Capítulo 50

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A Wonyoung

Yeonjun, após se distanciar de Yeji, observou uma última vez sua retaguarda e levantou vôo. Flutuou com rapidez pelo local, não tão rápido pra que seu rastro vermelho não o denunciasse e, a cada minuto, verificava se ela não estava atrás de si.

Não era sua intenção esconder isso de Yeji. Ainda mais depois de seu pedido. Queria provar confiar nela. Mas, por hora, achava melhor manter aquilo só entre ele e Wonyoung.

Além disso, precisava preparar o terreno para o choque que causaria na garota e nos outros quando soubessem que estava se aliando à Jang. E além disso tinha a própria Wonyoung; talvez ela não quisesse abrir a boca também.

Eram muitas coisas que não o permitiam dizer.

Em alguns minutos de trajeto, Yeonjun enfim chegou à residência da Jang. Pôde ver de longe ela no portão principal a sua espera.

Ele pousou ao seu lado.

— Está atrasado! — Disse impacientemente.

— Não enche! — Ele respondeu no mesmo tom, seguindo-a para a mansão.

Na frente da casa da morena, uma fita avermelhada se destacava no meio das folhas de um arbusto. Parecia uma enorme antena de sinalização, sempre a destacava. Estava tão acostumada com enfeite que mal se ligava nesses detalhes.

Ela assistiu pasma enquanto Yeonjun entrava no casarão da garota. Suprimiu uma vontade esmagadora de voar na direção de Wonyoung e estrangulá-la, mas não podia.

Sua lógica era a seguinte: Yeonjun estava sendo chantageado pela Jang, ou controlado; Por esse motivo ele não pediu ajuda, e também, não atacou Wonyoung. Vai saber quais armas ela teria escondido? Ou armadilhas? Precisava ser cautelosa.

Uma pontada em seu coração fez a mão da garota instantaneamente pousar sobre o peito.

"Yeonjun, eu vou te salvar".

Já dentro do laboratório, Wonyoung vestia seu jaleco para começar a trabalhar. Yeonjun sempre estranhava a roupa na garota. A figura intelectual com certeza não combinava com ela.

— Sente-se ali! — Ordenou ao entrarem na sala de testes, apontando para a maca no centro do cômodo.

Yeonjun inspirou profundamente, soltando o ar preso em seus pulmões como um suspiro. Andou desleixado até o local e se deitou.

Após se deitar na cama metálica, Wonyoung prendeu os pulsos de Yeonjun sobre a maca usando as algemas.

— O que vai ser dessa vez? — Ele perguntou.

— Nada demais... — Apenas disse tirando do bolso um caderninho de notas e escrevendo algumas coisas rapidamente. — Isso vai acabar num instante.

— Que bom... eu quero ir pra casa. — Resmungou ele.

— Quanto menos reclamar, mais rápida
e mais harmoniosa será a minha tarde de trabalho, obrigada. — Disse secamente.

Ele bufou.

— Tá, tanto faz. Vamos logo!

Ao dizer isso, escutou um barulho alto e viu destroços voarem na sua frente. Um buraco havia sido aberto na parede. Logo após, vários feixes de luz atravessaram o buraco levando Wonyoung junto até o outro lado da sala. Os olhos de Yeonjun se arregalaram. Levantou a cabeça o quanto podia, mas o máximo que era possível não o deixava enxergar com clareza. Porém, não teve dúvidas quando viu os feixes. Só podia ser eles!

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