Elas eram superheroínas, viviam suas vidas com a responsabilidade de ajudar as pessoas e lutar contra o mal. Eles, o contrário, eram vilões! Renascidos do inferno com o único propósito de trazer a desordem ao mundo.
Diferentes, mas nem tanto... talv...
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Especial de Natal (Red's) - Parte final
Caminharam um ao lado do outro entre os estandes. Mantinham uma distância considerada segura entre os dois, mesmo que por conta da multidão as vezes tivessem que se aproximar mais para não se perderem um do outro.
Agora, olhando a jovem de perto, Yeonjun observava algo incomum na mesma. Havia já percebido, mas não pôde analisar com mais cuidado; Yeji usava os cabelos soltos! Estava por algum motivo espantado com isso.
Os fios soltos lhe caíam muito bem, ele não conseguia negar. E mesmo odiando pensar nisso, não era capaz tirar os olhos dela por um segundo sequer.
Seus devaneios são cortados assim que percebe que os olhos rosados estavam em direção a si. Instantaneamente volta a olhar para frente, repreendendo-se mentalmente por isso.
— Quer ir pra onde? — Perguntou rapidamente, uma forma de disfarçar o nervosismo que sentia por ter sido pego a observando de maneira tão direta.
Yeji arregalou os olhos, surpresa. Sorriu de maneira debochada, provocando-o:
— Está me perguntando pra onde vamos?! Quem diria, ogros também são educados.
— Só estou perguntando porque quero ir logo embora daqui. — Ele rebateu. — Quanto mais rápido fizermos isso, mais rápido eu volto para casa.
Yeji fechou a cara novamente. Não havia jeito mesmo, ela pensava. "Ogros continuam sendo sempre ogros...".
Porém, não se deixou levar por suas grosserias. Estava ali por um motivo e o rapaz havia aberto a brecha perfeita para que ela agisse. Sorriu de maneira confiante, o que não deixou de preocupar o rapaz.
— Ok... então eu escolho pra onde vamos.
Buscou a mão do rapaz, pegando-a com firmeza e o guiando entre as barracas e estandes.
Mesmo tudo arquitetado em sua cabeça, a parte prática era sempre difícil. E se tratando do ruivo, tinha um desafio a mais. Mas ainda assim, sentia que agora tinha mais chances de conseguir.
Yeonjun, ao ver as mãos unidas novamente, não deixou de estranhar. Odiava contato físico com qualquer um, e sempre que o forçavam a algo assim ele instantaneamente se afastava. Mas não com a Yeji, e se irritava consigo mesmo por causa disso. Ela sempre se aproximava com tanta tranquilidade, como se fossem íntimos, e pior, ele permitia.
Mais uma vez, seu "eu" interior gritou enfurecido. O que raios estava acontecendo com ele? Por que seu toque parecia diferente dos demais?
A noite seguiu rápido, Yeji puxava o rapaz de um canto para o outro, forçando-o a jogar qualquer coisa, mandando que ele se alimentasse - mesmo que inutilmente -, e tentando de alguma forma pensar em algo que fizesse aquele garoto dar um sorriso sequer. Mas, depois de tanto tempo, já estava perdendo suas esperanças.
