Enquanto Houver Razões 03

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Ranny e Giovanna subiram a pequena escada que dava acesso à enorme sala, onde Dulce Maria os aguardava ansiosa.

Dulce: Ranny! Ah que saudade – abraçou forte o amigo – Puxa vida, parece que não nos vemos há séculos!

Ranny: Oi minha amiga, que bom te ver – apertando ainda mais o abraço e soltando sentindo a filha se enfiar entre as pernas dos dois.

Giovanna: Dindinha, eu também estava com saudades de você, e fiz até um desenho olha – segurava a caixinha de Cupcake em uma mão, e na outra os diversos desenhos, abaixou deixando as folhas no chão e procurou o de Dulce. – AQUI! – estendeu o desenho para a ruiva que já sorria babando por aquela criança – é eu, você e o meu padrinho!

Dulce pegava a folha, que continha três bolinhas, uma menor que as outras duas, o que compreendeu ser Giovanna, com dois pingos azuis nos olhos. Outra continha diversos cachos vermelhos na cabeça, e era ligado por uma linha reta a outra bola com cabelos feitos de riscos negros espetados, riu do desenho.

Dulce: Gi, é o desenho mais lindo que já ganhei na vida! Sabe onde ele vai ficar? – olhou a menina que balançava a cabeça curiosa. – Bem aqui – puxou uma moldura da parede, que continha uma paisagem qualquer, e colocou o desenho no lugar, o pendurando na parede. 

Ranny sorria agradecido para a amiga, sempre foi tão amorosa com sua filha. Foram interrompidas por Christopher que entrava na sala.

Christopher: Olha quem está aqui – sorriu – Oi Ranny, tudo bem? – deu um beijo no amigo e se abaixou na altura da afilhada – Amor, olha só! Ainda me trouxe um presente – resolveu provocar a menina vendo a caixa com o doce, Dulce rolou os olhos rindo, e puxou o amigo para a cozinha.

Após Giovanna reclamar diversas vezes com o padrinho de que o doce que ele poderia comer eram as tortas que a mãe havia comprado, Dulce se irritou e o mandou parar com as provocações. Ranny esquecia dos problemas quando estava com os amigos, eram sempre tão atenciosos com eles, e apesar de Christopher ser amigo de Rapha desde a infância e dividirem a diretoria do hospital, sabia que não concordava com as atitudes do amigo, e se sentia feliz por ter apresentado sua melhor amiga para um cara tão bacana.

Christopher: E o Rapha Ranny? Não vai vir? – cortava a carne que Dulce havia lhe pedido.

Ranny: Bem, ele... – antes de pensar na desculpa que iria dar, ouviram os gritos vindos do grande jardim em frente a porta de entrada.

Giovanna: Meu pai chegou, e a tia Mai também – disse contente puxando os dois anunciados.

Ranny sentiu alivio por não ter dado desculpa pela falta do marido. Sorriu vendo o desespero de Maite ao bater os olhos no desenho que Giovanna fez para a madrinha e só sossegou ao escutar que também receberia um. Raphael cumprimentou Dulce e foi se juntar ao amigo, deixando Ranny, Dulce e Maite na sala.

Ranny: Que ceninha hein dona Maite? Qual sua idade mesmo? – colocou o dedo na boca pensativo – JÁ SEI, CINCO?! – Dulce ria dos amigos e Giovanna procurava desesperadamente pelo desenho da tia, antes que essa pudesse ter outro surto.

Maite: HÁ HÁ HÁ! Já não basta a traição que tive quando passou o cargo de madrinha para essa ruiva aí – apontou Dulce – Ser trocada por você tudo bem, mas pela minha única sobrinha é demais pro meu coração!

Dulce: Para Mai – Jogou uma almofada na morena, se divertindo com o ciúmes da amiga – Nada mais justo o Ranny me escolher como madrinha, você já é tia!

Ranny: Sem contar que foi uma escolha muito justa, depois do seu dramalhão tiramos na sorte! – disse sentado ao lado da filha no chão ajudando a encontrar o desenho da cunhada.

Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - RespostandoOnde histórias criam vida. Descubra agora