Capítulo 33

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Dois dias depois que eu descobri a gravidez, Alexander achou melhor procurarmos um médico, pois eu preciso começar os meus exames e acompanhar a gestação. Ele é muito cuidadoso comigo e com o nosso bebê.

Não demorou muito, ele, com seus contatos, conseguiu uma obstetra de confiança, e agora estamos aqui, sentados à sua frente, enquanto ela me enche de perguntas e preenche a minha ficha.

— Acredito que você não terá problemas na sua gestação, Diana, mas vou pedir alguns exames — informa calmamente a doutora Amanda Lima. — Por favor, vá ao banheiro esvaziar a bexiga. Quando retornar, faremos um ultrassom, para vermos o bebê.

Alexander aperta a minha mão.

— Já tem como vê-lo? — pergunta, empolgado.

A médica sorri.

— Sim. E a partir da sexta semana gestacional, podemos ouvir o coração — conta e se levanta. — Vou ligar o aparelho para o exame.

Eu também me levanto e vou ao banheiro fazer xixi. Quando retorno, Alexander me ajuda a subir na maca. A médica levanta a minha blusa. O pai do meu filho olha para mim, segura a minha mão e a leva até os lábios, depositando um beijo leve. Eu sorrio para ele.

A doutora passa um gel na minha barriga, em seguida, vem com o aparelho, e a tela à nossa frente acende em tons de cinza. Ela move o aparelho em sua mão de um lado para o outro. As imagens são contorcidas.

— Tem algum bebê aí? — pergunto, e ela começa a rir.

— Minha querida, não temos um bebê aqui — diz, e meu coração parece congelar. — Na verdade, temos dois.

— O quê? — Minha voz sai esganiçada.

— Dois? A senhora quer dizer... gêmeos? — Alexander indaga. Como eu, ele está assombrado.

A médica digita alguma coisa, então podemos ver uma setinha em um pontinho.

— Você está com cinco semanas de gestação — informa, atenta ao aparelho à sua frente. — Aqui está um dos nossos embriões — aponta em tom sereno. A seta se move um pouco para baixo. — E aqui está o outro. São gêmeos bivitelinos, pois eu consigo identificar que cada um tem a sua placenta.

Como ela identifica isso, eu não faço a menor ideia, ainda estou impactada com a informação de que terei gêmeos. Olho para Alexander, em pé ao meu lado. Eu nunca imaginei que o veria assim em algum momento. Ele olha estático para a tela, como eu, tentando processar essa informação.

Depois do choque inicial, a doutora Amanda prescreve minhas vitaminas, pede alguns exames e informa que, na próxima consulta, já poderemos ouvir os batimentos dos bebês. Emocionada, eu me seguro para não chorar.

Voltando para casa, no carro, Alexander me abraça e beija minha boca.

— Eu te amo, sabia? — murmura em meus lábios.

Eu sorrio, feliz.

— Eu te amo, sabia? — repito suas palavras, e ele enche meu rosto de beijos. — Teremos gêmeos, estou triplamente feliz.

Ele para de me beijar e me olha, intrigado.

— Triplamente?

— Sim, pois agora eu tenho três amores, você e os nossos bebês — declaro. Ele sorri, voltando a me beijar.

Ao chegarmos em casa, contamos a novidade para Marlene, que chora, emocionada, e me abraça, feliz, para em seguida dar um forte abraço em Alexander.

Passamos o resto do dia fazendo planos para o futuro. Eu sei que Alexander ainda anda muito preocupado, e declarou que mais do que nunca precisa parar o seu adversário, antes que fira mais alguém.

ALEXANDER - A Redenção de Um HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora