquila."
Eu sorri aliviada ao ver a mensagem do meu amigo e em seguida respondi o mesmo:
"Que ótimo! Eu fico bastante aliviada. Espero que tenham uma boa noite e um ótimo descanso."
Como o Holden já estava on-line, ele rapidamente visualizou e me respondeu em seguida.
"Obrigado, tenha uma boa noite também."
"Muito obrigada. Ah, e mande um beijão para os seus avós."
"Mandarei sim. Obrigado, Layce."
Ainda sorrindo, eu agradeci ao mesmo e sair das conversas para bloquear o meu celular. Afinal, eu estava com o Jack Will e precisava dar atenção ao mesmo que já me encarava com expectativas. Ou melhor, com muitas perguntas.
— Vocês são muito amigos, hein. — Jack Will comentou me fazendo rir.
— Somos. — respondi.
— Hum... — Jack Will falou e eu gargalhei.
— Não o vai me dizer que está com ciúmes, vai? — perguntei rindo enquanto ele me encarava sério.
— Não sei, mas é muito estranho ele ficar sempre no seu pé quando eu estou tentando algo com você. — Jack Will falou e eu fiquei séria ao perceber que ele estava falando sério.
— Ah, não ligue para isso. O Holden só é um cara muito traumatizado e ele acaba refletindo isso em mim sem querer. — respondi.
— Mas ele estranhamente me detesta! — Jack Will falou indignado.
— Eu sei, mas é porque ele só tem medo que você me machuque. — falei. — não o leve a mal, ele é como um irmão para mim. E eu sei que também sou uma irmã para ele. — expliquei.
— Hum, acho bom que seja isso mesmo. — Jack Will falou e eu revirei os olhos.
— Não se preocupe, minha vida. São sentimentos diferentes. — falei fazendo o mesmo sorrir.
— Como é? — Jack Will perguntou. — repita de novo que eu não ouvir. — ele pediu e eu rir.
— Não se preocupe, são sentimentos diferentes. — falei.
— Ah, você esqueceu do principal. — Jack Will falou e eu revirei os olhos.
— Minha vida. — falei e o sorriso dele surgiu de imediato.
Jack Will se aproximou de mim, me deixando paralisada de nervoso. Ele abriu o seu sorriso presunçoso, o que o deixava tão sedutor e confiante. Me deixando mais nervosa ainda.
Ele se aproximou lentamente enquanto olhava nos meus olhos enquanto eu permanecia parada olhando os movimentos dele ao se aproximar de mim. O Jack Will segurou a minha cintura enquanto eu estava hipnotizada totalmente perdida em seu olhar.
— Eu quero ter você para mim. — Jack Will falou.
— Mas você já me tem. — respondi ainda o encarando.
— Mas não desse jeito. — ele falou me deixando um pouco assustada.
— Jack...
— Também não é como você está pensando. — Jack Will disparou me interrompendo. — eu quero algo sério com você. — ele concluiu me deixando nervosa.
Não que eu nunca tivesse pensado nisso antes e tampouco é a minha falta de vontade, mas a ideia de namoro ainda me assustava.
Pois para mim é algo mais sério do que se pensam.
— Mas não acha um pouco... cedo para isso? — perguntei um pouco temerosa.
— Sinceramente? Não. — Jack Will respondeu. — por acaso você não quer? — ele me perguntou confuso.
— Claro que eu quero! — respondi em disparada.
— Então, o que te impede?! — ele me perguntou um pouco alterado enquanto eu respirava fundo.
— Olha, Jack. Essas coisas são sérias demais para mim. — respondi tranquila. — é algo para ser bem pensado e bem conversado. — continuei.
— Você ainda não tem certeza sobre mim, não é? — Jack Will me perguntou em um tom triste.
— Eu tenho sim, certeza. — falei. — mas eu só quero que... você me espere um pouquinho mais. — continuei enquanto ele respirava fundo para controlar a sua impaciência.
— Te esperar é a única coisa que eu estou fazendo nessa vida, Layce. — Jack Will falou e então eu abrir um sorriso fraco.
— Então espere só mais um pouco. — falei.
— Todo esse processo de tempo está me deixando louco. — Jack Will falou me fazendo sorrir.
— Mas toda grande espera será bem proveitosa no final. — falei e então ele sorriu.
— É nisso que eu acredito. — Jack Will falou. — mas um beijo eu ainda posso receber, não posso? — ele perguntou com um sorriso malicioso enquanto eu ficava sem jeito.
— Pode. — falei e sem perder mais tempo o Jack Will me puxou para um beijo.
Seu beijo era feroz e o seu toque era delicadamente convidativo, um combo perfeito que me deixava a mercê do Jack Will.
Ele me beijou com tanto desejo que me deitou, sem que eu mesma percebesse. Estávamos tão obcecados um pelo outro, perdidos nos nossos desejos mais íntimos que só percebemos o quão longe estávamos quando sentir o Jack Will abrir o botão do meu short. Ele parou de imediato quando eu me sentei e acidentalmente empurrei o mesmo.
Jack Will me encarou assustado enquanto se colocava de pé.
— Me desculpe, eu não...
— Tudo bem. — falei interrompendo o mesmo. — digo... a culpa também foi minha, em certo ponto. — continuei.
— É realmente um perigo me deixar sozinho com você. — Jack Will brincou me fazendo rir.
— É realmente um perigo quando nos beijamos. — falei e ele sorriu enquanto assentia.
— Então... vamos assistir alguma coisa? — Jack Will sugeriu enquanto se recompôs.
— Claro. — respondi enquanto pegava o controle e ligava a televisão.

ILEGAL - vício da paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora