Capítulo 17

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Muito devagar, eu abro a porta. Logo meus olhos são atraídos para Diana. Ela está deitada no sofá, um livro aberto descansa sobre o seu peito, então percebo que ela adormeceu enquanto lia.

Uma de suas pernas pende para fora do sofá e seu pé toca o chão acarpetado, enquanto a outra perna está dobrada e apoiada no encosto. Eu não sou capaz de ver seu rosto, pois está virado para o outro lado. Fecho a porta e, com passos lentos, aproximo-me dela.

Sentindo a minha a presença, Diana vira a cabeça e abre os olhos. Assim que me vê, ela se senta. O livro escorrega e cai no chão, porém, nenhum de nós se move.

Ela lambe os lábios e sorri.

— Você chegou — murmura, a voz rouca.

Seus cabelos estão despenteados e alguns fios pairam sobre sua face, o que a deixa muito sexy.

— Eu te acordei? — pergunto.

— Eu estava apenas descansando um pouco.

Balanço a cabeça e estendo a mão para ela, que abaixa o olhar.

— Vem comigo, Diana — convido.

Ela respira com dificuldade, então, devagar, estende sua mão e segura a minha. Seu olhar sobe até o meu, seus olhos têm um brilho de excitação.

— S-sim... — gagueja.

Segurando sua mão, eu saio da biblioteca, e ela me acompanha. Subimos os degraus da escadaria em silêncio e atravessamos o longo corredor até a última porta, o da minha suíte. Eu paro e olho para ela, que observa a porta fechada com o lábio entre os dentes.

— Diana...? — chamo, e ela me fita. — Você sabe que, ao atravessarmos essa porta, tudo vai mudar? — Ela move a cabeça, concordando. — Mas eu quero deixar claro que, por mais que eu esteja morrendo de desejo, se você me pedir para parar, eu paro. A sua vontade sempre será prioridade para mim, entendeu?

Ela dá um sorriso que faz meu coração dar um salto.

— Entendi — sussurra.

Por fim, eu abro a porta e a conduzo até o interior da minha suíte. Diana dá um passo vacilante para frente. Eu tranco a porta e me viro para ela, que está de costas para mim. Seguro seus braços com suavidade e abaixo a cabeça. Inspiro o delicioso perfume de seus cabelos castanhos e fecho os olhos.

Faz mais de um ano que eu imagino este momento, e nada me preparou para a sensação de bem-estar que sinto por tê-la aqui. Eu nunca senti algo parecido por nenhuma de minhas parceiras sexuais, pois era isso o que elas eram, apenas parceiras sexuais, nada mais.

Minhas mãos passeiam por seus braços e percebo o arrepio que percorre por sua pele. Minha ereção empurra dentro das calças, querendo tomar seu corpo. Eu não posso simplesmente a possuir da maneira que gostaria, Diana merece o melhor.

— Responda-me uma coisa — sopro em sua orelha, e ela estremece.

— Sim...

— Quando esteve na Mansão, você disse que era virgem. Você teve alguém depois daquele dia? — questiono, embora eu não tenha recebido nenhuma informação dos meus homens de que Diana recebeu alguém em sua casa.

Eu não gosto de pensar sobre isso, fico louco só de imaginar que alguém a tocou. E quero que se foda quem achar que sou hipócrita, pois, sim, eu sou. Quando o assunto é Diana, eu me sinto possessivo, e isso não mudará.

Ouço um suspiro profundo de Diana. Eu continuarei a desejando, independente de sua resposta. No entanto, se ela ainda for intocada, eu preciso ir com cuidado, para não a machucar.

ALEXANDER - A Redenção de Um HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora