COMANDO SUPERIOR: A Ascensão de Drak Nazar

- II -

Astronautas da AEB foram enviados para a nova cúpula. Diversos aliados e inimigos enviavam foguetes para atacar outros países, enquanto foguetes em direção à cúpula levavam astronautas na tentativa de acoplar-se a ela e assumir o comando.

A disputa entre a AEB, a Seita de Drak e os países inimigos aos dois grupos era caótica.

A ordem do Brasil, representada pela AEB, desejava se aliar a Jonas e provar que ele é o verdadeiro líder.

Enquanto isso, a Seita de Drak seguia firme ao seu lado.

A Coreia do Norte enviou seus astronautas para a cúpula e com a prerrogativa de que caso não fosse permitida a entrada, realizaria ataques contra a estrutura e contra os países da Seita de Drak, utilizando bombas de hidrogênio.

Na disputa, a Seita de Drak e a AEB estavam prestes a acoplar. Após mísseis terem sido enviados, algumas cidades foram levemente danificadas, nenhuma bomba nuclear foi lançada, porque eles sabiam que assim que lançassem a primeira, muitas outras seriam lançadas como resposta.

A Agência Espacial Brasileira anexou-se à cúpula, bloqueou futuros acoplamentos e se reuniu com Jonas Forth. Os astronautas que estavam na antiga cúpula foram deixados para morrer até que seus suprimentos e oxigênio acabassem, Diego tentava descobrir como funcionava o mecanismo de teleporte da cúpula. Percorria os corredores, alucinado, buscando por qualquer pista de protocolos que permitissem o teleporte da Terra.

Os familiares de Arthur, preocupados, viam os noticiários sobre os ataques feitos pelos países não aliados à Seita de Drak, com medo de serem realizados ataques desastrosos à cúpula.

Diego programou o teleporte, vestiu o traje e saiu para a parte interna da cúpula original. Lá fora, ele jogou-se para baixo, na direção ao vazio interior onde antes ficava a Terra. Ele foi captado quando os microrganismos da cúpula metalizada acenderam um flash branco, a energia que representava Diego foi enviada em um feixe para a nova cúpula, abaixo dele, estava a Terra.

Diego caía dos céus em direção ao oceano azul atrás de si. Estaria ele destinado a ser o verdadeiro líder e salvador de todo o planeta, como diziam as antigas profecias?

Diego usou os gases do seu traje de astronauta para propelir-se adiante, passou novamente indo ao lado externo na camada de microrganismos, fez a porta do duto de despressurização se abrir. Entrou, fechou a porta e virou-se para o próximo compartimento, que o levaria ao interior dos corredores da cúpula, mas Jonas estava o esperando.

"Bem-vindo a bordo, Rolderklás." Diego ouviu em sua mente.

De repente, ele estava do lado interno da cúpula, atrás da porta por onde pretendia passar. Estava seguro. Mas algo estava errado: Ele via a si mesmo dentro do seu traje. Haviam feito contato visual. Assim como os microrganismos, as duas almas pertencentes ao Comando Superior haviam se transferido de corpo após a astuta manobra de Arthur.

Jonas, no corpo de Diego, tirou o capacete e despressurizou o módulo, Diego estava preso no corpo de Jonas e uma presilha amarrava seu pescoço à janela de vidro, impedindo que ele desviasse seu olhar. Jonas soltou a respiração e se transferiu via contato visual de volta para seu corpo.

Diego colocou líquidos e sangue para fora pela boca e nariz. Estava imóvel, aparentemente desacordado ou morto.

Arthur, após alguma espera, voltou a pressurizar o módulo e abriu a porta. Aproximou-se vagarosamente de Diego, temendo que ele voltasse à vida. Colocou a mão esquerda no ombro dele, viu que ainda estava de olho aberto. Gotículas e um coágulo de sangue e líquido amarelado flutuavam ali, na aparente ausência de gravidade. Colocou a mão direita em seu peito o empurrando para trás, até que chegaram flutuando à saída. Arthur abriu a porta e saiu levando o corpo de Diego. Finalmente, Arthur desferiu um único e fatal feixe que criou um rombo no peito de Diego.

