Enquanto Houver Razões 36

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Maite fechou a porta do carro e andou até o portão do colégio, procurou a sobrinha e não conseguiu encontrá-la. Até que notou que ela estava sentadinha, sozinha no balanço. Enquanto as outras meninas sentavam na grama em circulo e conversavam uma com as outras. Quando percebeu que a tia havia chegado, desceu do balanço e foi correndo puxando sua mochila de rodinhas.

Giovanna: Tia Maai – largou a mochila assim que chegou perto e se jogou nos braços da tia.

Maite: Ai ai, que saudade gigante dessa menina – sorriu com a sobrinha no colo, agradeceu a moça que estava no portão e com a outra mão ergueu a mochila do chão e foi pro carro – Posso saber porque estava toda quietinha quando cheguei? – abriu a porta detrás e colocou a mochila antes de sentar Gi no banco.

Giovanna: Ah, porque minhas amigas estavam falando onde a mamãe e o papai delas trabalhavam, e eu nem sei falar – ergueu os ombros – É muito chato só falar que eles cuidam das pessoas, eu nunca vi.

Maite: Não seja por isso – sorriu olhando a sobrinha pelo retrovisor – Vamos fazer uma visitinha no trabalho do papai.

Giovanna estava eufórica, nem esperou Maite abrir a porta para que descesse do carro quando parou no estacionamento do hospital.

Maite: Ei, ei mocinha – pegou na mão da sobrinha – Preciso lembrar de travar a porta quando estiver com você no meu carro.

Giovanna: Mas você não vai lembrar tia Mai – as duas subiam as escadarias que davam acesso a entrada.

Maite: Não vou é? – olhou pra baixo para ver a sobrinha – E posso saber por quê?

Giovanna: Porque o papai disse que você ó – tentou imitar o pai, mas se atrapalhou toda com o dedinho. Mesmo assim a tia compreendeu o que o irmão havia feito.

Maite: Rapha ridículo, ele fez isso foi? – Gi gargalhou balançando a cabeça pra cima e para baixo. Assim que passaram pela recepção, adentraram o corredor dos consultórios, por onde passavam Giovanna chamava atenção. Alguns colegas dos pais a paravam, e perguntavam para Maite se ela era filha de Ranny, já que os olhos não negavam. No começo Gi sentiu-se inibida, mas conforme mexiam com ela, ela sorria e respondia animadamente o que perguntavam.

Camila observava as duas de longe, sentia um ódio mortal vendo a filha de Ranny passeando pelo hospital como se ali não fosse um lugar tão sério. Além de ter a atenção de todos. Bando de idiotas puxa saco. Só porque ela era filha de Ranny e Raphael, agora os dois diretores do hospital. Passou a mão pela barriga. Mal podia esperar ter seu filho, tinha certeza de que seria um menino. Lembrava de quando Raphael contou que não aceitou bem a gravidez de Ranny, e quando soube que era uma menina então, ficou pior. Mas o bebê dela seria um menino, e Raphael ficaria tão feliz que nem ligaria mais pra Giovanna. E então o seu filho que iria ser bajulado naquele hospital. Quando se deu conta, Maite e Giovanna já estava passando por ela.

Camila: Oi Gi – sorriu falsa – Quanto tempo hein? Precisa pedir pro seu pai nos levar para outro passeio daquele.

Giovanna olhou Camila e em seguida virou o rosto pra olhar a tia. Maite segurou firme a mão da sobrinha e a puxou, continuando o trajeto até a sala de Ranny.

Maite: Olha quem veio visitar o papai no trabalho – sorrindo abriu a porta do consultório do amigo.

Giovanna: Sou eu – disse toda contente entrando atrás da tia. Ranny sorriu ao ver a filha.

Ranny: Eita, que visita mais boa essa hein? – piscou pra Mai, e afastou a cadeira quando viu a filha dar a volta na mesa – Uhm que delicinha – sentiu os bracinhos da filha envolvendo seu pescoço, virou o rosto e deu um beijo estalado na bochecha da pequena.

Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - RespostandoOnde histórias criam vida. Descubra agora