Enquanto Houver Razões 34

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Ranny já tinha colocado a filha pra dormir, estava no quarto mexendo no Ipad quando viu o número de Lucas na tela do celular vibrando, sorriu e atendeu em seguida.

Ranny: Meu amor, estava esperando me ligar, me abandonou hoje – fez bico.

Lucas: Oi meu lindo, estava bem ocupado hoje, mas agora sou todo seu – sorriu – Acabei de falar com Sophia, ela ficou tão feliz de saber que vou pra lá, me mata de saudade.

Ranny: Que bom, nem imagino o que está sentindo, minha bebê nunca ficou tanto tempo longe... Amor – disse com a voz manhoso.

Lucas: Diz anjo...

Ranny: Vem pra cá... – deixou o Ipad de lado – a Giovanna já está dormindo... – disse sapeco.

E então, logo estava abrindo a porta para o namorado. A ânsia dos dois era tanta que mal chegaram no quarto e peças já estavam jogadas no chão. Que foi recolhida por Ranny assim que saciaram a saudade. Estavam deitados na cama, Ranny deitado sobre o peito de Lucas, que lhe fazia carinho nas costas quando Giovanna entrou no quarto.

Giovanna: Papai? – Por sorte Ranny e Lucas já estavam vestidos para dormir.

Ranny: Princesa – sentou-se na cama e esticou os braços pra filha – O que houve meu amor?

Giovanna: Acho que o bicho está lá de novo – disse triste, subiu pelos pés da cama e foi engatinhando até o pai – Oi – disse friamente para Lucas, se lembrou de como o pai a repreendeu a última vez que tinha sido mal-educada.

Lucas: Oi Gi – sorriu pra menina – Se quiser posso ir lá dar um jeito no bicho pra você.

Ranny sentou a filha de lado em seu colo, e a envolveu como se fosse nenê, sorriu para Lucas quando o escutou.

Giovanna: brigada, mas ele só tem medo do papai.

Ranny: Mas o papai não está aqui – beijou a cabeça da filha – Então o bicho precisa ir embora de outro jeito, não é? – Gi balançou a cabeça – Então tio Lucas, pode fazer isso pra essa princesa aqui?

Lucas: Claro, vou lá – tirou o lençol de cima dele – Vou dizer pra esse bicho que se não der o fora daqui o papai da Gi vai vir correndo e não vai ficar nada bom pra ele – Gi gargalhou com a ideia. Então Lucas sumiu do quarto.

Giovanna: Ele sabe espantar os monstros? – ergueu a cabeça olhando o pai.

Ranny: Sim meu amor – sorriu – Ele também tem uma filhinha – colocou o cabelo da filha pra trás – Então já espantou muitos bichos, assim como o seu pai.

Giovanna: Mas o papai é mais forte que ele, e mais bonito, você não acha? – ergueu a mão passando o dedinho pelo contorno dos lábios de Ranny.

Ranny: Acho – sussurrou – Mas é nosso segredo ok? – mordeu de leve o dedo da filha que riu toda feliz.

Instantes depois Lucas retornou no quarto, pegou Gi pela mão e foi com ela até o quartinho. A pequena o fez abrir todas as portas dos armários, e olhar embaixo da cama. E só após conferir cada cantinho se deitou na cama e pegou no sono. Quando Lucas voltou no quarto encontrou o namorado dormindo, apagou a luz e se juntou a ele. Dormiram bem agarradinhos, até que Lucas despertou com o barulho da campainha. Sentou-se e olhou em volta lembrando que estava na casa de Ranny, que dormia pesadamente ao seu lado. Beijou o ombro dele e se levantou.

Ranny: Amor? – falou com a voz rouca devido ao sono – Aonde vai? – como estava fazendo muito calor durante à noite, não aguentou e acabou tirando o pijama.

Lucas: Estão tocando a campainha – ouviram um novo barulho.

