Giovanna: Paiiiiii! – largou a mochila no meio do caminho e correu para abraçar o pai. Dulce que vinha logo atrás apanhou a bolsa da menina e seguia em direção à portaria.
Ranny: Oi minha vida – agarrou a filha um tanto quanto exagerado – Eu te amo tanto meu amor, tanto tanto... – por mais que tentasse não conseguia frear as lágrimas.
Giovanna: Eu também amo você bem grande – agarrou-se ao pai que ainda a apertava contra seu corpo – do tamanho da distância daqui até a lua – escutou Ranny soluçar devido ao choro – Por que cê ta chorando papai?
Ranny: Porque eu sou um bobão – olhou para cima tentando parar as lágrimas e foi soltando a filha. Giovanna estava entre as pernas do pai, que permanecia sentada no banco – Sou um bobo por chorar sendo que tenho a pessoa mais importante do mundo comigo.
Giovanna: Não é pra chorar papai – colocou a ponta do dedo na lágrima que escorria pelo rosto da pai – você já é um (a) mocinho (a) – repetiu a frase que sempre ouvia quando chorava por qualquer besteira. Ranny sorriu de leve e limpou o rosto.
Ranny: Tem razão, mas não se preocupe, já passou – olhou para os lados buscando a amiga e não encontrou – Bem, vamos subir, sua madrinha fugiu de nós dois.
Levantou-se pegando a filha no colo, ajeitou uma perna de cada lado. Estava pesada sua bebê. Deu um beijo na testa da menina enquanto caminhava até o elevador. Enquanto olhava os números marcando os andares, foi lembrando de tudo o que viu mais cedo. Encostou no grande espelho que havia atrás dele, e fechou os olhos. Teria que ser forte. Mal sabia o que estava lhe aguardando assim que saísse daquele elevador.
Giovanna: Pai já abriu, vamos – colocou as duas mãos no rosto do pai e colocou suas testas – você ta cansado porque cuidou de muitos bebês?
Ranny: É amor – abriu os olhos e sorriu ao sentir a filha tão próxima. Deu um beijo na pontinha do nariz da pequena e a colocou no chão – Vamos.
Antes de abrirem a porta escutaram Dulce conversando com alguém, e a conversa logo foi interrompida quando Ranny entrou na sala. Eram Maite e Dulce.
Giovanna: Tia Maaaai – correu ao encontro da tia que a pegou no colo a enchendo de beijos.
Maite: Ah que delícia essa menina! – deixou o rosto colado de lado com o da sobrinha que tinha as pernas agarradas em volta de sua cintura e olhou Ranny – Passei no hospital pra te contar sobre a festa que meus pais darão para comemorar 40 anos de casados, e então fiquei sabendo... Eu sinto muito amigo – não quis tocar no assunto porque a sobrinha estava ouvindo – Sabe que estarei do seu lado sempre não é? Pode contar comigo.
Ranny: Obrigado Mai – sorriu fraco sentando no sofá em seguida. Se inclinou um pouco apoiando os braços nas pernas e tampou o rosto com as mãos. Ficaram em silêncio por uns instantes. O olhavam com dor no coração, Dulce se aproximou e sentou ao seu lado pousando a mão por cima de suas costas.
Dulce: Vai passar amigo, é difícil mas vai passar, confia em mim – passou a mão nas costas do amigo tentando confortá-lo.
Giovanna: O que dinda? – não entendia porque o pai estava assim. Ele era sempre tão alegre e divertido – porque você está triste papai?
Ranny: O papai só está cansado meu amor – levantou o rosto e olhos as duas que estavam ainda agarradas - Mai será que pode colocar ela no banho por favor?
Maite: Claro! – disse já virando em direção aos quartos – Ah Ranny, peguei sua mochila e trouxe pra cá, está bem ali – apontou em cima da mesa.
Ranny: Obrigado Mai – esperou que a morena desaparecesse com a filha para se virar para a ruiva – Dul... – respirou fundo pra encontrar forças – Isso está acabando comigo, não consigo acreditar... Eu sei que estava na cara que ele havia se envolvido com alguém, mas como dizem... O que os olhos não vêm o coração não sente. E depois de ontem... Como ele teve coragem? Ele não pensou em mim, não pensou na nossa filha, ele mais uma vez só pensou nele próprio – enxugava as lágrimas que teimavam em cair – Me sinto horrível, sinto que fui usado. Estou me sentindo humilhado. E o odeio mais ainda ao imaginar o sofrimento que isso tudo vai causar na Giovanna, eu falhei Dul – voltou a chorar.
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Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - Respostando
RomanceAté onde você deixaria tudo por amor? O que seria seu limite? Quantas noites de choro iria aguentar? Quantos datas importantes passaria sozinho? Quanto tempo suportaria a dor da solidão? Me pergunto se estou agindo errado, se devo acabar com tudo is...