Enquanto Houver Razões 42

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Durante o caminho apenas Ranny e Lucas conversavam, ele contava sobre a viagem e ela sobre os últimos acontecimentos. Giovanna e Sophia apenas se encaravam, sem dizer uma palavra. Quando Giovanna ligou o DVD que ficava bem atrás do banco do pai, próprio para ela, Sophia olhou curiosa, mas permaneceu em seu lugar.

Giovanna: Quer ver? – inclinando um pouco o rosto e apontando pra tela. Sophia moveu a cabeça em afirmação – Então pode ver, senta aqui ó – bateu do seu lado, e no instante seguinte o espaço era preenchido por Sophia.

Assim que chegaram no condomínio de Ranny as meninas estavam mais enturmadas, Giovanna logo correu pro seu quarto para mostrar para a nova amiga todos os brinquedos que tinha. Ranny e Lucas ficaram na sala, esperando o almoço ficar pronto.

Ranny: Ela gostou de vir pra cá? – encostado em Lucas.

Lucas: Ela está muito abalada ainda anjo – brincou com a aliança que deu para Ranny – Não diz uma só palavra, só conversa balançando a cabeça em sim ou não.

Ranny: Eu percebi – o olhou – mas pensei que fosse porque estivesse com vergonha.

Lucas: Vou marcar um psicólogo assim que conseguir colocar as coisas em ordem – passou os braços em volta de Ranny e o puxou – não via a hora de ter você logo comigo – mordiscou os lábios dele.

Ranny: Estou aqui agora – sorriu e passou os lábios nos dele, que se transformaria em um beijo se a filha não tivesse interrompido o momento.

Giovanna: Papai eu não vou mais brincar com a Sophia – disse emburrada sentando no sofá ao lado do pai de braços cruzados. Sophia vinha logo atrás e parou ao lado de Gi, ainda em pé.

Ranny se afastou de Lucas e se endireitou no sofá, olhou a filha e em seguida Sophia.

Ranny: Por que não vai mais brincar meu amor? – soltou o elástico que já estava frouxo no cabelo da filha e o prendeu novamente.

Giovanna: Porque ela nem me responde, parece até que o gato comeu a língua dela – Ranny e Lucas se olharam.

Foi difícil Ranny sair da saia justa, inventou qualquer desculpa e tratou de mudar de assunto. Logo o almoço estava pronto e então foram comer. De tarde, levaram as meninas para dar uma voltinha no shopping já que Giovanna queria muito brincar na enorme piscina de bolinha que haviam montado por lá. Os pais das meninas estavam em clima de romance, namoravam enquanto cada qual seguia a filha com os olhos. Apenas de noite Lucas e Sophia seguiram para o apartamento do moreno. Durante os dias que se seguiram, eles mantinham uma rotina diária, Lucas passava na casa de Ranny e juntos levavam as meninas para a escola, já que Lucas achou que pelo menos por enquanto, seria melhor que Sophi estivesse próxima da Gi. Iria se sentir mais segura. Giovanna e Sophia se tornaram amigas inseparáveis, por dois finais de semanas seguidos Gi rejeitou ir para a casa do pai, porque queria ficar com a amiga, apesar de as vezes se estranharem devido aos ciúmes que Gi sentia do pai. Sophi ainda não estava cem por cento desde a morte do pai, mas quando estava só com Ranny, Gi e o pai ela deixava escapar algumas frases, e já estava frequentando as sessões com a psicóloga do hospital. Ranny a cada dia ficava mais encantado com Lucas, pelo modo como ele cuidava da filha, sempre tão carinhoso e preocupado. Raphael acabou mandando Camila embora dias depois de todo o auê, agora trabalhava 24 horas por dia, seus raros momentos livres eram partilhados com Giovanna. Nunca mais tentou nada com Ranny, se falavam normalmente, discutiam assuntos relacionados à filha, não saia mais faíscas em seus encontros.

Dois meses depois de Lucas ter voltado, calhou do plantão dele cair bem no dia em que a babá de Sophi não poderia dormir no trabalho. Ranny então se ofereceu para ficar com ela, já que Giovanna não iria para a casa do pai. E assim foi feito.

Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - RespostandoOnde histórias criam vida. Descubra agora