Acordo assutada, mais uma vez o mesmo pesadelo, eu vendo o sangue nas minhas mãos, no meu corpo, no corpo delas...
Tiro esse pensamento da cabeça e visto uma roupa formal pra mais um dia de trabalho.
Faz mais de um ano e meio que comecei a trabalhar com o Horde Prime, é estranho ser a única mulher naquele lugar, mas segundo ele eu sou digna pra isso.
Eu não fico na parte de exportação e exposição de armamento, geralmente sou eu quem cuida dos lotes que entram e saem, faço também alguns trabalhos a parte como roubos e coisas que ele recebe pra fazer.
Prime é um homem de negócios, qualquer coisa que você peça, por maior que seja a atrocidade e contanto que pague bem, ele faz, mas nunca de imediato.
Um cara uma vez chegou aqui com vinte e cinco mil na mão só pra sumirem com a família dele, demorou quase dois mês para o trabalho ser feito.
Demora tanto assim porque procuramos saber tudo sobre, endereço, número de telefone, lugares que frequenta e variados, no começo foi desconfortável pra mim, trabalhar com contrabando e assassinatos não é fácil.
Até o dia que eu fui pra minha primeira "missão" fora do escritório, nós tínhamos investigado a vida toda de uma mulher cubana e sua filha, segundo uma ex esposa dela que veio aqui pagar pelo assassinato a mulher fazia coisas horríveis com a filha mas pelo que nós investigamos aquela mulher nunca encostou um dedo na menina
Mas como nem sempre é do jeito que queremos nós chegamos na casa dela, eu fiquei encarregada de atirar nelas enquanto os outros limpavam provas, mas eu não consegui, e por minha causa quase vai tudo por água abaixo.
—Está atrasada sete minutos Perfuma.
—Eu sei, muito trânsito por aí. —Respondo um dos seguranças do Prime que não sei o nome, nunca procurei saber, não me interessa mesmo, só tô aqui pelo dinheiro.
Entro e vou direto pra minha sala quase no final do corredor três, fecho a porta e abro o computador.
—Perfuma, tenho um trabalho pra você. —Horde Prime entra na minha sala com um papel na mão.
—Manda.
—Assassinato, mais uma vez, não me decepcione de novo. —Ele me entrega a folha e sai da sala.
—Pode deixar.
Quando eu não consegui matar aquela mulher e a criança fiquei afastada desse tipo de trabalho por um tempo mas eu precisava provar que conseguia, então, como um teste pro Horde Prime eu fui a uma das missões e matei duas pessoas em uma madrugada, é exatamente esse dia que me assombra todas as noites quando vou dormir.
Elas eram inocentes, eu não podia ter feito uma coisa dessas, mas fiz.
Sei que não sou a pessoa mais santa do mundo, já machuquei muitas pessoas, literalmente, mas depois que eu entrei no vício em drogas minha cabeça mudou e meu modo de vida também.
Eu achava que violência era sempre a melhor opção de tudo, por isso fui horrível com a Adora e tive uma influência no que aconteceu com a tal Catra também, hoje eu tento convencer as pessoas que me viram como uma abusadora de que mudei e sou uma pessoa melhor nesse quesito.
Leio a ficha que Horde Prime me entregou e fico pasma quando vejo o nome e informações de quem preciso matar.
Scorpia Black Garnet, minha atual ficante.
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Assim que a gente chegou na minha casa ontem a noite Mara tinha feito um jantar incrível como se soubesse que eu iria voltar com companhia, durante a janta contamos tudo pra ela e no final ela pareceu gostar bastante da Cat agora que se conheceram melhor.
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Between Songs | Catradora
FanfictionSaio do bar para tomar um ar e a vejo fumando um cigarro encostada na parede com a cabeça baixa, qualquer um que a olhasse calma desse jeito jamais imaginaria que ela havia iniciado a poucas horas uma discussão das grandes lá dentro. Fiquei só parad...