Capítulo 21

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Eu não vejo a hora de encontrar Diana, e meus instintos gritam para que eu avance um pouco mais. Gosto de um sexo mais duro, e só segurei meu desejo por ela ainda ser uma mulher inexperiente. Contudo, eu não posso mais esperar.

Já em casa, Marlene me informa que está tudo pronto na varanda da suíte para o jantar e que Diana me aguarda. Antes de subir, vou ao meu escritório e pego algo no cofre, que fica na parede onde pendurei o quadro que adquiri em minha última viagem a Paris.

Depois de colocar o quadro de volta no lugar, saio do escritório e o tranco. Com passos largos, sigo em direção à minha suíte, no segundo andar. Encontro Diana lendo um livro. Assim que me vê, ela sorri. Eu me aproximo e, sem permitir que ela se levante, beijo sua boca.

— Eu já volto para o nosso jantar, só vou tomar um banho — sussurro.

Ela ofega, com os olhos fechados e os lábios úmidos pelo meu beijo.

— Ok — sopra, sem ar.

Eu me afasto, vou até o closet e pego uma roupa. Tomo um banho rápido, depois me visto e retorno à suíte. Vejo Marlene, junto a outra senhora, terminar de servir o jantar. Quando ela me vê, dá um sorriso e se retira da suíte.

Vou até a varanda e vejo Diana, que me aguarda com um sorriso, e confesso que tenho o ímpeto de rasgar seu vestido branco e enterrar meu pau em sua boceta, mas quero tornar esse jantar especial para ela.

Eu me aproximo e pego sua mão, conduzindo-a até a mesa. Puxo uma cadeira, para que se sente, e acomodo-me à sua frente. Em seguida, sirvo nossas taças de vinho. Diana tem seu olhar fascinado em minha direção.

— Um brinde a nós! — digo, levantando minha taça, e ela faz o mesmo.

Degustamos o vinho, sem deixar de nos olhar. Diana sorri.

— Eu não sou de beber, mas este vinho é muito bom! — comenta.

Coloco minha taça sobre a mesa.

Romanée-Conti, um vinho francês produzido no Leste da França, considerado o número um do mundo — revelo.

Ela olha para a taça e volta a me fitar.

— Acredito que tem bom gosto para bebidas — fala com simplicidade.

Seguro sua mão por cima da mesa.

— Sim. Eu só gosto do melhor, sou bastante exigente em tudo que faço ou quero — asseguro, prendendo seu olhar ao meu. Ela fica ruborizada e esboça um sorriso. — Vamos jantar, antes que esfrie.

Diana concorda com um movimento de cabeça e iniciamos a nossa refeição. Durante o jantar, ela conta que sempre teve aptidão para desenhar e que chegou a ganhar algum dinheiro com isso, depois que a mãe sumiu.

Ao tocar no assunto Rosa Maria, lembro-me de que deveria contar a ela o que descobri, porém, eu não quero estragar a noite falando sobre a canalhice de sua mãe. Assim, deixo para revelar a verdade em outro momento.

É a primeira vez que me sinto à vontade para conversar com uma mulher. Diana é uma pessoa surpreendente. A maneira como viveu, tão reclusa, sem amigos ou parentes, dá a ideia de que não sabe nada da vida, e é tímida, porém, ela me arrebata com suas ideias e convicções.

Entretanto, não se pode negar uma ponta de ingenuidade, o que a torna precipitada em algumas ações e já a colocou em risco em situações diversas.

— E você, tem família? — Sua pergunta é esperada, mas eu preferia não responder.

Passo a mão pela nuca e olho para o lado de fora da varanda, fitando um ponto qualquer. Eu prometi que seria franco com ela, e quero manter essa promessa. Volto a encará-la, Diana me observa com cuidado.

ALEXANDER - A Redenção de Um HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora