say it louder

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*esse capítulo contém cenas de sexo explícito


Acordei incomodada, notando que ainda era madrugada. O silêncio me ajudou a dormir, mas o quarto estava quente demais. Empurrei o cobertor para o pé da cama, mas mesmo assim me sentia um bife no churrasco.

Claro que não dormiria bem em nenhum lugar que não fosse meu quarto. Eu deveria saber que era uma maldição no momento que descobri quem minha colega de quarto por aquela noite seria.

— Meli? — Billie chama, me surpreendendo por um segundo — Não consegue dormir?

— Não — respondo — Parece o inferno de tão quente que está aqui...

Passam alguns minutos em silêncio, e logo sinto a lateral da cama pesar. Eu digo que estou com calor e ela vem deitar do meu lado?

— Billie-

— Deixa eu te ajudar com esse calor — explica, logo em seguida pegando o controle do ar condicionado que estava na cômoda ao meu lado.

Meu coração disparou por um minuto, nunca tendo ficado tão próxima dela.

— Bella sempre controla o ar — diz, deitando ao meu lado na cama.

Congelei sentindo seu corpo contra o meu. Era uma cama de solteiro, pequena, estávamos esmagadas uma conta a outra.

Como que eu lido com isso?

Eu não podia reclamar com ela e mandá-la voltar a dormir do outro lado do quarto, seria falta de educação. Mas por que sequer estava aqui?

— Posso te contar um segredo? — pergunta, sua voz quase um sussurro perto do meu ouvido.

Concordei com a cabeça, não sabendo como minha voz sairia caso tentasse respondê-la.

Ela não me diz nada por um tempo, e por um minuto pensei que havia caído no sono grudada em mim.

Até sentir sua mão direita na minha barriga.

Arregalei os olhos, pronta para acabar com qualquer situação que isso levaria. Eu não sou uma pessoa de toque físico, ainda de quem eu odeio.

— Billie-

— Era você — admite.

Usa a ponta dos seus dedos para fazer carinho gostoso, delicado. Eu sentia minha pele arrepiada, o calor de antes amenizado. Vai subindo seus carícias, e eu começo a questionar se deveria mesmo deixar isso acontecer agora.

— Como assim? — pergunto, confusa com sua confissão.

Billie levanta, sentando ao meu lado. O quarto estava tão escuro que era difícil ver seus traços delicados, apenas sua silhueta.

— Era você que eu queria jogar contra a parede e foder...— sua voz sai baixa, rouca e sinto necessidade de fechar as pernas.

Me surpreendi pela reação do meu corpo, agindo como se eu nunca tivesse transado na vida.
Eu não sabia o que responder, mas não como se tivesse tempo, já que no segundo seguinte a loira estava tirando minha blusa horrorosa com desenhos de patinhos.

Por que eu fui usar logo isso?

Ela não vai sequer me beijar?

Torci a boca com esse pensamento, não sabendo que existia essa vontade tão desesperada de sentir seus lábios contra os meus.

Suas mãos vão direito para onde queriam ir desde antes, e apertam meus seios com força. Solto um suspiro, não sabendo como reagir. Faz muito tempo que alguém não me toca assim, tão agressiva e desesperadamente. Logo em seguida circula meu mamilo com seu dedo indicador, e eu reviro os olhos.

trinity // billie eilishOnde histórias criam vida. Descubra agora