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𝐀𝐍𝐓𝐎𝐍𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐅𝐋𝐎𝐑𝐄𝐍𝐂𝐄 brasil , são paulo.
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Eu acordei devastada por conta do que Henrique falou para mim ontem.
Fiquei dentro do meu quarto pela manhã, não sai dali um segundo.
Minha mãe até veio me perguntar o que aconteceu, eu falei e ela tentou me ajudar, mas sinceramente, não adiantou de nada.
Eu também faltei na escola hoje, eu estava destruída.
━━ Filha, fiz pão de queijo! - minha mãe bate na porta. Ela sabe que eu amo pão de queijo e que eu não iria negar.
Abro a porta, minha autoestima estava lá em baixo.
Eu estava com os meus cabelos despenteados, sujos e com frizz. Minhas olheiras estavam gigantes e eu ainda estava com o meu pijama.
━━ Oi mãe. - coço os meus olhos.
━━ Oi filha! Fiz pão de queijo, quer comer? - pergunta e eu assinto.
Descemos as escadas e vamos até a cozinha.
Meu padrasto estava treinando, até porque amanhã teria jogo do Corinthians.
Além do pão de queijo ela havia comprado pão e feito suco de laranja.
━━ Trabalhei a manhã inteira pra' ficar o resto do dia livre, quer ir na academia do condomínio comigo? - a mais velha puxa assunto.
Penso um pouco na proposta da maior.
━━ Pode ser, mãe. Também não quero ficar passar o dia todo assim! - exclamo passando geleia na torrada.
A verdade era que eu também não queria decepcioná-la, já que a mesma passou a manhã inteira trabalhando só para ter esse momento de mãe e filha comigo.
Terminei de comer e lavei a louça, logo subi para o meu quarto e tomei um banho.
Lavei meu cabelo e hidratei o mesmo, por mais que eu vá na academia e talvez suje ele todinho denovo, ele estava bem sujo e não dava pra' sair com ele assim.
Coloco um cropped e um short legging lilás.
Faço um rabo de cavalo e coloco um tênis Fila branco nos pés.
Coloco um bracelete, meus anéis e vou para a sala, encontrando a ruiva maior sentada no sofá.
━━ Oi filha! - olha para' mim e se levanta do sofá, deixando seu celular no mesmo.
Pegamos nossas garrafas e saímos de casa, a caminho da academia do condomínio.
Chegamos e eu fui direto para a esteira.
Enquanto eu treinava, infelizmente, eu pensava nele.
Vim treinar para tentar tirar esse garoto da minha cabeça, mas só piorou.
Por que ele fez isso? O que eu fiz pra' ele?
Sem perceber, algumas lágrimas caem do meu olho.
Limpo-as rapidamente, já que minha mãe estava do meu lado e iria perceber.
Meu celular começa a tocar, vejo que é o meu pai e logo atendo rapidamente, eu estava animada, já que é havia me falado que tinha chances do mesmo vir me ver esse final de semana.
Mas logo me desanimo ao ouvir que ele não iria poder vir.
Confesso que as vezes sinto falta da presença do meu pai, eu vejo que ele tenta ser presente, sabe? Mas não consegue. Minha mãe também tenta ajudar, talvez um dos motivos dela ficar com Yuri foi tentar tampar um pouco do vazio que eu sinto.
Yuri também se esforça, mas por conta dos jogos e treinos ele acaba sendo um pouco ausente também.
Mas não o culpo por isso, não é sua obrigação.
Saio dos meus pensamentos e volto a treinar.
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