Os três chegaram praticamente juntos no local combinado, andavam pela praça de alimentação escolhendo onde iriam comer.
Dulce: Estou afim de comer massa - olhou os amigos - E vocês?
Maite: Eu vou de massa também, ou comidinha mineira - apontou o mini restaurante - E ali é bacana que não ficamos muito em evidência, tem mesas a parte.
Dulce: É verdade, acho que troco meu nhoque por um torresminho, hum que delícia! - olhou pro lado procurando Ranny que não tinha dado nenhuma opinião - Ranny? Tudo bem uma comidinha mineira?
Ranny: Meninas eu acho que quero um Cheddar McMelt - Maite que estava um pouco à frente dos dois se virou chocada.
Maite: Repete, só posso estar ficando louca.
Ranny: O quê?! - olhou a amiga - Só quero uma coisa diferente, mais calórica.
Dulce: Ah meu deus - olhou Maite que ainda agora tinha nos lábios um sorriso de orelha a orelha.
Maite: Eu preciso me sentar, juro que minhas pernas estão bambas de tanta emoção.
Ranny: Não estou entendendo nada - disse confuso, olhando em volta tentando entender o que elas haviam notado de tão "ó meu deus".
Dulce: Você está grávido Ranny! - disse sorrindo.
Maite: Está - disse pulando no meio das pessoas que passavam por ali.
Ranny: O Q-quê? - disse em um gaguejo - Vocês enlouqueceram? - agora quem estava chocado ali era ele.
Dulce: Ranny pelo amor de Deus - virou os olhos - Você todo adepto a uma alimentação saudável e super anti Mc Donalds, vem me dizer que quer um lanche assim? De graça?
Ranny: Gente, eu só quero um lanche! O que tem de mal nisso? Se todo mundo que tivesse uma alimentação equilibrada quisesse um lanche e estivesse grávido ou grávida por isso, eu estaria milionário realizando partos!
Maite e Dulce se olharam, realmente Ranny tinha um pouco de razão, quase nada, mas tinha. Precisavam explorar o caso.
Maite: Nos últimos dias tem sentido vontade de comer coisas que não come frequentemente? - Ranny se lembrou do fato do pão de Mel há pouco tempo com Rapha.
Dulce: Ou sentiu vontade de pôr pra fora algo que você sempre amou e de repente não te fez bem? - Se lembrou de outra situação. Raphael acordando-o com sua bebida preferida, e ele indo correndo para o banheiro.
Maite: Passou mal algum dia? Queda de Pressão, tontura, enjoo? - Ops, noite do aniversário da filha.
Dulce: Vontade de ir ao banheiro toda hora? - Ah, nem tanto. Razoável.
Maite: Muito sono? Corpo pesado? Preguiça de fazer pequenos gestos a todo momento? - Ranny sorriu, não estava grávido.
Dulce: Seus peitos andam doloridos? inchados? - Ah qual é, Raphael brincou com eles quase a semana inteira, impossível não estarem doloridos.
Maite: Como anda sua vida sexual? - Ranny a olhou incrédulo que estava sendo interrogado quanto a isso - Ranny, você é obstetra, sabe que o apetite sexual de uma grávida ou grávido ó - ergueu os braços - sobe lá no topo.
Ai ai, fodeu.
Ranny andou quieto até uma mesa do restaurante minero escolhido pelas amigas. Sua cabeça dava voltas e não conseguia focar em ideia alguma. Sentou-se ainda absorto a tudo. Mai e Dul faziam silêncio em respeito a conturbação que o amigo estava passando naquele momento, sentaram se à mesa também e esperaram o amigo se pronunciar.
Ranny: Isso não pode acontecer - olhou as duas - Não tem como, não lembro de nenhuma vez que eu possa ter engravidado.
Dulce: Amigo, essas coisas acontecem, não dá mesmo pra saber.
Maite: Ranny, antes de qualquer coisa precisamos ter a certeza de que isso é real.
Ranny: Não posso fazer o teste no hospital, iria explodir a notícia em segundos.
Dulce: Calma, vamos almoçar e então iremos à uma clínica, tem uma aqui perto.
Ranny: Não posso acreditar nisso - passou as mãos pelo rosto. - Raphael vai me matar, ainda mais com essa proposta - olhou pra cima puxando ar - Como isso foi acontecer de novo?
Maite: Amigo qualquer casal que mantém uma vida sexual ativa corre esse risco, nenhum método é cem por cento seguro, e para de ladainha, o Rapha não é mais o imaturo de antes - ergueu o braço chamando o garçom, quando olhou de volta para Ranny e Dulce a encaravam - Tá, eu não tenho certeza disso, mas eu espero que ele não seja.
Ranny: Vamos pedir logo, quero ir ver o resultado disso.
Dulce: É, porque precisa falar logo pro Rapha. Não é amanhã que precisam decidir sobre a proposta do Rio? - Ranny afirmou com a cabeça - Pois então.
Almoçaram rapidamente, os três estavam ansiosos pelo resultado. Ocuparam as três vagas das cinco que haviam em frente a clínica. Adentraram o estabelecimento e por sorte eram os únicos por ali.
Doutora: Olá - disse simpática aparecendo na recepção - Desculpem o vazio, estamos em horário de almoço, e temos duas funcionárias em falta hoje.
Dulce: Imagina, você podendo nos ajudar ficaremos gratos.
Maite: Você quem realiza os testes de gravidez?
Doutora: Eu mesma - olhou os três - quem irá fazer?
Ranny: Eu - se pronunciou - Preciso de um resultado expresso, tem como?
Doutora: Claro, deu sorte que está vazio hoje - apontou para um corredor - Vamos lá.
Ranny seguiu a médica, enquanto Dulce e Maite aguardavam na recepção.
Dulce: Esse bebê pode ser um divisor de águas, agora ou é tudo ou é nada.
Maite: Tenho medo da reação do meu irmão, se não estivesse rolando essa história de nova unidade eu estaria mais tranquila. Mas lembra quando Ranny descobriu a gravidez? Ele estava deslumbrado com a recente diretoria, e agora está acontecendo quase a mesma coisa.
Dulce: O Ranny precisa estar preparado para uma reação negativa dele, sabemos o que ele pensa sobre filhos, apesar de ter melhorado muito com a Gi, um novo bebê talvez não seja bem vindo.
Depois de quase quarenta minutos de esperavam, viram Ranny agradecer a médica, pagar pelo exame e andar até elas.
Dulce: Fala Ranny! - se levantou balançando as mãos devido à ansiedade.
Maite: Só preciso deixar claro que dessa vez a madrinha sou eu, e não aceito negativas, ficarei de mal mesmo!
Ranny: Três semanas.
Só precisou isso, para que Dulce e Maite o abraçassem eufóricas de alegria.
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Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - Respostando
RomanceAté onde você deixaria tudo por amor? O que seria seu limite? Quantas noites de choro iria aguentar? Quantos datas importantes passaria sozinho? Quanto tempo suportaria a dor da solidão? Me pergunto se estou agindo errado, se devo acabar com tudo is...