Capítulo 24

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Chamo Rodrigo ao meu escritório de casa, e ele aparece em menos de cinco minutos.

— Mandou me chamar? — indaga, sentando-se na cadeira de frente para mim.

— Eu quero que providencie para que Andréia seja levada ao escritório da Mansão Eros — anuncio mexendo em meu telefone, eu nem reparo em sua reação.

— Tem certeza disso? Sabemos que a garota não é confiável — comenta.

— Se eu não tivesse certeza, não estaria aqui ordenando. É só fazer o que mando — assevero, jogo o celular em cima da mesa e o encaro. — Cuide para que ela não veja para onde a estão levando. Inclusive, não deixe que ela leve o celular.

Ele mexe em seu cabelo rastafári e faz uma careta.

— Parece que você gosta de viver em perigo — expõe, nada satisfeito.

— Por isso tenho os melhores guarda-costas, para me proteger. Eu os pago mais que qualquer outra pessoa, incluindo celebridades e políticos.

Rodrigo me olha.

— Mas eles não vivem se aventurando, correndo atrás do perigo. — Ele retira seu celular do terno. — Para quando você quer isso?

— Para hoje.

Rodrigo me olha, é claro que a minha resposta não o agrada.

— Porra!

Eu me levanto, pego meu celular e o coloco no bolso.

— E eu quero a segurança reforçada, estou levando Diana comigo para a Mansão — aviso, deixando-o ainda mais puto. — Não adianta fazer essa cara, se vira. Saímos em dez minutos.

Deixo o escritório, mas ainda sou capaz de ouvir seu xingamento. Encontro Diana na sala de estar. Ela parece nervosa.

— Eu vou conseguir falar com a Andréia? — pergunta, aflita.

Passo a mão em seu rosto.

— Você tem ideia do quanto isso está sendo difícil para mim? — questiono.

Ela dá um sorriso fraco.

— Mas eu estarei segura, você mesmo disse que não sairá de perto de mim, e seus armários estarão lá — diz em um tom tranquilo. — Além do mais, a Andréia não faria nada, hoje eu sei que ela é dissimulada.

Abraço Diana e apoio meu queixo no topo de sua cabeça.

— Eu não quero que você se machuque. E não sei o que essa moça pensa sobre você, mas entendo que queira falar com ela. No seu lugar, eu me sentiria da mesma maneira.

Quando Diana me pediu para falar com sua ex-amiga, eu surtei, acabei falando o que não deveria e a magoei. Assim que percebi a merda que fiz e reparei em seus olhos cheios de tristeza pelas minhas palavras, eu me arrependi.

Diana saiu correndo da biblioteca, para longe de mim, e eu me senti um asno. Sei que, na maior parte do dia, sou rude, impaciente e desagradável. Eu nunca me importei em expor o que penso, mas com Diana eu não posso agir dessa maneira. Ela não merece isso, e eu não quero que se sinta mal por minha causa.

Por isso, Diana mal deixou a biblioteca, eu fui atrás dela e fiz algo que nunca havia feito: pedir desculpas. Não foi tão difícil quanto eu imaginei, pois com Diana é muito fácil a emoção falar mais alto.

Depois de fazer as pazes com ela e de um sexo alucinante de reconciliação, eu a ouvi com calma e entendi o que sentia. Esse encontro não me agrada, mas Diana precisa disso.

ALEXANDER - A Redenção de Um HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora