...O beija.Ao contrário do que se pensava aquele não era um beijo calmo e puramente apaixonado.
Era um beijo com sabor de desespero.
Kelvin se forçava a ficar na ponta dos pés para poder agarrar ainda mais os cabelos do homem à sua frente.
O beijo era quente, molhado e barulhento.
Ramiro apertava o corpo do outro com certa brutalidade, colando ambos os corpos de tal forma que nem átomos os separavam mais.
As línguas dançavam no mesmo ritmo e em sincronia, enquanto os dois tentavam sanar pelo menos um pouco daquele desejo ensandecido que os acometia.
A mente de Ramiro foi completamente desligada, ele não se permitia pensar em absolutamente nada que não fosse nos lábios de Kelvin e em seus corpos grudados.
Eles não saberiam dizer se ficaram naquele beijo por minutos ou horas, mas pararam quando a procura por ar se fez presente.
É Kelvin quem encerra o beijo assim como começou, ele finaliza com uma mordida forte no lábio inferior do outro e ambos sorriem felizes.
Eles eram uma perfeita bagunça, com lábios inchados, cabelos bagunçados e grudados na testa pelo suor mas estavam em êxtase total.
- Caralho isso foi...- O loiro tenta fazer sua cabeça em êxtase formular uma frase minimamente coerente.
- Bom? - Ramiro tenta, ele definitivamente não era bom com as palavras.
- Acho que foi mais que bom Rams, digamos que talvez...- Kelvin passa a mão no peitoral desnudo do moreno. - Esse beijo tenha sido o melhor beijo da minha vida, e olha que não teve declaração nem rio. - Ele brinca lembrando de como idealizava o primeiro beijo deles.
- Eu num entendi nada Kevin.
- Eu sei Ramis, mas isso é besteira minha...acho que a gente devia continuar fazendo algo que você entende muito bem...
Ramiro sorri e o puxa mais ainda pela cintura fazendo seus quadris se chocarem arrancando de Kelvin um gemido manhoso.
E logo já estão se beijando novamente, dessa vez porém, Ramiro segura Kelvin em seu colo para que a diferença de altura não fosse mais um problema.
Ele prensa o menor contra o carro enquanto suas mãos se encarregam de apertar as coxas volumosas do loiro.
Ramiro desce os beijos para o pescoço do menor que a essa altura já estava completamente perdido naquele momento, uma de suas mãos agarrava os cachos do moreno enquanto a outra ele levava a boca pra ajudar a conter os sons de gemidos que agora saiam com mais intensidade e com mais frequência.
- Kevin...- O homem fala no ouvido do outro.
- Que?...
- Eu vou deixar uma marca nesse seu pescoço branquin muito maior do que aquele homi deixou.
Kelvin ofegante ri da fofura do outro.
- ah meu agro Ramis boy...eu deixo você deixar marcas no meu corpo interin.
- Pra isso eu preciso tirar sua rôpa...
- Se quiser a gente pode ir pro meu quarto, lá é mais confortavel do que aqui...- Kelvin olha a escuridão ao redor. - Lá eu deixo você tirar minha roupa e deixar quantas marcas você quiser...
- Eu iria adorar...
- Então vamo, eu tô quase morrendo já.
- Mai eu num posso... - Ramiro fala reunindo o resto de sanidade que lhe resta.- Já faltei no trabalho um dia essa semana, o patrão foi claro quando disse que se acontecesse de novo eu ia ser demitido.
- Desculpa...- Kelvin agora já no chão novamente diz.- A culpa foi minha de você ter faltado naquele dia né?
- Acho que foi mais minha e desse meu ciúme desgraçado.
Eles riem e se abraçam, e Kelvin finalmente sente que encontrou a paz que tanto procurava.
Eles ficam ali curtindo aquele abraço e inalando o cheiro um do outro enquanto tentam acalmar seus corpos.
Por mais que a tentação carnal fosse forte ambos sabiam de suas responsabilidades e já estavam felizes o suficiente em poder estarem juntos, principalmente Ramiro que por nenhum segundo deixou pensamentos intrusivos entrarem em sua mente e estragar aquele momento tão lindo que estavam compartilhando.
- Eu acho melhor eu entrar... daqui a pouco o sol nasce e eu preciso trabalhar amanhã também. - É Kelvin quem separa o abraço.
- Eu também já vô. - Ramiro dá um selinho no menor e entra no carro.
- Me dá um apertãozinho que nem nos velhos tempos só pra eu lembrar de você.- Kelvin diz se aproximando da porta da caminhonete.
- cê tá muito safada Kevin cê deixe de ser safada. - Ele repete a frase que já havia virado praticamente seu bordão mas agora com uma leve pitada de humor.
- Do jeitinho que você gosta né?
- Bem desse jeitinho.
Ele puxa o menor pela cintura com força fazendo seu corpo ir de encontro ao carro como já fizera inúmeras vezes, mas dessa vez sua mão não se contenta em tocar só na cintura, ela desce até a bunda de Kelvin deixando um apertão forte ali também.
-Sonha com os anjos...- Ramiro diz enquanto as testas deles estão coladas.- Depois me fala como eu fico de asa. - Ele ri orgulhoso da cantada que aprendeu no facebook.
Porém Kelvin que é uma máquina de meme ambulante acha que é de um meme específico e solta.
- Parece um urubu
Ramiro solta uma gargalhada alta e sincera com os olhinhos apertados.
Um último beijo molhado pela janela da porta e Ramiro se despede com a promessa de voltar o mais rápido possível, ele espera até que Kelvin entre no bar novamente e dá partida no carro.
Seu subconsciente o cobraria mais tarde mas a felicidade que sentia naquele minuto era suficiente pra que ele estivesse disposto a pagar esse preço.
Kelvin sobe para seu quarto e se joga na cama, sorrindo bobo e feliz. Ele abraça seus travesseiros e só não grita com todo ar que tem em seus pulmões por que poderia acordar as outras moradoras dali.
Naquela noite ambos sonharam um com o outro.
Kelvin estava beijando Ramiro na beira do rio como sempre.
E Ramiro estava tendo os sonhos mais malucos como sempre com ele e kelvin interpretando pessoas aleatorias.
Dessa vez Ramiro era o herdeiro de um império da soja e kelvin era um produtor rural dono de terras vermelhas.
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Our Feelings-Kelmiro
Fiksi PenggemarKelvin e Ramiro dois corações que se querem mas que se afastam ao mesmo tempo, um por não conseguir aceitar o amor, o outro por amar tanto que chega a doer