Enquanto Houver Razões 53

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Ranny conseguiu colocar as duas para tomar banho antes que fossem dormir. Mas nem o banho foi capaz de despertá-las, já que haviam brincado durante o fim da tarde até tarde da noite. Ranny colocou as duas em sua cama e dormiu no meio entre elas. Provavelmente estava exausto, pois durante a noite não acordou uma vez sequer.

Giovanna: Papai - disse sonolenta colocando a pequena mão aberta sobre o rosto do pai.

Ranny resmungou baixo e se espreguiçou antes de abrir os olhos e encontrar o rostinho da pequena quase colado no seu, sorriu e envolveu o braço em volta da filha, puxando ela pra deitar.

Ranny: Vamos dormir só mais um pouquinho? - sussurrou de olhos fechados.

Giovanna: Papai abre - colocou o dedinho sobre os olhos do pai forçando abrir.

O pai notando que a menina não iria mais voltar a dormir se deu por vencido e abriu os olhos, com dificuldade pela claridade.

Giovanna: Pai - deitou encaixando o rostinho no pescoço do pai - não quero mais ir com o papai.

Ranny: Porque não? - dobrou o braço que sustentava a cabeça da filha e com a ponta dos dedos alisava o cabelo dela.

Giovanna: Porque quero ficar com você - passou o pequeno braço por cima de Ranny tentando abraçá-lo.

Ranny: Filha se não queria ir então, porque falou que queria meu amor? - se virou de lado para olhá-la melhor - Tem que falar pro seu pai que não quer ir então.

Giovanna: Mas e se ele não gostar mais de mim?

Ranny: Ah! Claro que ele vai gostar de você - beijou a testa da filha - Vamos sair daqui? Se não a Sophi vai acabar acordando.

Foram os dois para a cozinha, Ranny preparava o café da manhã deles enquanto Giovanna escovava os dentes. Tinha certeza que se a filha não desistisse de ir com o pai antes, faria ele trazer ela de volta antes da semana acabar. Ela era apegada demais com Ranny, mal dormia fora de casa. As únicas pessoas que conseguiam a fazer passar pelo menos dois dias seguidos sem o pai era Suzana, isso porque Maite existia naquela casa e virava criança com a sobrinha. E Dulce, porque a afilhada tinha uma paixão doida por ela. Nem com os pais de Ranny a pequena deixava de querer o pai. O que estava preocupando Ranny era como Raphael iria encarar essa desistência repentina da filha.

(...)

Depois do café as meninas quiseram descer até o playground que havia no condomínio, Giovanna quase nunca ia lá, porque o pai nunca tinha tempo de levá-la, uma vez ou outra quando Lina ficava com dó dela só passar o dia trancada no apartamento, descia até lá com ela.

Sophia: Eiiiie - gritava Ranny e dava tchau enquanto ela e Giovanna se balançavam.

Ranny sorriu e acenou para elas também.

Ranny: Segura direito - ergueu as duas mãos para mostrar para as meninas que deviam segurar com as duas.

Enquanto as duas brincavam, ele conversava com outras mulheres do edifício, Raphael era tão antisocial que nunca conseguiu fazer uma amizade por ali, era um ou dois casais que sabia o nome, mas quando se encontravam paravam já nos cumprimentos. Brincaram por horas, quanto mais passava o tempo, mais crianças chegavam ao parque. Ele só conseguiu tirar as meninas dali quando a fome bateu, teve que dar outro banho nelas antes de irem porque as duas estavam imundas.

Giovanna: Eu quero comer no mc papai - dizia enquanto pulava de um pé só para entrar no elevador.

Ranny: Cuidado filha - segurava a porta esperando Sophi entrar.

Sophia: Eu quero também tio Ranny - se encostou no elevador quando entrou.

Ranny: Então não há o que discutir, vamos no mc - disse sorrindo - Gi tira a boca daí! - puxou a filha que encostava a boca no espelho fazendo caras e bocas.

Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - RespostandoOnde histórias criam vida. Descubra agora