Ranny: Nossa, esqueci completamente que minha mãe vinha buscar a Gi – levantou-se, e novamente a campainha tocou – deixa que eu abro – enrolou-se no lençol e deu um beijo rápido no namorado – JÁ VAI – segurou o lençol com uma das mãos enquanto a outra girava a chave na porta – Mãe, eu juro que não ia me... – Ao ver Raphael parado, com uma mão apoiada no batente da porta foi que se deu conta que não era apenas a mãe que tinha ficado de passar pela manhã em seu apartamento. Lembrou que a única peça que estava sobre seu corpo era um lençol prestes a desabar se tremesse um pouco mais – Raphael... Entra, vou chamar a Gi – os olhos dele estavam parados em algo além de seus ombros, ele não se moveu após o convite, e pôde compreender quando girou levemente o corpo, e entrou Lucas parado, apenas de shorts e com uma cara de quem havia feito sexo a noite toda.

Lucas: Herrera, entre, não quero que o vizinho pegue meu namorado apenas de lençol, acho que não estávamos esperando sua visita logo cedo – andou até a porta e beijou a cabeça de Ranny – vai se vestir amor, eu chamo a Gi.

Ranny estava tão chocado que nem conseguiu responder, apenas soltou a porta e fez o que o namorado lhe disse.

Raphael: Não precisa, eu vou até lá. É minha filha – entrou de vez e andou até o quarto da pequena.

Assim que entrou viu a filha quase de cabeça pra baixo na cama, sorriu em silêncio. Andou até ela e se sentou na beirada.

Raphael: Ei gatinha do papai – passou a mão no cabelo da filha, vendo-a dormir tão tranquila fez voltar a paz que havia sumido vendo Ranny com Lucas na sala. Giovanna se remexeu e abriu os olhos, fechando rapidamente pela claridade.

Giovanna: Papai – sorriu com a chupeta na boca e coçando os olhos.

Raphael: Vamos acordar princesa, papai veio aqui pra te dar um beijo bem grandão, porque estou indo viajar e vou sentir sua falta.

(...)

Quando Lucas entrou no quarto de Ranny, ele já estava devidamente vestido.

Ranny: Não faça mais isso – o olhou.

Lucas: O que amor? – vestiu sua roupa também.

Ranny: Isso que fez agora lá na sala, ele vai pensar que estávamos transando!

Lucas: E por que isso te incomoda tanto Ranny? – começava a primeira briga do casal.

Ranny: Porque... – tentou encontrar uma boa explicação, por que tinha aberto sua maldita boca? – Eu não sei, só não gostei do modo como você falou.

Lucas: O cara te traiu, mal liga pra sua filha, terá um filho com outra, e você ainda se importa com o que ele pensa Ranny? Caramba... – disse chateado.

Ranny: Não amor, não é isso – arrependeu-se do que disse – Eu não me importo – Lucas sentou na cama para calçar o sapato – só é muito novo pra mim, talvez não consegui digerir a situação – andou até a cama e foi de joelhos até ele, o abraçando por trás – me desculpe, eu não me importo com o que ele pensa sobre nós dois – encostou o queixo no ombro de Lucas – Eu só não queria que ele viesse jogar na minha cara depois que fico transando com meu namorado enquanto a minha filha está em casa – o soltou quando ele fez menção de se virar para olhá-lo.

Lucas: Tá certo. Mas você não pode deixar de viver porque sua filha mora com você, ele não transa com ela lá porque ela simplesmente só o visita de 15 em 15 dias, e apenas dois dias seguidos. Queria ver se ela morasse com ele, se ele não levaria namoradas pra dormir em casa... Precisa ver isso também Ranny.

Ranny: Eu sei, eu vou me acostumar com tudo isso certo? – ajoelhou novamente e andou até o colo dele – Só preciso que me entenda às vezes.

Lucas: Anjo... – sorriu de leve e beijou o ombro de Ranny, que agora estava em seu colo – Diz isso como se eu não te entendesse sempre.

Ranny sorriu, virou o rosto e mordiscou os lábios do namorado.

Ranny: Só não quero discutir com você – fechou os olhos e passou o nariz pelo de Lucas levemente.

Lucas: Não deixaria isso acontecer, principalmente agora. Eu não daria esse gostinho pro Herrera – segurou o rosto do namorado e aprofundou um beijo..

Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - RespostandoOnde histórias criam vida. Descubra agora