Enquanto Houver Razões (Romance Gay) - Mpreg - Respostando

Enquanto Houver Razões 18

Quando Raphael chegou até seu carro, estava ensopado por causa da chuva. Fechou os olhos e baixou a cabeça até o volante. Não conseguia acreditar que Ranny havia escolhido aquele idiota do Lucas. Depois de quase dez minutos tentando ficar calmo para que pudesse dirigir, ligou o carro e seguiu seu caminho. Assim que Raphael saiu Ranny tratou de acalmar a filha, ninou ela por longos minutos até que vencida pegou no sono. Ranny a deixou na cama de casal e voltou para a sala.

Ranny: Ah Lucas – colocou as duas mãos no rosto – Que vergonha, me desculpe por favor.

Lucas: Ei – sorriu e retirou as mãos de Ranny do rosto – Não tem que se desculpar por Raphael ser um sem noção. Eu que tenho que me desculpar por ter perdido a cabeça dentro de sua casa, com sua filha aqui. Ela está mais calma?

Ranny: Está... Consegui fazer com que ela dormisse – passou as duas mãos pelo cabelo o levantando e depois soltando – Não sei até quando Raphael vai continuar me trazendo tantos problemas.

Lucas: Esqueça isso Ranny – deu pequenos passos até ele e o puxou para um abraço – Ele não faz ideia do homem incrível que perdeu – beijou-lhe a testa.

A pizza que pediram nem chegou a ser aberta. Depois de conversarem um pouco, Lucas notou que a chuva havia melhorado e decidiu ir embora. Ranny se deitou com a filha e custou a dormir. Estava mal por ter sido tão frio com Raphael. Ele estava tão machucado. E ainda saiu naquela tempestade tão feia. Será que chegou bem em casa? Bom, que se dane. Camila saberia cuidar muito bem dele. Desejou que Lucas o tivesse chutado os testículos para que Camila não fosse feliz tão cedo. Balançou a cabeça afastando o pensamento. Olhou pra filha que dormia bem ao seu lado. Estava passando por tantas coisas que sua cabecinha deveria estar uma grande bola de neve. A menina falava algumas coisas confusas enquanto dormia, seu sono estava perturbado. Ouviu o celular vibrando no móvel ao lado da cama, e sorriu ao ler a mensagem de Lucas. "Já cheguei, e sinto saudades. Boa noite, meu anjo". E então, pensando naqueles lindos olhos, adormeceu.

Depois da humilhação que passou na casa do ex-marido Raphael nem sequer o olhava mais. Depois que chegou em casa, foi direto pro banho. Camila não iria dormir lá, e no outro dia contaria qualquer mentirinha para justificar os machucados. Os assuntos profissionais que precisava que Ranny soubesse ou assinasse algum papel pedia para que Ucker transmitisse. Ranny e Lucas ficavam cada vez mais próximos. Todos os dias ele o esperava para que tomassem café na cantina do hospital, e no almoço saiam juntos também. Todas as mulheres babavam ao ver Lucas passar pelos corredores, e se mordiam de inveja de Ranny, sempre tinha os homens mais lindos daquele hospital, não deixava para ninguém. Os dois eram o boato de todos os andares.

Patrícia: Nossa – virou a cabeça quando Lucas e Ranny passaram pela mesa delas – Esse médico é um gato! Queria ter dez aninhos para que ele me examinasse i-n-t-e-i-r-i-n-h-a – gargalhou.

Bruna: Menina nem me fale – viu quando ele puxou a cadeira para que Ranny se sentasse – E além de lindo é todo cavalheiro, acho que Ranny saiu ganhando dessa vez viu amiga? – olhou para Camila.

Camila: Uhm – mexia seu suco com desdém – Eu não vejo qual a graça dele, prefiro Raphael.

Patrícia: Acirrado o páreo, mas Lucas ganha na simpatia...

Ranny: Sinto todos os olhares sobre nós dois nesse exato momento – dizia olhando o cardápio.

Lucas: Jura? – olhou em volta discretamente – Se importa com isso?

Ranny: Nenhum pouco – o olhou sorrindo – Vou pedir o mesmo de sempre, nem sei por que perco meu tempo – fechou o cardápio.

Lucas: Ei campeão – ergueu os braços chamando o rapaz que servia os lanches – Um Latte Macchiato com chantilly e duas pedras de caramelo por favor, e pra mim uma vitamina de iogurte – Ranny se derreteu. Ele havia decorado sua bebida preferida em menos de uma semana. Coisa que Raphael em dez anos não havia feito.