Na manhã seguinte Ranny sentiu o corpo todo dolorido, lembrou do tombo que ele e Rapha tiveram no banheiro quando ele tentou correr dele e ele o alcançou, o erguendo no colo e escorrendo em seguida. Sorrio de olhos fechados.
Raphael: Bom dia lindo – pressionou os lábios contra os do esposo – O que te faz sorrir logo pela manhã?
Ranny: Bom dia... – disse com a voz rouca pelo sono – Você. Você que me faz sorrir assim – disse abrindo os olhos – RAPHA! – sentou na cama rapidamente procurando por algo, ou alguém.
Raphael: Quê?! – perguntou assustado.
Ranny: Ontem... A Gi estava... Ela estava na nossa cama! – sussurrou quase sem voz – Transamos com ela na nossa cama? – estava perplexo.
Só então Raphael entendeu tamanho desespero. E riu. Gargalhou. Tombando a cabeça pra trás em uma risada gostosa.
Ranny: Ei! Não ria de mim – tacou uma almofada no marido – Qual é a graça afinal? – emburrado se levantou da cama.
Raphael: Não, não mesmo, volte aqui – o puxou pela mão – Claro que não amor, eu levei ela pro quarto antes de vir pra cá e te acordar – levou a mão de Ranny até sua boca e beijou levemente – Estou rindo porque me queria tanto que nem se lembrou que podia estar cometendo um atentado ao pudor! – riu novamente – Au! – passou a mão pelo braço após receber um tapa bem estalado do esposo.
Ranny: Cretino! Seria tudo culpa sua – olhou as horas – Amor, põe a pequena no banho? Não separei minha roupa ontem, então vou demorar – viu que o marido ia reclamar e resolveu dar o Xeque-Mate – Se chegar atrasado não será culpa minha! Estou te avisando.
Raphael: Tá certo, ok. – disse bufando saindo do quarto.
Deixaram a filha na escola, e dessa vez Rapha quem a levou até a portaria. Sabia que se Ranny o fizesse seria outro drama que acabaria na casa da avó materna desta vez. Pararam em uma padaria próxima ao hospital e tomaram café da manhã juntos em um clima bem amoroso. Cheio de beijos e carinhos.
Ranny: Amor vamos almoçar juntos, você prometeu – selou os lábios.
Raphael: Ahm, amor eu... – lembrou do combinado com Camila. Droga. – Está bem, mas eu venho te chamar combinado? Acho que vou me atrasar um pouco, o paciente antes do almoço é um senhor que sempre vem acompanhado de sua mulher extremamente cuidadosa, sempre quer saber as explicações nos mínimos detalhes e repete diversas vezes a mesma pergunta, me atrasando sempre. – colocava seu jaleco.
Ranny: Tudo bem amor – sentou em sua cadeira – Tenho plantão sábado à noite – fez bico – podia trocar com essa Camila né? – falava enquanto escrevia algo em sua agendar. Raphael paralisou. Ranny e Camila iriam fazer plantão no mesmo dia? Menos gente no hospital. Mais chance de se trombarem - Rapha? Amor está me ouvindo? – parou de escrever, segurava a caneta e olhava o marido. – Você está bem amor? – preocupado.
Raphael: Estou. Estou. Estou sim – passou a mão pelo rosto, teria que acabar com isso ainda hoje. Conversaria com Camila. Explicaria que não teria como continuarem com aquilo, que iria ficar com Ranny. Que tinham uma filha e que não estragaria a felicidade dela. Pediria desculpa, diria o quanto a fizera bem durante o relacionamento deles, o quanto era incrível. Mas que merecia alguém que a amasse de verdade – Verei amor, verei com ela o que consigo – aproximou do esposo lhe dando um beijo e foi para sua sala.
Raphael mal conseguiu trabalhar. Estava ansioso para que Camila aparecesse logo e ele pudesse colocar os pingos nos "is". Olhou no relógio, eram 12h37. Estava quase chegando o almoço. E como se ela lesse seus pensamentos, adentrou a sala feito um furacão.
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Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - Respostando
RomantizmAté onde você deixaria tudo por amor? O que seria seu limite? Quantas noites de choro iria aguentar? Quantos datas importantes passaria sozinho? Quanto tempo suportaria a dor da solidão? Me pergunto se estou agindo errado, se devo acabar com tudo is...