O interrogatório foi convocado na adidância carioca para questionar Lino sobre a fonte daquelas informações. Queriam apresentá-lo à Abin, saber quais eram as ideias dele acerca da agência, se possuía algum desejo oculto de rebelião.
Eles perguntavam se alguém próximo a ele o ajudou; algum conhecido. Lino dizia que somente ele tinha conhecimento daqueles dados e que apenas ele os desenvolveu.
Haviam dois agentes de um lado da mesa, Lino estava sentado de frente para eles. Ao seu lado estava Eduardo.
— Você é o inventor desses conhecimentos, ou apenas os descobriu? — questionou um dos agentes.
— Eu descobri, com base em um estudo. Mas não acho que seja menos valoroso por isso. — Lino respondeu.
— Sim, claro. Nós também não. Eu apenas queria entender se você recebeu isso em outro momento, se já estava guardado dentro de você, ou se foi recentemente que essas ideias afloraram. Eu gostaria de saber o quê, ou se foi alguém que te guiou por esse caminho.
— Ninguém me guiou. Não acredito que eu tivesse nada guardado. Isso surgiu como uma ideia na minha mente. Eu apenas usei as peças do quebra-cabeça que me fizeram obter o teleporte com sucesso.
— Entendo. — disse o agente. — Você se lembra de alguém ter insinuado que algo assim poderia acontecer com você?
— Não. — Lino respondeu.
— Não se lembra de ter conversado com um funcionário da sua escola no fundamental, e dele ter lhe instruído sobre como você deveria se comportar para ser bem-sucedido? — o segundo agente perguntou.
— Não. — Lino voltou a responder.
— Você se lembra de quando foi com sua mãe na diretoria da sua escola no fundamental?
— Não. Eu... não consigo me lembrar. Já faz muito tempo.
— Então, você se lembra que isso pode ter acontecido? — perguntou novamente o segundo agente.
— Lino, não tem problema. Você pode falar. — Eduardo orientou.
Lino olhou sentindo que algo que ele não se recordava havia acontecido, e eles sabiam disso. Então, ele começou a se forçar a lembrar.
— Não se lembra do que foi dito a você, lá, naquele momento? — o primeiro agente voltou a perguntar.
— Não me lembro disso.
— E agora, você se lembra?
As pupilas de Lino se dilataram e aquele dia voltou a sua mente na forma de lembranças nítidas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
COMANDO SUPERIOR: A Ascensão de Drak Nazar
Science FictionO desaparecimento de agentes da Abin no ano de 2070 levanta suspeitas e conspirações envolvendo segredos guardados pelo governo brasileiro. Um líder da inteligência internacional começa a investigar, enquanto todo o mundo se vê diante de uma ameaça...