Enquanto Houver Razões 45

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Raphael vestia um terno, assim como Ucker e Guido. Estava impecável. Os seis se sentavam em uma única mesa, os pais de Raphael fizeram questão de deixá-lo sentado ao lado do ex marido. A toda hora Suzana ia até a mesa e conversava com os dois, sempre dando indiretas tentando uni-los.

Maite: Eu quero ser madrinha do mais velho!

Dulce: Maite qual é a diferença? – rolou os olhos – Vai ser madrinha de qualquer jeito.

Ranny: Não me importo, posso ser padrinho do segundo – disse sorrindo passando a mão na barriga da amiga que já estava imensa. Recebeu um tapa de Dulce – AI!

Maite: Não fica alisando meu Bernardo não! – empurrou a mão de Ranny para o lado direito – Ele está pro lado esquerdo, e o seu pro direito posso sentir.

Dulce: Seu padrinho e sua madrinha são loucos meus filhos – disse olhando a própria barriga, só os padrinhos são normais aqui – olhou Raphael – E quando vai viajar?

Ranny: Dá pra acreditar que ele vai mesmo tirar férias? – olhou as amigas.

Raphael: Vou daqui duas semanas – olhou Ranny – Sempre tem uma primeira vez pra tudo ô nanica.

Ranny: Rapha – virou os olhos – Não começa com o mal de Ucker.

Christopher: Mas eu não estou fazendo nada hoje, passei a bola, representa aí Rapha – riu.

De tempos em tempos recebiam algum amigo ou parente distante, todos comentavam sobre a barriga de Dulce, a loucura de Mai e a beleza de Ranny. Uma das tias de Raphael não estava sabendo da separação e deu o maior fora quando notou que os dois estavam sozinhos na mesa, foi até lá dizendo que eram o casal mais encantador da festa, ganhando até mesmo dos pais de Raphael que comemoravam tantos anos de casamento. Ranny pra não ser desagradável apenas sorriu e agradeceu, quando a tia deu de costas olhou pra Raphael e riam da pérola.

Ranny: Ela nunca foi muito antenada nos assuntos da família.

Raphael: Nunca mesmo – balançou a cabeça rindo.

Ranny: Está vendo as meninas? – perguntou olhando ao redor.

Raphael: Não – procurava também – Será que não estão dentro da casa?

Ranny: Rapha tenho medo das janelas – disse se levantando – Vou ir procurar.

Raphael: Vamos, eu te ajudo.

E então adentraram o enorme casarão. Procuraram primeiro pela parte debaixo. Cozinha. Sala. Copa. Tudo. E nada delas. Então subiram pro andar de cima. Cada um olhava em um cômodo, já haviam se perdido um do outro, até que Ranny entrou em um quarto e escutou barulhos vindo do banheiro. Seguiu até lá pensando ser uma das meninas. Antes que pudesse entrar no ambiente bateu de frente com alguém, e teria voltado de costas se Raphael não o tivesse agarrado pela cintura.

Ranny: Ah meu Deus, que susto Rapha! – colocou a mão sobre o coração. Rapha ainda tinha as mãos firmes na cintura do moreno.

Raphael: Ranny você quem entrou depressa demais, eu não tive culpa – disse rindo. Depois do susto ter passado Ranny se deixou rir também.

Ranny: Tudo bem. - Disse levando as mãos por cima das mãos de Raphael – Já pode parar de tirar casquinha da situação Herrera.

Raphael: Ranny, você não sente falta? Não sente falta de nós dois? – o olhava nos olhos. Só de sentir o corpo dele assim tão perto sentia arrepios.

Ranny levantou levemente o rosto para encará-lo, e foi um choque quando o azul entrou o verde. Por mais que Ranny tentasse enganar aos outros, e a si mesmo. Seu corpo lhe traia quando estava junto de Raphael, suas pernas tremiam, seu estômago revirava e seu coração batia em um ritmo que jamais pensou ser possível.

Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - RespostandoOnde histórias criam vida. Descubra agora