Capítulo 30

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Decadência

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Decadência

"Eu disse uma vez que se quisesse ajuda, poderia contar comigo e com meu pai. Bem... a proposta ainda está de pé. "

Yeonjun não conseguia acreditar. Estava realmente pensando naquela proposta?!

Depois de uma longa e torturante noite onde novamente não conseguiu dormir, acabou pensando nas palavras da garota no dia anterior.

Não! Ele não iria aceitar, era o que dizia a si mesmo. Apenas... pensava nas possibilidades que teria se aquilo realmente o ajudasse.

Enfureceu-se com seus próprios pensamentos pegando o travesseiro abaixo de sua cabeça e colocando sobre o rosto. Queria literalmente se sufocar até morrer, pelo menos teria paz.

O seu quarto era o menor dos irmãos, tendo dentro alguns poucos móveis. Preferia assim. Apenas o necessário para ele. A cortina estava fechada, não deixando entrar os raios de sol que irradiavam naquela tarde. A porta, sempre fechada. Na cabeceira ao lado da cama, alguns jornais. Eles eram sempre deixados na recepção, e ele sempre pegava, não pelas notícias em si, mas porque simplesmente gostava dos jogos no final das páginas. O ajudavam a manter a mente serena por algum tempo, mesmo que os sudokus e palavras cruzadas fossem extremamente fáceis na sua opinião.

Levantou-se da cama, esticando os braços e soltando um bocejo. Já havia percebido há muito tempo que não dormiria, não conseguia ter uma noite de sono tranquila há anos.

Caminhou em direção ao corredor, fechando a porta atrás de si e indo em até a sala. Seus irmãos não estavam lá, porém já estava no horário de voltarem da escola.

Significava que ela já estava em casa!

Repreendeu-se, balançando a cabeça para afastar esses pensamentos.

"O que você acha que ela vai fazer?! Você sabe que eles não são capazes de tirar isso de você", dizia para si mesmo. Queria se manter racional e não pensar em fantasias.

Porém, a pouca esperança que tinha o instigava a ir. O que estaria perdendo se fosse, afinal? Ele já tinha metade da alma de um demônio dentro de si...

"Eu não acredito que vou fazer isso", pensou, suspirando derrotado. Voltou ao quarto, vestiu uma camiseta simples, uma calça jeans e seu velho e surrado tênis. Apanhou o boné pendurado na cabeceira da cama e saiu apressado. Não deixaria que ninguém soubesse que estava indo na casa de uma garota.

Ao sair do prédio, desprendeu seus pés do chão e voou em direção à casa da garota. Em poucos minutos chegou, pousando no gramado recém cuidado.

Ficou alguns segundos observando-a, ainda receoso. Era estranho para ele! Aquele local há pouco tempo era visto como uma zona altamente restrita, agora, estava ali, para pedir ajuda, ainda por cima.

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