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Cont...

Depois que cheguei em casa, só me joguei no sofá e lá mesmo capotei, não tirei roupa, não o tênis e muito menos a maquiagem.

Eu só queria dormir, e conseguir rapidamente.

[...]

Eu não sei que horas eram e também não tava muito afim de saber, eu só queria saber quem era a porra que não parava de bater na minha porta.

Não sei como eu tive forças pra levantar do sofá e ir abrir a porta.

Lobo: oi!

Passei a mão pelo rosto

Analu: o que cê quer?

Lobo: eu vim pra nossa conversa

Analu: Lucas, eu tava dormindo. - fechei os olhos.

Lobo: eu posso voltar depois.

Respirei fundo.

Analu: não, essa conversa não pode ser mais adiada, entra. - dei espaço pra ele passar, o mesmo entrou.

Observei ele olhar em volta.

Analu: eu só penso que você espere eu tomar um banho, vai ser rápido.

Se virou pra mim olhar.

Lobo: sem problema, pode ir. - concordei.

Sair da sala e fui direto para o quarto. Tirei aquela roupa do baile, o tênis. Peguei uma toalha limpa, me enrolei nela e fui para o banheiro.

Maquiagem tirei de baixo do chuveiro mesmo. Depois que eu tivesse certeza que o sono tinha passado, sair do chuveiro, me enrolei na toalha, voltei para o quarto, escolhi uma roupa mais confortável possível, enrolei o cabelo na toalha e desci.

Assim ele escutou eu descer as escadas se levantou do sofá.

Analu: pode continuar sentado. - terminei de descer as escada.

Me aproximei e me sentei na poltrona.

Analu: senta Lucas.

Assim ele fez.

Analu: pode começar.

Lobo: pretinha, eu não queria que a coisas tivesse chegado nesse ponto, mas foi preciso.

Analu: Lucas, desde o momento que eu soube que cê tava vivo, escuto cê me dizer isso: foi preciso, tinha que ser feito, não tinha outro jeito e etc... mas eu ainda não ouvir você me dizer o motivo, o que te levou a fazer isso.

Lobo: isso ce nunca vai saber.

Analu: Lucas, cê queria conversa, eu te dei essa oportunidade, não estraga. Agora, eu quero saber porquê você fez isso.

Ele ficou em silêncio, um silêncio que durou uns 2 minutos.

Analu: Ok. Vai embora - me levantei e apontei para a porta. — eu cansei, vai embora.

Lobo: seu pai!

Olhei pra ele rapidamente.

Analu: cê tá louco Lucas, meu pai já morreu, ficou doido?!

Ele se levantou e começou se aproximar de mim.

Sentir meu corpo todo gelar.

Analu: lobo... - engolir seco. — da onde foi que tu tirou isso?! Isso não é coisa pra si brincar.

Lobo: não tô brincando, o motivo deu ter sumido, é o teu pai.

Analu: como assim, cê já conhecia o meu pai, antes da gente se conhecer?... eu não entendendo.

Lobo: cê não quer sentar?

Analu: Não! Eu não quero sentar, eu quero que você me explique isso.

Lobo: pretinha, cê não tá pronta para o que eu tenho pra te dizer. -  negou.

Analu: como assim eu não tô pronta, o que cê tem pra mim dizer? - tirei aquela toalha da cabeça e joguei no sofá. — lobo, eu tenho o direito de saber o que acontecendo.

Respirou fundo e concordou.

Lobo: o seu pai, ele .... - escutei os fogos, paramos. — tão invadido o morro! - deu as costas e tentou sair, segurei pelo braço dele.

Analu: que se dane o morro, tu não vai sair daqui sem me conta a verdade.

Lobo: Analu, eu não posso, não agora, é o meu morro e não vou perder tudo o que construir. - soltei o braço dele e ele saiu.

Analu 3Onde histórias criam vida. Descubra agora