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Mosconi

Será que eu era o único que achava essa ideia do acidente idiota, tinha muita maneiras de forjar a morte daquela sadica, mas ela obtou pela pior de todas.

Isso poderia causar a morte dela.

Tenho para mim que era isso que ela queria, no fundo ela tava rezando para aquele plano idiota desse errado.

Enfim, eu tinha dois problemões na porra da minha vida, Sofia e Analu, um problema pior que o outro.

Sofia já era caso perdido, agora a Analu, tinha como resolver.

Analu: meu parceiro, cê tá pensando em quer?

Tirei os olhos da pista e olhei pra ela.

Mosconi: e por que você acha que eu estou pensando em alguma coisa? - voltei a olhar para pista.

Analu: tu fica com essa tua cara aí, como quem tivesse sentindo dor. - riu.

Mosconi: não seja exagerada.

Analu: não é exagero, é a pura verdade, tu fica com uma linha de expressão entre uma sobrancelha e outra.

Fiquei em silêncio o caminho todo, até chegar em casa.

Mosconi: agora que chegamos, vamos conversar, senta ai!

Analu: colfoi? - se sentou. — o que tá pegando?

Mosconi: eu que lhe pergunto, o que tá pegando? O que você não me contou?

Analu: não sei do que tu tá falando?

Mosconi: não? - negou. — e o que foi aquilo de madrugada, bater na minha porta atrás de droga, Ana Luiza?

Analu: Ah, pronto, eu não posso sentir uma brisa não?!

Mosconi: brisa? Mina, tu acha que eu nasci ontem?

Analu: coé mosconi, eu não sou obrigada a ficar escutando sermão teu como tu fosse meu pai - se levantou. — não mesmo!

Mosconi: e eu não sou obrigado a aturar uma viciada.

Analu: EU NÃO SOU UMA VICIADA - levantou a mão para dar na minha cara.

Mosconi: tá maluca, porra - segurei o braço dela. — se você ousar levantar essa mão de novo para cima de mim, você vai ficar sem ela.

Analu: se soltar, tu tá me machucando.

Mosconi: Quem manda aqui sou eu Ana Luiza e não ao contrário, eu espero que não se repita mais isso. - soltei o braço dela.

Analu: tu louco.

Mosconi: louco por que? Porque eu te chamei de viciada ou por que eu evitei de levar um tapa na cara?

Analu: vai se ferrar!

Mosconi: você pode me manda para todos os lugares possíveis, mas ainda vai ter que me explica essa história.

Analu: eu não tenho nada pra te explicar, isso não é da tua conta, se preocupe com a sua vida e deixa que a minha eu me preocupo.

Mosconi: passa a ser da minha contar sim, por que você tá morando dentro da casa na minha nona.

Analu: não seja por isso, eu vou morar em outro lugar! -gritou.

Gargalhei.

Mosconi: vai morar a onde? Você é sozinha Ana Luiza, ou ainda não se deu conta?

Analu: posso ser sozinha aqui, mais no Brasil eu tenho os meu amigos que são a minha família!

Mosconi: Certo, e onde eles estavam quando você entrou nessa?

Ficou em silêncio.

Respirei fundo.

Mosconi: Ana Luiza, entenda, eu não estou falando isso para o seu mal, só estou fazendo você enxergar que esse caminho que você quer seguir não é o certo. - me aproximei. — senta aí - fiz sinal para o sofá.

Ela bufou mais sentou.

Mosconi: Não é porquê eu vendo uma tal coisa que eu vou consumir, principalmente a droga, independente de qual seja.

Analu: eu sei.

Mosconi; não, você não sabe. - passou a mão pelo rosto. — Ana Luiza, escuta o que eu vou te dizer, sai dessa, isso aí vai te levar à morte. - respirei fundo. — foi assim que o meu irmão morreu, overdose.

Analu 3Onde histórias criam vida. Descubra agora