"o desejo é inimigo da cumplicidade e amor."
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Quando Marília sentiu sua boca secar no meio da madrugada sentou na cama e coçou os próprios olhos. Verificou o horário em seu celular vendo que já se passava das duas da madrugada. Murilo dormia ao seu lado profundamente.
Beijou as costas do homem que amava antes de levantar e ver se o jarro que ficava ao lado da sua cama estava lá, e não estava. Revirou os olhos e ficando de pé colocou o seu robe de cetim com algumas rendas nas coxas, com cuidado saiu do seu quarto e começou a caminhar pelo enorme corredor onde ficavam os quartos.
- Me espera aí, amor. - Ouviu a voz de sua filha ao se aproximar do quarto da mesma.
- Vou te esperar.
Marília sentiu um arrepio na espinha quando ouviu aquele sotaque carioca dizer quase gemendo. Quando pisou no brinquedo de sua cachorra teve que se esconder e acabou vendo uma cena que mexeu com seus sentidos de uma maneira inexplicável e surreal. Sua nora desceu a cueca preta que usava e começou um vai e vem sobre seu pênis. Marília não conseguia parar de ver aquela cena tão erótica por mais que quisesse e sua razão gritasse para ela parar, ela não parava e não conseguia sair dali.
Maraisa começou a se entregar ao momento e foi fechando os olhos aos poucos. Marília mordeu o lábio inferior quando sentiu uma pulsação que conhecia bem no meio das pernas
Como um choque de realidade sua filha apareceu quase nua subindo em Maraisa e não se pondo para ver tão coisa voltou para seu quarto correndo ainda com sede e agora muito excitada.
- Marília? - Murilo perguntou ao ver sua esposa encostar a cabeça na porta e fechar a mesma com força.
- Desculpa por te acordar. - Forçou um sorriso para o homem.
- Aconteceu alguma coisa? - Ele sentou na cama e fitou a loira que parecia estar ofegando.
- Sim, aconteceu. - Marília se aproximou da cama e sentou no colo do seu marido. Eu tô com vontade de fazer amor, muita vontade. - Disse com a voz rouca.
Marília começou a beijar Murilo que não estranhou nenhum pouco aquela atitude. Já que quase todas as madrugadas Marília acordava extremamente excitada no meio da noite e o procurava para se aliviar.
Então assim começou uma longa noite de prazer para ambos,ou não. Marília se sentiu extremamente incomodada por ter pensado em sua nora o tempo todo e só havia conseguido chegar ao ápice quando lembrou da mesma se masturbando e fazendo aquilo para ela. Se sentia péssima por ter feito isso, mas jurou para si mesma que seria apenas uma vez e não iria acontecer.
Com toda certeza aquilo que havia acontecido não iria se repetir e ela só ficou excitada com Maraisa pelo whisky que tinha tomado antes de se deitar.
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Maraisa acordou sentindo o peso de sua namorada sobre si. Riu para a mais nova e beijou a testa da mesma antes de se esquivar do seu corpo e sair da cama para tomar um banho.
Ao fazer colocou uma roupa confortável e deixou um pequeno bilhete dizendo que tinha amado a noite maravilhosa que tinham tido. Saiu do quarto descendo a escadaria da enorme mansão e foi até a cozinha.
--Bom dia, Maraisa. - Marília estava sentada na mesa lendo uma revista enquanto saboreava seu bom e velho café preto.
- Bom dia, Mendonça. - Maraisa sentou e começou a se servir.
- Minha filha já acordou?
- Não. Ela está um pouco cansada.
- Por qual motivo? - Marília arqueou a sobrancelha em direção a sua nora, a fitando através do óculos.
- Tivemos uma longa noite. - Forçou um sorriso envergonhada pela situação. Coçou a garganta bebendo o suco. - E o senhor Murilo?
- Teve um caso para resolver e saiu logo cedo. - A loira olhou sua nora e ao lembrar da noite anterior se sentiu culpada e uma sem vergonha. - Queria conversar com ele?
- Sim. Queria conversar com os dois na verdade. - Aquele sotaque carioca não estava deixando Marília nada bem.
- Quer já adiar essa conversa?
Maraisa levantou e verificou a cozinha para ver se não tinha alguém vindo ou por perto. Marília tentou desviar o olhar da bunda da mesma mas não conseguia. O corpo de sua nora era tão perfeito e suas curvas fascinantes.Marília estava hipnotizada.
- É que eu queria a benção dos dois. - Mostrou um par de aliança para sua sogra. - Sabe, acho que já estamos juntas há um bom tempo e não vejo necessidade para não a pedir em casamento. - Tomou ar. - Eu a amo mais que tudo nessa vida e tenho a certeza que estou pronta para esse próximo passo.
Marília coçou o próprio pescoço e desviou o olhar do par de aliança.
Quis sumir e se sentiu péssima ao lembrar de tudo, ela amava seu marido e principalmente sua filha. Se arrependimento matasse ela iria estar caída no chão naquele exato momento. Tudo que sentiu foi culpa e uma amargura tomou conta do seu ser a torturando, mas não o suficiente.
- Está passando bem? - Maraisa perguntou.
- Estou, só um pouco surpresa. - Sorriu para outra.
- Tenho sua bença?
- Sim, claro que sim. - Resolveu esquecer aquilo e tomaria cuidado a partir daquele momento. - Nem precisa pedir a do meu marido, ele ama você mais do que Mariane. - Sua nora riu aliviada.
- Obrigada por isso. Agradeço muito pela vida da sua filha, a senhora criou alguém incrível. - Maraisa levantou e beijou o rosto da loira.
- Eu que agradeço por fazer minha menina feliz. - Acariciou a mão de Maraisa, mas sem nenhuma intenção.
- Bom dia, mãe. - Sua nora ainda estava ao seu lado. - Que chamego todo é esse? - Mariane riu para as duas e sentou na cadeira estufada.
- Só tava agradecendo sua mãe por ter criado alguém tão incrível como você, amor. - Maraisa abraçou o pescoço de Marília por trás e beijou o rosto da mesma mais vezes. - Bom, o café da manhã está ótimo, mas hoje vou aprender a ler digitais. - Marília pode respirar normalmente quando sua nora a soltou.
- Boa sorte, meu amor. - Mariane sorriu e beijou sua namorada. - Vou almoçar com você depois do vôlei. Te amo.
- Também te amo. - Maraisa olhou para Marília que as olhava com um sorriso no rosto. - Até mais, Mendonça.
- Até, Maraisa.
- Fico feliz com a relação das duas, sabe? - Marília fitou sua filha. - Pelo menos ela se dá bem com a família.
- Ela é uma boa menina.
- Meu maior medo foi vocês não aceitarem ela.
- Que isso filha, se ela te faz bem é oque importa.
- Ela é a mulher da minha vida, assim como a senhora é a mulher da vida do papai.
- Imagino que sim, querida. E o vôlei?
Marília rapidamente começou a perguntar como estava a carreira da sua filha no vôlei. Não queria conversar sobre Maraisa com Mariane tão cedo depois da noite conturbada que teve e queria esquecer o assunto e sua nora o quanto antes. Ela cometeu um erro e não iria repetir ele nunca mais.
Ela só não sabia que a partir dessa noite tudo mudaria. Ou sua razão iria a dominar, ou o seu desejo.
°. .°
a pedidos de muitos (duas pessoas) decidi começar a publicar essa que estava nos rascunhos, beijo. 😘
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Indomável Desejo | Malila.
FanfictionMarília Mendonça, esse é o nome que carrego hoje com meus trinta e sete anos, aprendi desde cedo que a vida não é e passa bem longe de ser fácil. Quando completei dezoito anos dediquei minha vida para minha filha Mariane após ser expulsa da casa do...