Rolderklás saiu de seu corpo e flutuou para fora da cabine, acordando gradualmente.

Jonas saiu de seu hospedeiro para duelar em pé de igualdade.

Rolderklás fez um movimento expulsando o espaço a sua frente, criando uma onda que se movimentou rapidamente na direção de Jonas. Esse saltou a onda, teleportando-se para mais perto de Rolderklás. Jonas desferiu um jato em direção ao peito de seu oponente, após isso, concentrou seus esforços em executá-lo, expandindo sua forma de onda até ele desaparecer.

— Rolderklás, você e eu sabemos que Drak está disposto a qualquer coisa para dominar a galáxia.

— Sabemos. E ele será bem-sucedido!

Rolderklás desferiu um jato mais impactante que qualquer outro que havia enviado naquele duelo.

Enquanto Jonas se defendia, Rolderklás conjurou a clava negra e a apontou em sua direção. Jonas teve uma fração de segundo para se perguntar o que seria mais rápido: a velocidade com que sua alma seria sugada ou a velocidade da luz.

Ele teve que arriscar para descobrir.

Um feixe saiu de seu olho enquanto uma massaroca nebulosa ia na direção dele. O feixe foi mais rápido que a nébula partida da clava com espinhos de diamante, a qual Jonas segurava. A nébula prosseguiu da clava para onde estava Rolderklás, o atingiu e fisgou para dentro.

Rolderklás despertou na câmara de reuniões do palácio ouriço branco. Ele flutuava de frente a seu oponente.

Jonas invadiu a mente de Rolderklás. O aliado de Draknazar via imagens captadas pelos reatores, ele estava dentro do modo visão deus.

Teresa elaborou um segundo plano, oculto de todos da Abin. Ela sabia que tinha opositores, queria garantir que exerceria controle sob um ser com sangue de Andrômeda, mesmo que para isso fosse necessário se proclamar uma ditadora e lutar contra tudo e todos.

As imagens captadas pelos reatores revelavam que Draknazar estivera com Rebeca durante a gravidez de Roberta, que Rebeca esteve grávida de Draknazar, que o filho deles se chamava Raiks e carregava o sobrenome Nazar.

Raiks Nazar descendia da Via Láctea ao mesmo tempo que era um herdeiro de Andrômeda.

Quando Jonas mostrou o que desejava, os dois retornaram à órbita terrestre, onde uma grande massa flutuante se aproximava deles a uma grande distância.

Jonas Forth enviou amarras que prenderam os braços de Rolderklás ao seu corpo. Ele foi içado para cima e quando a estação do Comando Superior terráqueo estava sobre eles, Jonas fez com que ele transpusesse todas as camadas da matéria que formava a estação e ficasse preso na cadeira de madeira na sala dos mensageiros.

Rolderklás comunicava-se invadindo a mente de Draknazar, dizendo ao seu suposto aliado que conseguisse um corpo para que ele pudesse possuir.

Draknazar golpeou um agente próximo a ele, expulsando a alma de seu corpo.

— Possua-o! — Drak gritou, mas seu aliado não podia mais ouvi-lo.

Ele estava em um transe, impactado com as imagens que viu. Sua vida na Terra foi uma mentira.

Àquela altura, não havia sequer algo que ele desejasse fazer. Mal conseguiu reunir forças para finalizar a batalha. Não sabia nem mesmo se após tamanha traição, conseguiria um dia confiar em ao menos uma das pessoas que estavam ao seu redor. Não apenas Teresa, mas Drak Nazar e até sua doce Rebeca haviam o traído. Não tinha forças para continuar ou perguntar a sua amada o que a fez decidir apunhalá-lo roubando tudo que tinha.

Jonas Forth foi bem-sucedido na expansão da alma de Rolderklás, dentro da sala dos mensageiros, exterminando-o como deveria ter feito na primeira oportunidade.