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Cheguei no morro pensando que iria direto pra casa, mas parei na quadra, tava rolando um churrasquinho.

Analu: um churrasco e ninguém me avisa! - me aproximei.

Rayane: a gente te mandou mensagem, cê que não viu.

Jasmine: e aí, cê foi lá? - assentir.

Puxei a cadeira e me sentei.

Dg: a onde?

Jasmine: na Júlia.

Luizinho: cê foi fazer o que lá?

Ignorei a pergunta dele e olhei para o dg.

Analu: e aquele cara lá?

Dg: minha parte eu fiz, ta ligado... chamei ela namoral e avisei onde ela tava se metendo...

Jasmine: do que vocês tão falando?

Analu: parece que o tal do Júnior gosta de bater em mulher!

Rayane: parece não, gosta mesmo. Quase matou as outras duas mulher dele, aquelas duas só não morreram porquê não era a hora delas.

Jasmine: sabia disso não.

Dg: ele tava afastado do morro. Analu, eu avisei, ela não quis ouvir.

Rayane: muito otaria, vai pagar pra ver. - negou. — àquele desgraçado tem aquela cara de bom moço, quando tá bom, mas quando bebe, vira o capeta.

Luizinho: não, aqui tava ruim, lá ela encontra o dela.

Jasmine: Analu, e o que ela te falou?

Peguei a garrafa de cerveja e enche o copo que tava na minha frente.

Analu: ela quer voltar a morar aqui.

Rayane: ih ala, se arrependeu rápido.

Analu: mas quer que o tal Júnior venha junto. - dei um gole da cerveja.

Luizinho: como é?

Dg riu.

Jasmine: a Júlia tá doida é?

Luizinho: ela só pode tá de tirando com a minha cara... tu não aceitou né Analu?

Analu: é claro que não, eu não quero confusão no meu morro.

Dg: ela aceitou de boa?

Analu: jogou uma coisa na minha cara - olhei para o Luizinho. — mas nada que eu não supere. - beberiquei da cerveja.

Rayane: o que ela falou?

Analu: não tem importância, deixa Júlia com a vida dela, q melhor coisa que a gente faz.

[...]

Depois de umas horas, voltei pra casa. Já tava pronta pra dormir quando escutei baterem na boca.

Sair do quarto armada, desci as escada e fui até a porta.

Abri a mesma.

Menor: patroa, ela disse que precisava falar com você! - olhei pra mesma. — disse que era tua irmã.

Analu: essa garota não devia tava aqui. - olhei para o menor.

Menor: tivesse que trazer patroa, a pirralha tava fazendo mó zuada.

Analu: o que tu quer em garota?

Xxx: quero falar com você e não vou sair daqui até fazer isso.

Analu: o teu papaizinho sabe que a filha dele tá subindo o morro pra falar comigo? - negou.

Xxx: ele não precisa saber.

Analu: garota, eu não tenho tempo pra papo furado, menor leva ela de volta.

Ele pegou ela pelo braço e saiu puxando.

Xxx: eu só quero falar com você, vai ser rápido.

Bufei.

Analu: solta ela menor.

Ela voltou a se aproximar da porta.

Neguei.

Analu: você não entra aqui antes de ser revistada. - fiz sinal para o menor.

Xxx: o que tu acha que vou fazer?

Analu: não sei, tu sendo filha de quem é, eu que não vou me confiar.

Menor começou a revistar ela.

Xxx: nós duas somos filha do mesmo pai!

Analu: não, meu pai já morreu!

Xxx: sorte sua.

Menor: tá limpa, patroa.

Analu: entra pirralha!

Ela entrou. Fechei a porta atrás de mim.

Analu: pronto, metade da viagem não foi em vão. Agora diz o que tu quer.

Xxx: quero vim morar aqui contigo?

Analu: Oi?

Analu 3Onde histórias criam vida. Descubra agora