Capítulo 95

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POV DYLAN

Chego na universidade e vejo que ainda está aberta. Provavelmente, ainda deve ter aula para o turno da noite. Encontro o porteiro, um velho conhecido e me aproximo dele.

— Fala meu amigo, o meu pai está aqui? — pergunto, confiante.

— Boa noite, Dylan. Sim, ele está no escritório, mas já vai sair. Algum problema? — responde o porteiro, curioso.

— Não, não é nada. Só queria falar com ele rapidinho sobre um assunto da universidade — respondo, tentando disfarçar minha verdadeira intenção.

O porteiro me olha com uma expressão desconfiada, mas acaba cedendo.

— Tudo bem, mas seja rápido. Ele não gosta de ser incomodado tarde da noite — ele diz, abrindo a catraca para eu entrar.

Agradeço ao porteiro e me dirijo rapidamente para o prédio onde fica o escritório do meu pai. Minha mente está a mil por hora, mas tento me concentrar no que preciso fazer.

Chegando lá, confirmo que não há ninguém por perto e, com cuidado, retiro a cópia da chave de dentro da minha mochila. Ser filho do reitor tem suas vantagens, principalmente quando se é um bad boy. Fiz uma cópia da chave do escritório do meu pai, sabendo que poderia precisar dela em algum momento. Caminho silenciosamente, aproveitando cada sombra para me esconder dos olhares curiosos.

Finalmente, chego à porta do escritório. Coloco a chave na fechadura e, com um leve girar, a porta se abre. Meu coração está acelerado, mas a determinação me guia.

Entro no escritório e fecho a porta atrás de mim. A sala está escura, mas a luz da lua que entra pelas cortinas me permite ver o local. Vou direto para a mesa do meu pai, sabendo que é lá que ele guarda informações importantes.

Frustrado, reviro a gaveta mais uma vez, na esperança de encontrar alguma pista. Nada. É como se ele soubesse que eu viria e tivesse escondido todas as evidências.

— Procurando algo, Dylan?

A voz fria e cortante me paralisa. Me viro bruscamente e vejo meu pai parado na porta, olhando para mim com uma expressão que mistura desprezo e superioridade.

— Pai... — digo, tentando controlar a raiva que começa a ferver dentro de mim.

— Eu sabia que eventualmente você viria atrás de mim. Pensei que fosse mais inteligente para esperar a hora certa, mas vejo que sua impulsividade falou mais alto — ele diz, avançando em minha direção.

— Eu quero as provas, pai. Quero provar para todos o monstro que você é. Você não merece o título de pai, muito menos de reitor desta universidade — respondo, olhando-o nos olhos com desdém.

— Provas? Você acha que vai encontrar alguma coisa aqui? Eu sou muito mais esperto do que você pensa, Dylan. Eu não deixaria provas por aí para que qualquer um, inclusive meu próprio filho irresponsável, pudesse encontrar.

A raiva toma conta de mim, e eu não consigo me controlar.

— Você é um monstro! Tentou matar o Henry, seu próprio filho, só para encobrir suas sujeiras. Como pode ser tão cruel? — digo, a voz tremendo de fúria.

Ele se aproxima, ficando cara a cara comigo.

— Cruel? Eu apenas fiz o que precisava ser feito para proteger a minha posição e o meu poder. Eu não vou deixar que um fedelho qualquer atrapalhe tudo o que construí — ele responde, com desdém.

A raiva dentro de mim cresce ainda mais. Eu queria atacá-lo, bater nele até que ele sentisse pelo menos um pouco do que ele fez comigo e com Henry. Mas sei que isso só pioraria a situação.

O Professor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora