Elas eram superheroínas, viviam suas vidas com a responsabilidade de ajudar as pessoas e lutar contra o mal. Eles, o contrário, eram vilões! Renascidos do inferno com o único propósito de trazer a desordem ao mundo.
Diferentes, mas nem tanto... talv...
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Conflito interno
— Eu não aceito! — Gritava a morena enfurecida.
Seokjin suspira com um ar cansado. Já era tarde e Ryujin obrigou a todos fazer essa "reunião". Talvez achasse que conversar com seu pai pudesse resolver as coisas.
Yuna e Yeji estavam ao lado da irmã. Todos em pé no meio da sala.
Ryujin cruza os braços, inflando as bochechas fazendo uma cara emburrada.
— Ryujin, tem que entender que essa decisão não é sua. Se Yuna gosta desse garoto, deixe-a em paz! — Seokjin dizia. Seus olhos cansados já denunciavam seu sono. Tentava há horas parar essa discussão, mas todas as vezes a garota continuava.
— Mas pai...
— Já chega, Ryujin. — Seokjin fala em uma voz firme fazendo a garota se calar, perplexa.
Seokjin nunca foi de tratar suas filhas dessa maneira, nunca sequer ousava de aumentar seu tom de voz daquela maneira. Sempre fora doce e compreensivo. Era estranho ver ele dessa maneira, até suas irmãs se assustaram. Mas pra ele não havia outra maneira. Sua filha era teimosa, precisava por o fim nisso o quanto antes, mesmo que isso doesse até nele mesmo.
O homem caminha devagar até a garota, pousando sua mão em seu ombro. Faz um semblante triste ao ver seu rosto chateado.
— Desculpa Ryu, mas precisa entender que a vida de Yuna não é sua. — A garota continua em silêncio. Ele vira para Yeji em seguida. — Poderiam me dar um segundo? Preciso conversar com Yuna agora.
Yuna se assustou. Se sentia com um pouco de medo do que poderia acontecer naquela conversa.
— Claro, pai. — Yeji responde.
A ruiva puxa sua irmã para o andar de cima, a levando até seu quarto.
Mesmo não querendo, ela se deixou levar pela irmã. No final, não queria ter que ouvir seu pai gritando com ela novamente. Odiava isso!
O quarto das irmãs continuava o mesmo assim como era quando mais novas, tirando pelo fato de que agora as camas eram separadas. No meio de cada uma delas havia um criado-mudo branco. Ainda tinha um enorme guarda-roupa branco, uma pequena escrivaninha do outro lado, uma estande de livros - logicamente de Yeji - e uma penteadeira.
As duas irmãs entraram no quarto em silêncio se sentando na beirada de suas camas que ficavam uma ao lado da outra.
Yeji estava chocada. Não imaginava que Ryujin chegaria tão longe com aquilo. Ficou até com medo de que ela batesse no garoto ali mesmo.
— Não acredito que o nosso pai vai deixar isso acontecer. — Ryujin diz, cortando o silêncio.
— Por favor Ryujin, não comece de novo... —Diz a irmã estressada. — Papai já conversou com o garoto, até gostou dele. Pra que continuar com isso?
