Capítulo Sete - I - Castrar

6 2 0
                                    


Teresa havia se reunido com seus agentes e oficiais mais próximos na adidância carioca da Abin.

— Os poderes dele estão se tornando mais evidentes, temos de tomar uma medida agora. — disse o oficial Fagundes.

— Os poderes estão relacionados com o desenvolvimento e enraizamento do cérebro através da coluna vertebral. — disse um agente que fazia pesquisas em medicina.

— Então rompam a ligação do cérebro com a coluna. Isso não impediria que ele canalizasse seus poderes através do seu corpo? — Teresa indagou ao médico.

— Isso deixaria ele tetraplégico. — o médico respondeu em um tom comedido.

— Pois que ÓTIMO! — ela disse dando o assunto por encerrado.

Ela levantou-se e deu a volta na mesa.

— Acredito que uma lobotomia seja a medida mais apropriada. — disse um neurocirurgião. — Isso diminuirá o controle do cérebro dele sobre o próprio corpo, e nos permitirá continuar controlando-o com os reatores.

— Talvez os reatores não estejam surtindo efeito nele como ocorre com os demais presidiários, ou ele não teria tentado fugir. — Fagundes observou. — Será que ele não estava em algum momento encenando seguir nossas instruções enquanto planejava se rebelar?

Eles decidiram levar Lino para a Base Militar dos Afonsos, onde seria feita a lobotomia e procedimentos para retardar a recuperação das memórias e de seus poderes.

Lino chegava na Base Militar dos Afonsos com braços e pernas exageradamente algemados e acorrentados. Estava sendo locomovido em um carro blindado da Abin para o local seguro onde ficaria preso.

Durante o trajeto pelos hangares onde os aviões ficavam do lado direito, Lino, olhando para seu lado esquerdo, percebeu um caça taxiando em direção a pista de decolagem. Concentrou-se por alguns segundos tentando penetrar a mente do piloto, até que finalmente os olhos do homem reviraram nas órbitas. O piloto fechou os olhos, e quando os abriu eles retornaram à posição natural.

Jogaram Lino em sua cela, que ficava no andar subterrâneo. Ele ficou no completo escuro. Uma porta metálica deslizou trepidando e rangendo, aparentando ser densa e pesada. Quando ela terminou seu movimento, Lino pôde concentrar-se em controlar a mente do piloto.

Ordenou que ele pousasse em uma base flutuante recém-construída em meio ao oceano, que permitia que aviões pousassem e fossem transferidos para outra base que poderia estar do outro lado do mundo. Levou o caça para a base de transferência do Atlântico Norte.

Lino enxergava através dos olhos do piloto. Colocou o caça em velocidade máxima. Ele estava se aproximando de Nova York, os prédios altos entraram no seu campo de visão. Ele seguiu a toda velocidade e chocou-se contra o One World Trade Center.

Uma grande explosão surgiu no céu e fez o prédio trepidar.

A repercussão nos jornais era de que o caça foi sequestrado, já que o piloto não possuía permissão para fazer a transferência para o centro de teleportes do Atlântico Norte.

— O governo brasileiro se solidariza, lamenta e condena o ataque. — Se pronunciava o presidente Sr. Brasiliense. — Queremos que os culpados sejam descobertos e severamente punidos.

Em meio ao conflito que defendia a libertação de Lino, o ataque acabou sendo um argumento para um contra-ataque ao Brasil. Thompson orientou o presidente estadunidense, dizendo ser imprescindível que Teresa não fosse a única a possuir controle sobre Lino. Sua ascensão era uma prova da intervenção que ele acreditava ser feita por Jonas Forth em conjunto com Comando Superior terráqueo.

COMANDO SUPERIOR: A Ascensão de Drak NazarOnde histórias criam vida. Descubra agora