Ébia

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— Preciso de roupas. — digo chateada. — Queria poder dar uma passadinha na Audácia e pegar algumas roupas no meu apartamento.

Encaro as poucas roupas que conseguimos. Depois que conversamos, Tobias e eu voltamos para o refeitório, comemos e decidi tomar um banho para tirar o cheiro da enfermaria. Tobias me acompanhou, está sentado na cama com o olhar em mim.

— Por mim você andaria assim o tempo inteiro. — me olha da cabeça aos pés.

— Assim de toalha? — dou risada. — Está o maior frio e você abriu a janela. Se ficar assim por mais cinco minutos eu vou congelar.

— Não da para ficar nesse quarto com tudo fechado. Fechamos a porta então é nosso dever manter a janela aberta. — reviro os olhos. Bom argumento. — Vem cá. Eu te esquento.

Ele me puxa e eu sento em seu colo. Tobias passa as mãos em meus braços desnudos me esquentando, com cuidado para não me machucar. Estou cheia de hematomas, nunca pensei que pisariam em mim, aquilo foi o cúmulo da humilhação.

— Achei que me esquentaria de outra forma. — desenrolo a toalha e ele olha para baixo fazendo com que me lembre da minha cicatriz, me cubro de novo.

— Ei, não faz isso. — pede.

— Desculpa, é... Sinto vergonha. — ele tira minha toalha e passa o dedo pela cicatriz.

— Eu não ligo. Você não deveria ligar. É sexy. — ele me aperta, beijando meu ombro.

— Ah, é? — me mexo em seu colo.

— Não me provoque, Rebecca. — sorri safado.

— Você que começou. — beijo sua bochecha, depois sua mandíbula, seu pescoço. Sou envolvida por seus braços.

— Ah, Becky. — me ajeita em seu colo. — Não devia ter começado isso.

— Acha que devemos ir devagar? — pergunto parando o que estou fazendo. — Digo, começar aos poucos, não era isso que estávamos falando?

— Sim, mas... Você que manda. — diz.

Me permitir ou não?

Penso por um instante. Mais de um ano separados.
Tomei muitas decisões que me levaram a ficar distante de Tobias. Ele gosta de mim, eu gosto dele. Seria errado me entregar assim novamente depois de tantas brigas?

Talvez.

Mas que se foda.

Beijo seus lábios e me mexo de leve em cima dele.

— Faz tanto tempo que não ficamos juntos. Acho que merecemos.

— Ah, sim, merecemos. — ele balbucia respirando fundo.

— Então fica quietinho. — peço.

— Nem pensar. — responde baixinho.

Um instante depois já estamos pegando fogo, a saudade um do outro deixa tudo ainda melhor. Estamos desesperados um pelo outro.
Ele me beija com vontade, sua mão em meu pescoço me excita, sinto seu abdômen marcado e o arranho sem dó.

Mordisca minha orelha e traça beijos até meus seios, arquejo quando começa a chupar meu mamilo, sua mão esquerda aperta minha cintura e a outra chega até o meio das minhas coxas, ele começa a me causar arrepios ao fazer cócegas com as pontas dos dedos, me provocando, fazendo com que a agonia e o prazer cresça ainda mais. Eu estou tão necessitada que gritaria para colocar logo os dedos em mim, mas me contenho.

Ele continua apertando minha coxa, passa de leve os dedos por todas as partes e eu reviro os olhos de prazer.

Tobias, o meu Tobias, levanta a cabeça permitindo que eu veja o seu sorriso safado, não sei como estou, mas devo estar parecendo uma louca de tanto tesão.

Insurreto (2- Insurgente) Onde histórias criam vida. Descubra agora