I,ll call you mine

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Hoje cedinho recebi uma mensagem da Adora pra ir na casa dela assim que puder, fiquei preocupado, lógico, mas assim que tomei café com meus pais eu fui, destranco a porta com minha chave reserva e entro.

—Dora! Cheguei! —Grito mas ninguém me atende, até que Adora sai andando rápido do quarto de hóspedes em minha direção pedindo pra eu fazer silêncio. —Tá tudo bem? —Falo num sussurro quando ela já está perto o suficiente pra ouvir.

—Promete não me matar?

—Depende. —Cruzo os braços e ela respira fundo com as mãos no rosto, já vi que coisa boa não é.

—A Catra dormiu aqui, então faz favor de ficar em silêncio porque ela ainda não acordou. —Ela sussurra enquanto em encaro ela em choque.

—Como? Quando? E porquê? —Pergunto de braços cruzados, falo um pouco mais alto.

—É uma longa história, mas por enquanto, eu preciso que você e a Glimmer decidam logo o que vão fazer.

—Como assim?

—Eu chamei ela aqui mais tarde porque eu preciso dar uma notícia incrível pra vocês pessoalmente, espero que até lá a Catra já tenha indo embora, mas enfim, pra dar certo, eu preciso que você se resolvam.

—Adora eu não tô te entendendo, é muita informação.

—Vai entender. Por agora tenta conversar com a Glimmer quando ela vir pra cá, até porque esse tempo de vocês já durou demais. —Ainda estamos sussurrando.

—Mas eu não tava preparado pra isso, e você ainda tem que me explicar o que a Catra tá fazendo aqui!

—Eu vou explicar, prometo, mas é melhor você já ir pensando no que vai falar pra Glimmer.

—Pra quê?!

—Eu recebi uma proposta de um show incrível pra gente, se vocês não se resolverem o clima vai ficar horrível no palco e provavelmente vão perceber.

—Mas o que eu falo pra ela?

—Fala o que você sente, ou pelo menos tenta amenizar a situação, é só pra não ficar um climão no dia.

—Vou tentar, mas dá pra gente parar de sussurrar agora?

—Dá, só fala baixo por favor. —Ela se joga no sofá e parece tensa.

—Me explica agora a primeira parte. —Ainda estou parado na frente da porta de braços cruzados esperando ela contar direito alguma coisa.

—Ontem eu passei a tarde com a Glim e a mãe dela, você sabe disso certo?

—Certo. —Sento no lado dela no sofá.

—Eu tava voltando pra casa era mais ou menos meia—noite, uma da manhã, sei lá, só sei que no caminho de volta eu encontrei a Catra andando sozinha por aí, chorando e com duas marcas vermelhas enormes nos dois braços.

—Caralho, o que aconteceu?

—Primeiro eu ofereci carona, lógico, ela tava muito assustada mas na hora aceitou a carona, fiquei surpresa né, aí a gente veio conversando, no começo ela não tava querendo me contar o que tinha acontecido mas eu descobri que aquela amiga grandona dela, a tal Scorpia, tá sendo uma vagabunda abusiva.

—Tá, mas em que momento ela veio parar na sua casa?

—No momento em que ela disse que ela e a Scorpia moram no mesmo prédio e ela não queria ir pra lá, então eu trouxe ela pra cá.

—Nossa, como você é caridosa, toda preocupadinha com a crush.

—E você nem sabe o pior.

—Conta.

Between Songs | CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora