Elizabeth e Roberta iam em direção ao local onde era antigamente o aeroporto Santos Dumont. Ao chegarem na altura da Candelária, Roberta percebeu que a destruição no centro da cidade chegou a um ponto irreversível. Ela olhou ao redor, não sabia exatamente para onde iria, estava perdida em seus pensamentos. Diego foi morto.
A criança, então, ouviu estampidos vindos de uma rua próxima. Sua mãe a colocou em sua frente e correram para a lateral da igreja rumo ao boulevard olímpico, por onde seguiram até chegar na estação do Trem de Altíssima Velocidade, que fora construído ali, e serem teletransportadas para um lugar seguro.
O raio verde mortal rompente destruiu a rua para onde elas iriam. Pedaços de gente voaram para as calçadas.
A filha de Diego estava na igreja da candelária. Roberta estava morta, Elizabeth a abraçava. O teto da igreja imponente dava sinais de que ruiria. Ouviam-se estrondos e gritos vindos do lado de fora. A criança olhava para a porta.
Uma figura surgiu diante do grande vão de entrada da igreja, indo em direção a ela. Os tijolos ao redor do batente da porta despencaram, fazendo uma rachadura se estender até o teto.
Ao chegar perto, abaixou-se na mesma altura da pequena.
— Eu não posso ajudá-la. — Draknazar lamentou-se diante dela.
Lágrimas escorreram pelo rosto da menina.
— Venha comigo. — Drak estendeu a mão.
A garota olhava abalada para a mãe sem vida. Com dificuldade, abandonou o corpo no chão.
Drak acolheu-a com um abraço, suas mãos envolveram-na pelas costas. Ele soltou a mão direita e segurou-a apenas com a outra, deitou a criança de barriga para cima em seu braço. Estendeu a mão solta, materializou-se em nela a clava negra com espinhos de diamante, repleta de runas desenhadas na cor vermelha.
— Este mundo acabou, querida. — Drak disse, mirando a clava em direção ao coração e sugando a alma de Elizabeth.
Elizabeth amoleceu-se sem vida no braço de Drak.
Naquele dia, Draknazar partiu. Seguia da região da antiga Via Láctea, então Via Nazariana, para o encontro de seus aliados na unificada Andrômeda.
Elizabeth estava em seu colo ainda abalada. Drak sorriu para ela, que retribuiu como seu ânimo permitia, dando um leve sorriso de volta.
Draknazar levava as histórias e contava como dominou a galáxia para os conselhos superiores lacteanos. Os membros do conselho superior de Sirius e de cada planeta da Via Láctea dialogavam. Diziam que Hâmsala detinha os poderes de líder da galáxia.
— Devemos convocá-lo para que ele nos represente, ou Draknazar pode muito bem exterminar todos nós como fez com a Coligação Andrômeda.
Ele levava a estrutura da cúpula antiga e acionava os lazeres verdes mortais, ameaçando dizimar as estações do Comando Superior dos que recusavam a submeter-se ao seu império.
Draknazar havia finalmente ocupado a posição de líder das duas galáxias. Sentia-se pleno e realizado. Após ter dominado os armamentos da cúpula e rompido o sistema instaurado na Terra. Havia cumprido sua missão.
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COMANDO SUPERIOR: A Ascensão de Drak Nazar
Ficção CientíficaO desaparecimento de agentes da Abin no ano de 2070 levanta suspeitas e conspirações envolvendo segredos guardados pelo governo brasileiro. Um líder da inteligência internacional começa a investigar, enquanto todo o mundo se vê diante de uma ameaça...