Rejeitada

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Ele entrou e o perfume  tomou toda a sala, não é a toa que é dono de uma empresa de perfumes, do seu lado quem eu acredito que seja sua esposa, ela tem a cara fechada e parece ser bem metida.

Ele é um homem alto moreno de barba, está bem vestido com seu terno, bem bonito confesso, mais tinha medo até de olhar muito e a esposa querer encrencar comigo, não posso perder esse emprego.

Ele se apresentou parece mais humilde que a mulher, logo a Leda me levou até ele e fomos ver a agenda.

A hora do almoço chegou.

Bati a porta

Rodolffo - Pode entrar

Juliette - com licença, vou almoçar, senhor quer que peça comida?

Não precisa, bom almoço. Obrigado.

Encontrei a Lara e fomos para o refeitório.

Lara - e aí? Ele é bravo?

Juliette -Não,   até agora tudo normal, a esposa dele que esbarrou em mim ele me defendeu.

Lara - Não entendo um homem gato daquele com uma cobra daquela.

Juliette - Lara as paredes tem ouvidos viu.

Meu celular toca.

Juliette - Alô

Nico - Juliette pai tá no médico

Juliette - no médico? Pq? O que acontece?

Pai - Vomitando um negócio estranho, aí chamei o vizinho e trouxe ele pra cá. Vem logo.

Juliette - Eu Não posso sair agora Nico, estou trabalhando, assim que sair te ligo.

Nico - Juliette eu não vou ficar aqui, você sabe que não gosto de hospital.

Juliette - eu vou ver o que posso fazer.

Desliguei

Lara - Quem tá no médico?

Juliette - Meu pai

Lara - Essa sua família só te dá problema Juliette, você tem q parar de ser boba e cuidar da sua vida, tá aí a anos sem um namorado, só se matando pra cuidar de 3 marmanjo.

Eu não respondi Lara estava certa.

Voltei para a presidência

Estou trabalhando mais minha mente está no meu pai lá no hospital.

Fui a sala do senhor Rodolffo e bati

Rodolffo - Pode entrar

Juliette - da licença senhor Rodolffo, eu queria falar com senhor.

Rodolffo - Está tudo bem? É Rodolffo pode me chamar de Rodolffo.

Juliette - Meu pai está no hospital, será q eu poderia sair uns 20 minutos mais cedo? Eu sei que começamos hj e....

Rodolffo - Pode ir agora.

Juliette - Não, não precisa, é só pra eu não pegar transito a hora que sair.

Rodolffo - Pode ir, não se preocupa, é caso de saude e é com seu pai.

Juliette - Muito obrigada Sen... Rodolffo.

Eu peguei minhas coisas e fui para o hospital.

Juliette - Pai

Ele abriu os olhos

Pai - Quero ir pra casa já tô bom

Ele ia se levantando

Juliette - Não, espera deixa eu falar com o médico primeiro, cadê o Nico?

Ari - Foi embora

O doutor chegou

Doutor - Bom senhor Ari, fígado tá sobrecarregado por conta das bebidas, precisa maneirar.

Ele estava todo sem graça.

Juliette - Ele vai ter alta doutor?

Doutor - Sim já está aqui o papel e a receita do medicamento caso ele tenha desconforto, podem ir.

Juliette - Muito obrigada!!

Fomos para casa

O remédio que o médico passou o deixou muito tonto e delirando.

Pai - Juliette você nasceu mulher, eu tinha certeza que era homem.

Disse com a fala enrolada

Eu sempre percebi desde muito nova que meu pai não gostava de mim, sempre quis filhos homens e eu fui a primeira filha e mulher, mais o dia que mais me magoou e que ficou pra sempre na minha memória, foi quando eu tinha 6 anos e estava brincando ele chegou bêbado e me deu uma surra de deixar marcas, eu lembro da minha mãe voando pra cima dele e apanhando tbm. Depois desse dia ela nunca mais o enfrentou, sempre q ele vinha com agressividade ela saia de perto dele e me levava junto ou simplesmente concordava  e não gerava discussão.

Ser rejeitada por um pai dói muito, você se sente desprotegida se sente sem ser digna de amor e está sempre tentando justificar em você o porque dessa ausência e automaticamente aprende a se defender sozinha e é por isso que eu afasto os homens de mim, já namorei, já até fui noiva, mais eu não confio, estou sempre duvidando e me achando insuficiente para qualquer homem se nem meu pai gosta de mim qual homem vai gostar.

Eu não o respondi apenas o ajudei a deitar e fui para o meu quarto. Eu não o odeio, mais não consigo ser próxima dele e nem sentir carinho.

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