O Show da Ana Castela PT Final

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Kelvin sai determinado, não importava oque oque aconteceria dali pra frente mas ele sabia que precisava urgentemente tirar aquela dor de seu peito.

Um nó já se formava em sua garganta e seus olhos estavam marejados por lágrimas que ameaçavam cair.

Ele desviou de todo mundo no bar e conseguiu sair, e lá estava ele, Jorge com toda a sua imponência, sua camisa preta de botão o deixava ainda mais charmoso, porém, não surtia em Kelvin o mesmo efeito que a de Ramiro.

Ao se aproximar, Jorge lhe oferece uma cerveja que segurava em uma das mãos, ele estava apoiado em um carro que Kelvin não sabia se era dele ou não.

- Seu amigo não quis vir te vigiar?- Ele perguntou casualmente enquanto dava um gole em sua bebida.

- O Ramiro é... um homem difícil...

- Percebi, ele tava me olhando como se me quisesse morto quando estávamos conversando, mas agora te deixa vir aqui sozinho sem nenhuma objeção?

- Vamo parar de falar dele né? Acho melhor falar de você... você claramente não é daqui, eu conheço cada uma das pessoas que estão naquele bar por nome, profissão e cônjuge e você não é uma delas.

- Você é bom, mas eu realmente não sou daqui, sou do Ceará, vim visitar a cidade, a agência de turismo que me indicou, inclusive tô hospedado numa pousada ali no centro conhece?

-Oh se conheço, é uma família problemática mas a irmã da dona é uma amiga minha. - Kelvin diz, a cidade é definitivamente muito pequena.

- Meu Deus quando você falou que conhecia todo mundo não tava brincando né?- Jorge fala bem humorado dando um sorriso daqueles que só se vê em comercial de pasta de dente.

- Mas você pretende ficar muito? É que além das grandes plantações e paisagens pra visitar, não tem muito o que fazer em Nova Primavera não.

- É por isso que eu só vou ficar umas duas semanas e depois pego meu rumo pra onde o destino me levar.

- Então além de metido a galã de novela das nove você também é poeta?- O menor brinca.

Os dois riem enquanto bebem suas cervejas, até que Ramiro sai pela porta do bar, e caminha em direção aos dois, automaticamente o sorriso de Kelvin se torna maior, ele ficou feliz em ver que Ramis se juntaria a eles.

Mas ao contrário das expectativas de Kelvin, não foi isso que ocorreu.

-Kevin eu já vou indo, amanhã eu trabalho cedo e ocê agora tá muito bem acompanhado.- Ele lança um olhar cortante para Jorge que se faz de sonso e fica virando a cabeça olhando pro nada.

- Ah não Ramis fica mais um pouco, você nem aproveitou a festa direito.- Kelvin fala manhoso mas a ação não surte efeito no outro.

Ramiro sai andando em direção à sua caminhonete e Kelvin vai logo atrás tentando fazê-lo desistir de ir embora.

-Ramis você tá chateado comigo? Me desculpa tá... Eu tava com raiva, você não quis dançar mas eu não quero que você vá embora, não assim bravo comigo. - Ele faz sua carinha triste mais fofa.

Mas nada surte efeito no jagunço que abre abruptamente a porta do carro como de costume, assustando o menor que se encontrava quase encostado nela.

Ele bate a porta do carro com brutalidade e dá um simples e seco "tchau" sem apertãozinho nem nada.

Kelvin volta cabisbaixo ao encontro de Jorge que o observava de longe.

- Nossa nunca imaginei que alguém tão... sabe... tão poderoso, alguém tão cheio de vida... ficaria implorando por atenção desse jeito.

- Cala a boca você não sabe do que tá falando, eu e o Ramis temos... uma amizade diferente só isso!

- Amizade diferente? Na cidade grande a gente chama isso de enrustiso.

- Eu já mandei você calar a boca!- Kelvin altera a voz e segura Jorge com as duas mãos pela gola da camisa que se encontrava com alguns botões abertos deixando amostra um pouco de seu peitoral definido.

Jorge, que era claramente mais forte, diminui o espaço que havia entre os dois a fim de provocar ainda mais o mais loiro de olhos afiados.

-Isso... viu, você sabe se impor, é assim que você tem que ser, beleza você já tem, os homens deviam cair sobre seus pés e seguir tudo que você mandar não o contrário...- nesse momento ele já levou sua mão ao rosto de Kelvin e passou o polegar levemente em seu lábio inferior o tirando um suspiro.

As mãos de Kelvin fraquejam e ele solta a camisa do outro, Jorge aproxima os lábios de sua orelha e sussurra.

- Você pode conseguir tudo o que quiser com apenas uma ordem... - E antes de se afastar ele deposita um beijo delicado no pescoço de Kelvin o fazendo arrepiar por inteiro com o toque.

E de repente o álcool, os sentimentos e principalmente a raiva que ele sentia de Ramiro por tê-lo deixado se misturaram e fizeram dos pensamentos de Kelvin o puro suco do caos.

Então ele puxa o homem alto à sua frente pela nuca e com seus lábios à centímetros do do outro ele diz

-Me tira daqui e me faz esquecer essa dor...

Ele não entende o período de tempo em que ele entrou no carro de um completo desconhecido e foi parar em um quarto da pousada de Lucinda, tudo que ele sabia era que precisava dar um jeito de esquecer Ramiro, nem que esse "jeito" fosse dormir com outro.

Ele beijava Jorge com desejo, há muito tempo ele não se sentia desejado como agora, há muito tempo um homem de verdade não lhe tocava e lhe beijava com tanta vontade.

ele adorava quando Ramiro lhe dava apertões em sua cintura, pra Ramiro aquilo era só um toque bobo, uma brincadeira dos dois, mas para ele, os apertões despertavam cada poro de seu corpo o fazendo arrepiar e desejar que Ramiro apertasse bem mais do que só sua cintura.

Enquanto beijava Jorge, Kelvin não parava de pensar em como seria bom se aquele fosse o Ramiro, a cada toque a imagem do outro vinha em sua mente, imaginou ele falando besteiras em seu ouvido enquanto beijava seu pescoço... mas que droga, nem ficando com outro esse homem saia de sua cabeça.

E esse desconhecido era perfeito demais, tinha o cabelo hidratado demais, a pele delicada demais, as mãos eram tão macias que pareciam ter sido tiradas diretamente de um comercial da nivea.

Perdido em pensamentos e com o coração quase pulando de seu peito,
Kelvin olhava pro teto enquanto Jorge tinha seu corpo sobre o dele, se empenhava em dar o máximo de prazer possível no outro.

Então o loiro de repente sente lágrimas escorrendo em suas bochechas borrando seu delineado perfeito, ele não entende o porquê mas de repente  não conseguiu segurar.

Jorge então nota o choro baixo do outro e se assusta, ele para o que estava fazendo e procura o olhar do homem sob si.

Kelvin abre os olhos molhados...

- E-eu fiz alguma coisa? Eu te machuquei?- Pergunta Jorge aflito.

-Não, de jeito nenhum, continua.- Foi só oque Kelvin respondeu antes de puxar o homem pela nuca e voltar a beija-lo

Agora já era tarde demais, não dava pra desfazer oque tinha sido feito, eram esses os únicos pensamentos de Kelvin enquanto ele encarava o teto do quarto da pousada, alugado por aquele cearence musculoso que repousava ao seu lado dormindo profundamente.

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Fandom de kelmiro não me matem eu juro q vou compensar, mas é q na minha cabeça já tava na hora do Ramis Ramis sentir um ciuminho pra ver se acorda de uma vez kkkkkkk

Our Feelings-KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora