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𝐇𝐄𝐍𝐑𝐈𝐐𝐔𝐄 𝐋𝐄𝐌𝐎𝐒 brasil , são paulo .
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𝐃𝐈𝐀 𝐃𝐎 𝐉𝐎𝐆𝐎
A bola estava com Marco, até que Luis — um jogador do verde — consegue driblar o moreno e avança, fazendo um gol.
Confesso que me decepcionei um pouco com Marco, ele joga bem, muito bem, mas hoje ele estava meio perdido, talvez seja nervosismo.
Os jogadores do time rival comemoram e logo a bola é posicionada novamente.
[...]
D
ez minutos. Dez minutos. Dez minutos.
Era a única coisa que passava pela a minha cabeça. Era como se eu tivesse uma obrigação de fazer um gol, um gol para a minha menina.
Talvez eu esteja sendo um pouco emocionado, como Lucca falou, mas dane-se! Eu estou sendo feliz, e é isso que importa pra' mim nesse momento.
O Henrique pegador sumiu, e agora só existe o Henripaumandado, um apelido que meus amigos inventaram.
Percebo que meus pensamentos acabaram me distraindo, e isso não pode acontecer.
Esse jogo não vai acabar um a zero.
Consigo a bola, então passo para Vitor, já que eu não conseguiria controlar ela sozinho, eu estava rodeado de jogadores do verde.
Naga passa a bola para Enzo, que joga a bola para mim novamente. Então, resolvo arriscar. Me aproximo do gol e, GOL DO CORINTHIANS! GOL DO HENRIQUE!
Todos os jogadores do meu time pulam encima de mim, me abraçando.
Olho para a ruiva que estava sentada na arquibancada sorrindo para mim, faço um coração para Antonella, dedicando o gol para ela, cumprindo a minha parte da aposta.
Quando meus colegas de time já estavam longe, Martin sussura algo no meu ouvido.
━━ Desiste, Henriquinho, a ruivinha é minha. - solta um sorriso debochado e vai até seus amigos.
Aquilo me deixou muito, muito, mais muito bravo, porra, o que essa garota fez comigo?
Não consegui me concentrar mais no resto do jogo, e o mesmo acabou em empate.
Eu e os meninos vamos até o vestiário, me sento em um banco e fico pensando sobre tudo.
O empate, o gol do verde, o Martin querendo a minha ruivinha, tudo tava' tão complicado.
Invés de pensar em coisas boas e alegres, eu penso nisso.
Só percebo que só havia eu no vestiário quando abro os meus olhos.
Abaixo a minha cabeça novamente e coloco minhas mãos na testa, tentando pensar em coisas boas, por exemplo: minha ruivinha, meu gol, ela sorrindo pra' mim na arquibancada.
Mas não dá certo, os mesmos pensamentos ruins continuam mexendo com a minha cabeça.
A única coisa que eu queria era que, ninguém entrasse ali, eu estava super exaltado, estressado e bravo, eu seria rude com qualquer pessoa que entrasse ali.
Dito e feito, Antonella entrou no vestiário, logo tento me acalmar, o que não dá certo.
Eu não queria ser ignorante com ela, mas não da!
━━ Henrique? - a ruiva entra no vestiário.
Porra, ela provavelmente viu Martin sussurrando no meu ouvido, ela deve ter percebido que eu fiquei bravo.
━━ Oi Antonella. - falei seco, mas a menina senta ao meu lado.
Meu corpo se arrepia.
Vejo um semblante preocupado em seu rosto.
━━ Tá' tudo bem? - pergunta.
━━ Não, Antonella! Não tá nada bem! Além de perder o jogo o Martin falou que.. - dou uma pausa, percebendo que eu falei demais. Sua expressão agora estava confusa. ━━ O Martin não falou nada! - cruzo os meus braços, rezando para a garota sair dali, se não a situação iria piorar.
Mas infelizmente não deu certo, ela continuou ali.
━━ Ei! Empate não é derrota! Mas o que o Martin falou? Talvez eu possa conversar com ele e resolver e.. - corto a mesma, eu já havia perdido a paciência.
━━ Não, Antonella! Você não pode fazer nada! Você não pode me ajudar em porra nenhuma! - grito com a ruiva, visto a minha camisa e saio dali, indo até o estacionamento, meu pai iria me buscar.
Eu sei que eu iria me arrepender de ter gritado com ela, na verdade, já estou me arrependendo, mas, depois eu dou um jeito.
Ou não, talvez ela não me perdoe.
Só de pensar nisso eu gelo.
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notas da autora.
oioi vidas, fui pra escola hoje 🙄🙄
nem sei se isso pode ser chamado de escola né? parece um hospício
tô desde o começo do ano lá e não aprendi porra nenhuma 🥲
