Capítulo 60

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Apreensão

— Está pronto, Beomgyu? — Perguntou uma voz mecanizada vinda dos fundos da sala de simulação.

Beomgyu estava ali no centro, preparando-se silenciosamente e esperando o sinal da ruiva do outro lado da janela. Acenou positivamente, respondendo-a que estava preparado.

Ela então assentiu e deu início à simulação.

Beomgyu fechou os olhos, estalou seu pescoço duas vezes e sentiu os dedos tremerem como denúncia de sua agitação. Ao abrir novamente as orbes, deparou-se com um cenário avermelhado e vazio, muito parecido com o inferno onde o Bang morava, em volta dele estavam vários e vários monstros grandes e de aparência amedrontadora. Isso é, amedrontadora, mas não para ele!

O rapaz abriu um sorriso, destemido.

— Vamos nessa! — Anunciou.

Quando os monstros fizeram menção em atacá-lo o moreno saltou, acertando um chute potente no primeiro coitado, logo em seguida desviou do ataque de uma besta voadora que vinha por cima, conseguindo segurá-la pela cauda e a lançando em direção à um terceiro monstro.

Yeji, as irmãs e o outro desordeiro observavam pela janela a luta. A ruiva, atenta, analisava com a sobrancelha franzida enquanto o rapaz abatia, fera após fera.

— Beomgyu está bem energético hoje. Mesmo no nível 9 ele não demonstra cansaço. — Dizia a ruiva.

— Pois é... — Ryujin a respondeu num murmúrio, chamando a atenção da irmã pelo seu tom arrastado. Quando ela se virou na direção da mesma, percebeu que a morena assistia a luta com atenção, com um pequeno sorriso no canto dos lábios e apoiando a cabeça sobre os dois braços que estavam sobre a bancada de controle.

Oh, Deus. Faltavam saltar corações pela cabeça da morena. Yeji não compreendia, mas Ryujin parecia ter uma atração fora do normal pelo namorado quando o via em ação, e não no sentido malicioso da coisa.

Ryujin deveria ser fã de demonstrações de masculinidade excessiva. Músculos. Suor. Agressividade. Se é que isso pudesse ser chamado de másculo! Primitivo, na opinião de Yeji, mas não másculo! Enfim, ela não iria discutir gostos. Levou a mão a frente da visão da garota para acordá-la. Percebeu que ela piscou algumas vezes. Parecia ter restaurado a consciência.

— Ah, o que? O que foi? — Ela perguntou à irmã ainda confusa.

— Só estava te acordando antes que começasse a babar. — Yeji falou, causando alguns risos dos outros dois que estavam logo atrás.

Ryujin bufou, um pouco envergonhada. Revirou os olhos e voltou a assistir seu namorado.

— Me erra, Yeji! — Ela praguejou.

Yeji não se conteve e acabou deixando escapar um risinho.

No mesmo instante, Beomgyu terminou a sua luta. Sorria, vangloriando-se de seu feito e fazendo questão de demonstrar a sua vitalidade, como quem diz: nem suei!

Yeji apertou um botão, encerrando a simulação e a porta de saída foi aberta para que Beomgyu pudesse passar.

Assim que chegou foi recebido pela namorada, que entregava a ele uma toalha para que secasse os cabelos e o rosto úmido. Ele aceitou e agradeceu, depositando um beijo nos lábios da morena.

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